Cultivos pertinho dos clientes
Produção local de alimentos é positiva para consumidores, agricultores e varejistas
Diariamente, 12 caminhões contendo 20 mil pés de folhagens partem de Ibiúna, a 74 km da capital paulista - cerca de 1 hora de viagem - rumo a 24 lojas do Carrefour nos municípios de São Paulo e Jundiaí. A entrega é feita de madrugada, para garantir ao cliente, logo pela manhã, que mercadorias recém-tiradas do solo já estejam nas gôndolas.
O produtor dessas verduras, Márcio Nakati, trabalha no campo desde os 15 anos, primeiramente em uma terra arrendada cuja plantação era destinada ao CEASA, e posteriormente, em seu sítio, que, ao longo dos anos, foi sendo ampliado, até atingir os atuais 36,3 hectares.
Lá, de domingo a domingo, Nakati vai a campo checar a produção, a estufa, a terra e se a mão de obra precisa de apoio ou orientação. Quando necessário, também trabalha no trator, nos canteiros e na colheita. “Sempre fui agricultor e gosto é de estar no campo”, ele conta. Do escritório, quem cuida é sua esposa. O negócio é administrado pelo casal, que gerencia 100 funcionários fixos, incluindo os promotores nas lojas.
Fornecedor do Carrefour há 24 anos, Nakati é um exemplo de parceria de sucesso que está sendo cada vez mais valorizada pela companhia, por representar um comércio sustentável focado em produtores locais, que, além de garantir ao varejo alimentos frescos, ainda reduz os custos para ambas as partes e o impacto ambiental provocado por questões logísticas ligadas a transporte e emissão de gases.
Outra vantagem é que esse modelo de negócio implica em menor perda de alimento da produção à gôndola - já que o estresse que sofre no transporte, devido a inadequações na embalagem, acondicionamento ou refrigeração, tem tempo reduzido - combatendo o desperdício. Embora os prejuízos com alimentos ocorram ao longo de toda a cadeia de valor agrícola e em todas as fases da produção até chegar à mesa, nos países em desenvolvimento, isso é mais acentuado.
Além disso, do ponto de vista social, investir na compra de alimentos de pequenos agricultores significa promover sua inclusão e lhes propiciar melhor qualidade de vida, garantindo a aquisição de quantidade representativa de sua mercadoria por um preço justo e de forma ininterrupta.
Não é a toa que abastecer seus pontos de venda com frutas, legumes e verduras (FLV) de produtores locais é uma das premissas do Act For Food, estratégia da companhia cujo propósito é promover a transição alimentar, aumentando o acesso do consumidor a alimentos saudáveis, com preços acessíveis, produzidos com responsabilidade socioambiental e controle de qualidade desde a sua origem.
No Grupo Carrefour Brasil, atualmente, 63% das compras de FLV são provenientes de mais de 460 agricultores cujas terras localizam-se nas proximidades das lojas e cujos produtos são entregues, na maioria das vezes, em até 24 horas após a colheita. E a prospecção de novos produtores locais em todas as regiões do país tem sido um trabalho contínuo, para ampliar ainda mais essa cadeia de francos ganhos no terreno da sustentabilidade.