Crise no Meta: existem alternativas para os creators?

Crise no Meta: existem alternativas para os creators?

Com o esvaziamento do Facebook, será que ainda vale investir em criação de conteúdo e campanhas de marca por lá? Quais são as alternativas?

Você já deve ter percebido os esforços, muitas vezes em vão, do Meta, em atualizar constantemente as suas redes sociais, para que se mantenham atrativas para o público.

Há toda uma especulação de que o Meta, mas também o Google, com o YouTube Shorts, e ainda o Twitter, estão buscando ficar cada vez mais parecidos com o aplicativo chines, TikTok, que foi o app mais baixado em 2021.

O app de vídeos curtos (mas que agora já permite lives e ensaia lançar vídeos de até 10 minutos no feed) acumula cerca de 1 bilhão de usuários ativos mensalmente e, com razão, está tirando o sono dos concorrentes.

É de se pensar: será que todas as redes sociais estão mesmo copiando do TikTok, ou estão apenas experimentando novos recursos que agradam mais os usuários nesse momento?

É notável que os padrões de consumo de conteúdo do público mudaram bastante desde o início da pandemia, e os vídeos curtos passaram a se encaixar melhor nessa nova rotina, que sequer se estabilizou ainda.

Mas não dá pra negar que o sucesso do app vizinho, como é chamado, está incomodando os rivais.

Junto a isso, nós, enquanto usuários, percebemos que a queda do engajamento de redes sociais como Facebook e Instagram contribuíram para o esvaziamento das mesmas.

O Facebook ainda tem uma força enorme em criar comunidades. Os grupos do Facebook ainda são muito buscados e considerados pelos usuários, dada a possibilidade de compartilhar experiências com outros usuários, ajudando mutuamente.

E o MarketPlace do Facebook, especialmente no interior do Brasil, ajuda a movimentar pequenos negócios, aluguéis de imóveis e vendas de automóveis.

Mas para as marcas e criadores de conteúdo, será que ainda vale a pena destinar esforços em criação de conteúdo e lançamento de campanhas? E, se não vale mais a pena, para onde o marketing de influência deve olhar então?

Redes sociais alternativas?

É claro que existem vários apps de rede social surgindo a cada instante, esperando pelo seu momento de brilhar e tomar conta das nossas vidas, como foi com o Instagram, Snapchat e agora com o TikTok.

Mas é preciso analisar cada uma delas para entender se valem a pena. Nem toda rede social vai funcionar tão bem quanto outras quando o assunto é engajar audiência e converter vendas.

O BeReal, por exemplo, ainda é um app muito recente, com baixa adesão nos países africanos e na América Latina. A versão em português só foi liberada nas últimas semanas.

Ainda não se sabe como o algoritmo funciona, nem se haverá possibilidade de trabalhar com publicidade na rede social, uma vez que não é permitido o uso de links nem o compartilhamento de imagens da galeria.

O Orkut, um dos precursores dos influenciadores, da época em que era preciso ter vários perfis, porque o número de amigos era limitado, não deu detalhes sobre como os criadores de conteúdo poderiam se destacar e monetizar seu trabalho caso a rede social retornasse definitivamente.

Agora, polêmica quase absurda: não bastassem as denúncias de criadores de conteúdo, de que o Instagram estaria dificultando a monetização dos Reels dos creators, agora a outra novidade do Meta, o Metaverso quer cobrar uma taxa de 50% dos creators, por cada faturamento obtido dentro da plataforma.

O Snapchat, depois de perder popularidade com as investidas pesadas de Zuckerberg contra a plataforma, está ressurgindo, com força maior fora do Brasil.

Contudo, a rede social agora está mais alinhada com os valores de mercado para publicidade dentro da plataforma, o que possibilita uma maior presença de influenciadores e marcas.

A pergunta que fica é: as redes sociais alternativas vão impulsionar a presença dos criadores de conteúdo, como fizeram o Instagram e YouTube na última década? A publicidade vai obter bons resultados nessas outras plataformas?

O fato é que é sim um momento propício para o marketing de influência estudar novas redes sociais e inseri-las em suas rotinas para com seus criadores de conteúdo, em vez de esperarem para ver no que vai dar a crise que o TikTok está causando no Meta.

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