Dúvidas, dilemas e desafios da Nova Liderança

Muitas dúvidas, dilemas e perguntas percebo na grande maioria dos mentorados aos quais tenho contato. Geralmente os executivos se perguntam:

• Como posso ser mais próximo aos colaboradores?
• O que fazer para gerar maior responsabilidade compartilhada?
• Como gerar um senso de accountability nas equipes?
• Como liderar com a nova forma do mundo agir, interagir, reagir e ser protagonista?
• Como devo me portar diante da nova geração, diversidade e modelo de liderança?
• Diante de tantas mudanças ainda é possível engajar a equipe?
• Uma pergunta frequentemente recebida é como “convidar” os colaboradores, principalmente os mais jovens, a encontrarem o seu propósito e alinhar ao que a empresa necessita, com compromisso e accountability ((52) cultura organizacional de Accountability - YouTube)

São muitas perguntas que somam com os dilemas de gerar lucro e manter a empresa saudável diante de uma concorrência que por vezes não é vista. A ambidestria realmente existe em uma liderança que hoje precisa ter várias mãos, sentidos, habilidades e intuição para cumprir com os desafios da nova era.?

Percebo que a grande maioria dos executivos foram estimulados a “EXECUTAR” as atividades com foco em resultados e pouco em pessoas. É claro que se tratando da liderança é preciso trazer resultados para a empresa, entretanto estamos falando de uma nova forma de pensar no mundo, com maior empatia, segurança psicológica e amorosidade. (Tendências globais de capital humano para 2023 | Deloitte Insights)

Posso dizer que uma das maneiras de lidar com esses dilemas é se tornar mais acessível às pessoas:

• Mostrar sua vulnerabilidade e deixar de querer ser uma “entidade” infalúivel e indestrutível. As pessoas que tentaram esta façanha foram acometidas com Burnout e doenças psicológicas difíceis de gerar equilíbrio e consciência, perdendo-se em suas crenças de super poderes.
• Entender seus limites e conseguir compartilhar a responsabilidade de liderar, gerando a cultura de accountability nas pessoas
• Conhecer as habilidades da equipe e convidar a todos para “dançar” a mesma música, tornando os ambientes de trabalho lugares felizes e com propósito.
• Compreender, aceitar e praticar o pensamento de inclusão com o mindset da diversidade na “veia” para a ampliação do “poder” da equipe, trazendo novas ideias e consequentemente a inovação. 

Ao mostrar vulnerabilidade e autenticidade, os líderes podem criar um ambiente mais seguro e empático, incentivando  toda equipe a compartilhar suas próprias histórias e experiências. Essa troca de informações pode levar a um maior alinhamento de propósitos entre a equipe e a empresa, bem como a um maior compromisso e responsabilidade compartilhada.

Além disso, é importante que os líderes sejam exemplos de accountability, ou seja, de responsabilidade pelos seus próprios resultados e ações. Ao demonstrar esse comportamento, eles podem inspirar os colaboradores a fazer o mesmo, criando uma cultura organizacional de accountability e engajamento. 

Ao mostrar vulnerabilidade e autenticidade, os líderes podem criar um ambiente mais seguro e empático, incentivando os colaboradores a compartilhar suas próprias histórias e experiências. Essa troca de informações pode levar a um maior alinhamento de propósitos entre a equipe e a empresa, bem como a um maior compromisso e responsabilidade compartilhada.

É fundamental que os líderes sejam constantemente treinados e capacitados em habilidades sociais, como empatia, comunicação e liderança inclusiva. Essas habilidades são fundamentais para criar um ambiente de trabalho mais humano e acolhedor, onde os colaboradores se sintam valorizados e engajados.

Cristiane Maziero é mentora e atuo com lideranças há 26 anos.