Você não está perdendo impacto como líder – está perdendo energia emocional
Você sente que, apesar de todo o seu esforço, não está fazendo a diferença que gostaria na vida dos seus pacientes?
Essa é uma pergunta que ecoa silenciosamente na mente de muitos profissionais de saúde. O desejo de transformar vidas se mistura ao peso do desgaste emocional, criando uma sensação de inutilidade e estagnação. Mas por que isso acontece? E, mais importante, como superar esse desafio?
Exaustão emocional como sabotadora do impacto
A exaustão emocional é um fenômeno amplamente documentado na literatura científica, especialmente em profissões que exigem um alto nível de envolvimento interpessoal. Segundo Maslach e Leiter (2016), o esgotamento é um dos principais componentes da síndrome de burnout, caracterizado por uma desconexão emocional que reduz a capacidade de enxergar o impacto positivo do trabalho.
Profissionais de saúde, frequentemente expostos a cenários de sofrimento e alta carga emocional, são especialmente vulneráveis. Estudos mostram que a exaustão emocional afeta diretamente a satisfação profissional e a percepção de realização (Shanafelt et al., 2015). Isso cria um ciclo vicioso: quanto maior o desgaste, menor é a capacidade de reconhecer o impacto positivo do próprio trabalho.
Alta exposição a situações estressantes
Imagine um médico em uma UTI, lidando diariamente com cenários de risco de vida. Mesmo quando salva pacientes, o foco nas perdas e nas situações desafiadoras domina sua memória. Esse fenômeno é explicado pela tendência humana de atribuir maior peso às experiências negativas do que às positivas – um viés cognitivo documentado por Baumeister et al. (2001).
A rotina repetitiva e a alta exposição a situações emocionalmente desafiadoras reforçam esse viés, levando o profissional a se sentir preso em um ciclo sem fim de desafios sem recompensa. Não se trata de falta de competência ou esforço, mas de uma resposta natural ao ambiente estressante.
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Construir resiliência através de práticas restauradoras
Desenvolver resiliência emocional é essencial para quebrar esse ciclo. Estudos sugerem que atividades como treinamentos direcionados, práticas regulares de exercícios físicos e hobbies fora do ambiente de trabalho podem reduzir significativamente o impacto do estresse (McEwen, 2017; Söderström et al., 2012).
A resiliência não é uma qualidade inata – ela pode ser desenvolvida por meio de mentorias ou grupos de apoio que ajudam a identificar e reforçar a “razão maior” por trás do trabalho. Conectar-se com o significado mais profundo do que se faz não apenas aumenta a satisfação, mas também melhora a qualidade do atendimento prestado.
Reconecte-se com seu impacto
Se você sente que está perdendo o entusiasmo pela profissão ou que seu impacto como líder não é mais o mesmo, é hora de agir. Ao desenvolver resiliência e se reconectar com o significado do seu trabalho, é possível transformar o desgaste em satisfação e o esforço em reconhecimento.
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Referências:
Marcius Conceição Prestes é médico graduado pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre em 2005, especialista pelos programadas de residência em Clínica Médica e Terapia Intensiva no Grupo Hospitalar Conceição em 2010 e detentor de título de especialista pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
Possui MBAs em Gestão de Negócios da Saúde pela Faculdade UNIMED, atuando desde 2011 como lider tático de equipes multidisciplinares, melhoria continua de processos hospitalares, acreditação nacional e internacional e estruturação de centros de comando operacional em hospitais renomados do Brasil.
É Master Coach pós-graduado por José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, com formações em Life Coaching, Leader Coaching, Consultor Comportamental, Coaching Ericksoniano, Businesse and Executive Coaching, Master Trainner, Constelações Integrativas Sistêmicas e Psicologia Positiva.
É Treinador Comportamental Alpha formado por Massaru Ogato, criador do programa de desenvolvimento do Instituto de Formação de Treinadores, e Treinador Sistêmico formado por Bianga Ogata.
É hipnoterapeuta clinico formado por Marcos Caninde e Françoa Abdo no Instituto Renascer.
Tenho grande experiência em gerenciamento da jornada do paciente dentro de hospitais privados e do SUS, tendo reduziu o tempo de permanência hospitalar em 22% e tempo de espera de leitos em 60%, o que permitiu aumento em 20% do acesso da população a serviços de qualidade, tenho impacto direta ou indiretamente mais do 100 mil pessoas.
Atuo como mentor de profissionais da área da saúde, ajudando-os a terem carreiras de sucesso sem sofrimento.