Da divulgação a estreia, um olhar para o marketing do BBB

Da divulgação a estreia, um olhar para o marketing do BBB

Não posso me afirmar fã ou crítico ao BBB. Para mim, ele é como qualquer programa de entretenimento, como uma série, por exemplo, que assisto sem segundas intenções.

Porém, mesmo assistindo de forma despreocupada, não posso deixar passar algumas estratégias que me chamaram tanto a atenção sobre comunicação e marketing e que, há um tempo atrás, eu nem era capaz de perceber.

Não, esse não é um texto "de coisas que aprendi com o BBB". É apenas uma análise simples e descontraída (para ser sincero, ainda estou com sono). Sem o objetivo de aprender ou ensinar nada, só observar. Vem comigo?

Recorde de audiência na estreia

A gente viu em tudo que era rede social: o hype estava grande para a estreia do BBB 21. O primeiro episódio do programa registrou uma média de 27 pontos de audiência, melhor resultado desde 2018.

Ontem quando o programa acabou e fui olhar o twitter, 19 dos 20 assuntos mais comentados do momento eram ou estavam relacionados ao programa. Nem preciso falar que a hashtag #BBB21 ficou horas como assunto mais falado do momento, né?

Influencers: uma espécie de comarketing, né?

Essa edição contou mais uma vez com a presença de influencers, investindo em um elenco bem diverso: rappers, cantor sertanejo, influenciadoras, atores e um humorista.

Essa troca que o programa promove é bem interessante: influenciadores levam o engajamento de seu público (geralmente nichado) para a TV, enquanto a TV empresta seu incrível alcance para que eles conversem com pessoas de todo o Brasil.

Assim, o programa domina todos os assuntos dentro e fora da internet. Você pode não assistir, mas vai ouvir falar. Estará em todos os lugares, até aqui no Linkedin.

Estratégia multicanal e geração de expectativa

O BBB soube gerar expectativa na estreia do programa e aproveitou muito bem os diferentes canais para fazer a divulgação dos participantes. É claro que ele apostaria numa estratégia omnichannel (posso falar multicanal?) para continuar criando conteúdo.

  • O Gshow está lotado de conteúdo sobre o programa e os participantes. Imaginem o quanto de tráfego isso não traz para o site?  
  • Nas redes sociais, me lembro vagamente de influenciadores receberem caixas misteriosas com pistas sobre o programa. Tudo para gerar mais buzz!
  • A Globo aproveitou o hype e ansiedade sobre o programa para divulgar a lista dos participantes nos intervalos dos programas na TV e aumentar a audiência do canal durante todo um dia.
  • Antes do programa iniciar, aproveitaram para realizar a primeira votação e aquecer os motores para os fãs do programa.
  • Mesmo em confinamento, os participantes produziram conteúdos das redes sociais por meio de um Diário, que era publicado no site do Gshow e atraía mais pessoas.

Isso sem falar do podcast no GShow, que promete dar aos fãs muito conteúdo com o início do jogo.

Prova de resistência = Baixe o Globoplay

Fomos surpreendidos por uma prova de resistência logo no episódio de estreia. E, sinceramente, não me surpreende em nada eles terem tomado essa decisão.

Afinal, enquanto a prova acontece:

  • A marca de um dos maiores patrocinadores do programa fica exposta por um longo tempo nas telas. Isso tudo enquanto eles batem recorde de audiência e alcançam milhões de pessoas em todo o Brasil.
  • As Lojas Americanas está soltando descontos ao longo da prova e gerando um interesse em seus produtos. No fim da prova, será possível contabilizar/rastrear as conversões.
  • Os espectadores mais curiosos precisarão assinar a Globoplay para ter acesso ao conteúdo exclusivo da plataforma. Ou seja, mais assinantes!

No que diz respeito a esse terceiro objetivo, parece que atingiram cedo demais. Logo após o programa ter finalizado na tv, o acesso massivo foi tão grande que o app sofreu uma breve instabilidade.

Muitos reclamam, mas o programa está no ar

Confesso que fiquei me perguntando se eu deveria mesmo escrever sobre o BBB aqui, pois sei a quantidade de críticos ao programa nesta rede social.

Mas depois de refletir, pensei que é, sim, uma observação (mesmo que simples) válida:

  • O programa gera milhares de empregos diretos e indiretos no país enquanto acontece.
  • A nova edição teve fila de anunciantes, chegando a mais de 500 milhões em patrocínio. Porquê? O que podemos aprender com isso?
  • O programa vai entreter milhões de pessoas que estão sofrendo sozinhas pelo isolamento social por causa do novo coronavírus.

Fico me perguntando: se eu tivesse um evento dessa magnitude na minha empresa, conseguiria pensar em uma estratégia de comunicação tão integrada?

Essa foi uma análise breve e superficial das coisas que percebi no programa. Realmente não consegui acompanhar ativamente toda a divulgação, mas achei interessante compartilhar esses pontos.

E você? Percebeu algo que deixei passar? Compartilha aqui com a gente!





Excelente análise!!

Alessandra T.

Mídia Digital | Performance | E-commerce | Dados

3 a

Ótima análise, Gabriel. Realmente a estratégia multicanal foi bem eficaz, diria que melhor até que no ano passado.

Regiane Vasco

Consultora Comercial | App Facilita

3 a

Muito bom!!!!!!! 

Vinícius Oliveira

Certified Outystems Developer

3 a

Na minha opinião trazer influencers foi a melhor estratégia e o ponto de virada para dar um up em modelo que ja estava desgastado. Adorei a análise

Análise sensacional

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