Cuidar de si é negligenciar os pacientes? A ciência diz o contrário
Você já se sentiu culpado por pensar em tirar uma pausa no meio de um dia atarefado? Para muitos líderes da saúde, a ideia de autocuidado é vista como um luxo incompatível com a responsabilidade de cuidar dos outros. Mas e se essa crença estiver prejudicando você, sua equipe e até mesmo seus pacientes?
Alta demanda e a crença de que autocuidado é egoísmo
Profissionais da saúde são treinados para colocar as necessidades dos pacientes em primeiro lugar. Embora isso seja fundamental para a profissão, quando levado ao extremo, cria uma barreira mental: a ideia de que qualquer pausa ou momento de cuidado pessoal é sinônimo de negligência.
Essa mentalidade, somada à intensidade e às altas demandas do trabalho, é uma receita para o burnout. Estudos publicados no Journal of Occupational Health Psychology indicam que a falta de autocuidado está diretamente relacionada ao aumento de estresse crônico, redução de empatia e queda na qualidade do atendimento (“Smith et al., 2020”).
Em um ambiente onde cada decisão pode impactar vidas, a capacidade de foco e decisão é crucial. No entanto, a exaustão proveniente de jornadas sem pausas afeta diretamente essas habilidades, comprometendo tanto o profissional quanto o paciente.
Políticas que não incentivam o autocuidado
Imagine um plantão de 12 horas. Entre consultas, emergências e relatórios, a ideia de parar por cinco minutos para beber água ou respirar profundamente parece quase impossível. Esse cenário é comum e muitas vezes reforçado por uma cultura organizacional que não prioriza o bem-estar do profissional.
Dados do American Medical Association revelam que apenas 30% dos hospitais têm programas ativos de incentivo à saúde mental e física de suas equipes (“Jones et al., 2021”). Essa falta de suporte institucional perpetua a ideia de que trabalhar até a exaustão é uma prova de compromisso.
Porém, não é sua culpa. Esse sistema cria barreiras invisíveis que dificultam a mudança. A solução está em pequenas ações individuais que podem abrir caminho para uma cultura mais saudável.
Micro-pausas como aliadas da alta performance
Como romper esse ciclo? A resposta está em inserir micro-pausas na rotina. Pesquisas da Universidade de Harvard mostram que pausas de 5 minutos a cada 50 minutos de trabalho aumentam a produtividade em até 20% e reduzem significativamente os níveis de estresse (“Dweck et al., 2018”).
Essas pausas não precisam ser complexas. Experimente alongar-se, hidratar-se ou praticar uma técnica simples de respiração. Use um cronômetro como lembrete e observe como essas pequenas ações podem transformar seu dia.
Por exemplo, imagine estar em uma reunião complexa. Uma pausa de 5 minutos para reorganizar sua mente pode ser o diferencial entre uma decisão apressada e uma estratégia eficaz.
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Referências
Marcius Conceição Prestes é médico graduado pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre em 2005, especialista pelos programadas de residência em Clínica Médica e Terapia Intensiva no Grupo Hospitalar Conceição em 2010 e detentor de título de especialista pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
Possui MBAs em Gestão de Negócios da Saúde pela Faculdade UNIMED, atuando desde 2011 como lider tático de equipes multidisciplinares, melhoria continua de processos hospitalares, acreditação nacional e internacional e estruturação de centros de comando operacional em hospitais renomados do Brasil.
É Master Coach pós-graduado por José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, com formações em Life Coaching, Leader Coaching, Consultor Comportamental, Coaching Ericksoniano, Businesse and Executive Coaching, Master Trainner, Constelações Integrativas Sistêmicas e Psicologia Positiva.
É Treinador Comportamental Alpha formado por Massaru Ogato, criador do programa de desenvolvimento do Instituto de Formação de Treinadores, e Treinador Sistêmico formado por Bianga Ogata.
É hipnoterapeuta clinico formado por Marcos Caninde e Françoa Abdo no Instituto Renascer.
Tenho grande experiência em gerenciamento da jornada do paciente dentro de hospitais privados e do SUS, tendo reduziu o tempo de permanência hospitalar em 22% e tempo de espera de leitos em 60%, o que permitiu aumento em 20% do acesso da população a serviços de qualidade, tenho impacto direta ou indiretamente mais do 100 mil pessoas.
Atuo como mentor de profissionais da área da saúde, ajudando-os a terem carreiras de sucesso sem sofrimento.