Curriculum Vitae: o que fazem com você?
Curriculum Vitae: o que fazem com você?
Estou desempregado há pelo menos 05 anos, enviando currículos via e-mail ou entregando – os fisicamente porta a porta, sem saber o que realmente é feito deles, tendo em vista que, pelo menos 99% não têm feedbacks algum de retorno. Vários questionamentos me vêm à cabeça sobre quais destinos são dados aos respectivos documentos de solicitação de emprego. A meu ver acontece o seguinte: os currículos enviados via e-mails são simplesmente deletados sem serem lidos e os entregue porta a porta transformam – se em papéis de rascunho, o que é, sem sombra de dúvidas, uma grande falta de consideração para com os candidatos. Enquanto isso, várias dúvidas brotam em nossas cabeças sobre a qualidade e eficiência dos referidos históricos enviados.
Dúvidas como seus formatos, suas redações, seus excessos ou, até mesmo, a falta de informações. Porém, como saber de tudo isso se nem um feedback negativo ou explicativo nos é enviado como resposta, mesmo que não seja obrigação ética dos Recursos Humanos das organizações? Desde julho de 2009 sou cadastrado em pelo menos 10 (dez) sites de busca de empregos que vivem fazendo ofertas fantasiosas que nunca são cumpridas. Nesse interim, já devo ter enviado via e- mails, pelo menos 2.000 currículos sem receber resposta de nenhuma organização recrutadora cadastrada nos mesmos.
Hoje, após tantas idas e vindas em busca de uma nova oportunidade de recolocação profissional no mercado formal de trabalho e, após ter tentado por várias e diversas maneiras empreender no informal, cheguei á triste e certa conclusão de que o problema não se encontra nas estruturas dos nossos currículos, mas tão somente, na falta de pessoas que nos indiquem (Q. I) e de pessoas que nos garantam (Q.G.).
Seria mais correto e ético por parte dos recrutadores, se respondessem ao menos aos candidatos pré-selecionados com feedbacks negativos ou positivos, como forma de deixá-los menos ansiosos e sem falsas expectativas de serem contratados ou não. Atualmente em nosso país, pelo menos 90% dos recrutadores deixam os candidatos a empregos sem feedback algum.