A cultura da mudança na transformação das relações
Hoje o meu olhar está voltado para o líder de pessoas ou projetos, cujo papel se ressignificou completamente. Trabalhar, entregar todas as demandas, resultados e lidar com mudanças diárias tem sido um baita desafio. Sabe por que?
Porque no fundo, ele está sendo chamado para transformar relações e assim, favorecer a sustentação de redes, desenvolver conteúdos educar/ engajar as pessoas na mudança e acima de tudo estar motivado para lidar com comportamentos a partir da troca de experiências.
Com certeza trabalhar com mudança é apaixonante, pois a todo momento estamos lidando com o intraempreendedorismo. Nem todas as pessoas possuem esta habilidade, mas já digo que se quiser lidar com mudança está característica é mandatória. Colaboradores com a característica intraempreendedora, entendem que não precisam sair das suas empresas para empreender, e é por isso que são tão valiosos.
A cultura empresarial no Brasil está cada vez mais voltada para o incentivo da autonomia da liderança e este cenário muito me reconforta. Ver o lifelong learning se materializando nas organizações, todas com sua independência e realizando curadorias de informações internas para poder apoiar o conhecimento de seus colaboradores é o caminho correto para lidar com mudanças neste século XXI.
Um movimento sem volta e sustentado pela tendência em reaprendermos a viver em redes e grupos novamente. Não dá para lidarmos com mudanças externas sem cuidarmos das mudanças internas geradas por tudo que está a nossa volta.
Toda esta aceleração da tecnologia, dos negócios e da maneira como o trabalho mudou, fez com que muitos de nós nos despedíssemos dos rituais e dos ritmos mandatórios para nos sentirmos conectados conosco mesmo e com o nosso entorno. Precisamos resgatar a natureza, a arte, as rodas de conversa, as danças e tudo aquilo que nos traga de volta a vida como ela é.
A desconexão ocorre por falta de contato genuíno com as pessoas. São muitos links diários. Precisamos aprender a revivier em grupo. Assim, damos permissão e liberdade ao nosso pensar para voltar a sonhar e a se apaixonar novamente. Neste caminho geramos abertura para o nosso sentir se conectar com a nossa melhor versão, com aquilo que faz sentido, até para podermos construir acordos que nos motive a atuar com pertencimento e foco.
É nesta direção que a experiência da mudança com toda a necessidade de compreender como gera “constainers” para que as pessoas embarquem na mudança, esta caminhando. E as pessoas?
As pessoas querem colo, afeto, escuta e acima de tudo reconhecimento e pertencimento. Existem técnicas a serem aprendidas para criar este contexto em nosso entrono. A boa notícia é que bastante gente já aprendeu e está praticando.
Muitos que viveram e vivem o nosso Programa de Formação Lideres Agentes da Mudança em suas várias versões, entendem a grande diferença em estar diante de uma tela de computador e em meio a natureza discutindo cultura, estratégia, ferramentas, ao mesmo tempo que diante de um espelho observam a si mesmos a partir do outro.
São 5 jornadas desenhadas em modelo hibrido a partir do Método do Agente da Mudança que une comportamentos, técnicas e ferramentas ao mesmo tempo. Elementos essenciais para que cada pessoa envolvida na mudança receba o que merece para verdadeiramente atuar com mudanças diárias, sendo um Agente de Mudança em seu entorno.
Este movimento reflete o que a Agentes da Mudança tem praticado para fortalecer a cultura da mudança em cada empresa. Mudança é cultura e mais do que nunca precisa lidar com mindset, comportamentos, entregas, estilos de gestão e resultados ao mesmo tempo.
Quando trabalhamos o mindset dos lideres para a visão e compreensão do significado e dos benefícios em saber lidar com jornadas de transformação individual, de grupo e empresas, a cultura de mudança se instala pouco a pouco em seus locais de trabalho.
Dificuldades como falta de pertencimento, excesso de comandos e controles, não prática de valores em comportamentos diários, além do excesso de atividades, medo em se colocar na vulnerabilidade e dificuldade em saber pedir ajuda, deixam de existir, pois dão lugar ao protagonismo, a responsabilidade e a coragem em aprender como ter e propagar maturidade nas relações e nas entregas cada vez mais sendo feitas a partir de redes de pessoas.
De acordo com a pesquisa realizada pela Agentes da Mudança e publicada no capitulo 9 do livro Mudança de cultura ou Cultura de mudança os relatos demonstram como as empresas estão caminhando com a preparação dos seus lideres junto ao tema mudança. Vamos conferir?
”Nosso GMO não capacita as lideranças, pois a nossa Universidade Corporativa tem uma gerência de liderança que desenvolve várias competências. Há um projeto transversal chamado Agentes de Transformação, que são os agentes de mudança da metodologia tradicional. A grande missão dos agentes de mudança é fortalecer as conexões entre times de projetos e colaboradores impactados pelas transformações, coconstruindo, assim, o sucesso da empresa.
“Os programas de liderança consideram um amplo repertório para esse público, mas eles não são capacitados especificamente em Change. Nós damos treinamentos internos para o middle que vai atuar em projetos e ações de mudanças e alinhamos ações de sponsorship spine com o board de cada iniciativa”.
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“Nosso agente de mudança é o líder. A comunicação é bastante alinhada com eles e foi realizada internamente uma trilha de capacitação da liderança que envolveu diversos temas, inclusive a gestão de mudanças”. “Atuamos na capacitação dos grupos como agente de mudanças mediante a análise da necessidade a partir dos impactos”. “A capacitação é realizada pela equipe de GM. Propomos ações para mitigar a resistência e tornar o processo menos doloroso, com maior adoção e no tempo planejado”.
“Temos em pipeline o treinamento de todos os gestores da companhia em 2021 em GM, através de um treinamento desenvolvido para eles, bem como treinamentos virtuais e presenciais realizados em todos os níveis”.
“A empresa tem diferentes iniciativas para formação de seus líderes e estão todas agrupadas na Escola de Líderes, que engloba GM”. “Temos o tema de Change na trilha de capacitação da liderança. É valorizado que saibam qual o papel de um sponsor da mudança da alta hierarquia e o que é ser agente da mudança para líderes intermediários e imediatos”.
De acordo com os relatos, é nítido que a capacitação no tema mudança se tornou chave para toda a liderança. O que talvez precisamos refletir, é se ela esta levando em conta a preparação dos lideres para saber lidar com a transformação das relações. Esse é o desafio !
O que vem a seguir materializa para mim a profecia de que o que importa mesmo é estarmos a serviço da cultura e das pessoas. Não existe o correto e sim o complemento, a coconstrução e a mágica em adequar o que for melhor a cada contexto. Fiquei feliz que a certificação dos cursos de Gestão da Mudança não ficou no topo da lista, mais sim a construção interna de aprendizado. Vamos observar as respostas:
“Atuamos com base na metodologia externa, mas a nossa estratégia de change foi evoluindo com os aprendizados que fomos adquirindo nas teorias adquiridas, e principalmente na prática com o desenvolvimento dos nossos próprios projetos”. “Nosso principal foco tem sido a comunicação, transparência e escuta ativa do colaborador”.
“Utilizamos metodologia externa e adaptamos algumas ferramentas mediante a necessidade da nossa empresa temos ferramentas e indicadores que comprovam a importância de gestão de mudanças”. “Aplicamos uma forma mais avançada, voltada à adoção de tecnologia em nossos clientes, e mesmo internamente com mais elementos (planos). Porém utilizamos um mix de várias outras metodologias para complementar e adaptar ao contexto e necessidade”.
“Dependendo da situação e da mudança, podemos utilizar outras opções de metodologia, incluindo o Método do Agente da Mudança com ênfase na antroposofia. O fator determinante é o tipo de mudança, o objeto, o propósito e o público”.
Enfim, temos muito autodesenvolvimento para aprender e praticar. Eu mesmo me atualizo muito. Só neste mês de março entro em dois aprendizados: um em saber melhor desenhar comunidades e outro como me conectar com a autencidade da liderança feminina.
Não basta ser empreendedora, é fundamental a reciclagem para lidar com mudança. Por onde começar? Abrindo espaço na agenda para viver esta reeducação é o começo desta história, pois não basta acumular e desenvolver competências.
É necessário aprender a olhar(passo1) para despertar a consciência, aprender a ouvir(passo2) para compreender o estado de presença de cada ser, aprender a interagir. ( passo3 ) como forma de tratar, cuidar e integrar sombras e traumas, assim como aprender a gerir(passo4) em desenvolver a maturidade para a gestão e finalmente aprender a sustentar( passo5) toda a complexidade que existe para o crescimento contínuo.
Esta jornada terá início em abril de 2023.
Anadelli Soares Braz como sua colega no MBA da Fundação Dom Cabral posso dizer que você é uma grande Agente da Mudança na vida e trabalho. O que fez e faz você ter a coragem em lidar com mudanças?
Caren Sá mudança a cada dia. A sua virada como Agente da Mudança foi ímpar. Qual foi o grande aprendizado que você quer compartilhar na sua jornada de mentoria da mudança?
Marcelo Eustáquio Pereira Elias você é um dos grandes Agentes da Mudança a que me refiro no texto. Qual foi o principal aprendizado que você coloca em prática no seu dia a dia?