DA LONGANIMIDADE E DA JUSTIÇA DE DEUS

(Quem tem ouvidos ouça o que diz a Palavra!)

VERSES FOR 01.18.2017

Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Oséias 13:5

Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima. Apocalipse 7:16,17

O livro de Oséias fortalece a fé nas inspiradas profecias de Jahweh. Tudo quanto Oséias profetizou relativo a Israel e a Judá se cumpriu. Israel foi abandonado pelos seus amantes dentre as nações vizinhas e idólatras e colheu a tormenta de destruição da parte da Assíria, em 740 AEC. (Os 8:7-10; 2 Re 15:20; 17:3-6, 18) Contudo, Oséias havia predito que Jahweh mostraria misericórdia para com Judá e o salvaria, mas não mediante poder militar. Isto se cumpriu quando o anjo de Jahweh matou 185.000 dos assírios que ameaçavam Jerusalém. (Os 1:7; 2 Reis 19:34, 35) Não obstante, Judá foi incluído no julgamento de Oséias 8:14: “E eu hei de enviar fogo dentro das suas cidades e terá de devorar as torres de habitação de cada uma”, predição esta que teve um terrível cumprimento, quando Nabucodonosor devastou Judá e Jerusalém, em 609-607 AEC. (Jr 34:6, 7; 2 Cr 36:19) As muitas profecias de Oséias sobre a restauração se cumpriram quando Jahweh ajuntou Judá e Israel e eles ‘subiram da terra’ de seu exílio, em 537 AEC. — Os 1:10, 11; 2:14-23; 3:5; 11:8-11; 13:14; 14:1-9; Es 2:1; 3:1-3.

As referências à profecia de Oséias por parte dos escritores das Escrituras Gregas Cristãs são, também, de máximo proveito para a nossa consideração hoje. Por exemplo, Paulo faz uma poderosa aplicação de Oséias 13:14, ao considerar o assunto da ressurreição: “Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?” (1 Co 15:55) Ao acentuar a benignidade imerecida de Jahweh, segundo expressa para com os vasos de misericórdia, Paulo cita Oséias 1:10 e 2:23: “É conforme ele diz também em Oséias: ‘Aos que não são meu povo, eu chamarei de “meu povo”, e àquela que não era amada, de “amada”; e no lugar onde se lhes disse: “Vós não sois meu povo”, ali serão chamados de “filhos do Deus vivente”.’” (Rm 9:25, 26) Pedro parafraseia essas mesmas passagens de Oséias, ao dizer: “Porque vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; vós éreis aqueles a quem não se mostrara misericórdia, mas agora sois os a quem se mostrou misericórdia.” — 1 Pe 2:10.

Vê-se assim que a profecia de Oséias se cumpriu, não só no retorno de um restante, nos dias de Zorobabel, mas também em Jahweh congregar de modo misericordioso um restante espiritual, que vem a ser ‘filhos amados do Deus vivente’. Mediante inspiração, Oséias viu os requisitos para tais. Não é uma aparência de adoração com cerimônia formal, mas, nas palavras de Oséias 6:6 (que Jesus repetiu em Mateus 9:13 e 12:7): “Agrado-me da benevolência e não do sacrifício; e do conhecimento de Deus antes do que de holocaustos.”

           A ilustração da esposa adúltera que foi tão vividamente encenada na própria vida de Oséias mostra que Jahweh detesta os que se desviam dele para caminhos de idolatria e adoração falsa, cometendo destarte adultério espiritual. Qualquer pessoa que tenha tropeçado no erro deve retornar a Jahweh em genuíno arrependimento e ‘oferecer em troca os novilhos de seus lábios’. (Osé. 14:2; Heb. 13:15) Estes podem regozijar-se com o restante dos filhos espirituais de Israel, em cumprimento da promessa do Reino, em Oséias 3:5: “Depois, os filhos de Israel voltarão e certamente procurarão a Jahweh, seu Deus, e a Davi, seu rei; e certamente virão trêmulos a Jahweh e à sua bondade, na parte final dos dias.”

Os gentios salvos (7:9-17): Os judeus foram contados, porém essa multidão de salvos não pode ser contada. Esses gentios são o fruto do trabalho dos 144.000 judeus e vêm de todas as nações da terra. Eles não fazem parte da igreja, já que os vimos diante do trono, e não nos tronos como os anciãos. O versículo 14 deixa claro que eles vêm (não vieram) da grande tribulação. Aqui, João vê-os diante do trono celestial louvando a Deus e ao Cordeiro. As “palmas” sugerem a Festa dos Tabernáculos do Antigo Testamento (Lv 23:40-43), evento em que Israel regozijava-se pelas bênçãos do Senhor. Eles usam “vestiduras” brancas, o que indica a justiça deles adquirida por intermédio do Cordeiro. O versículo 14 afirma que eles foram salvos pela fé em Cristo, a única forma de sermos salvos.

Os versículos 15-17 enumeram as provações que esses gentios sofreram na terra. Passaram fome e sede, pois foram vítimas da escassez de alimento e de água limpa. Eles não tinham refúgio para o calor do dia. Eles choraram e sofreram provações. Mateus 25:31-46 fala de “ovelhas” que amam os judeus e os ajudam durante a tribulação, entre as quais é provável que estejam esses gentios. Esses crentes recusaram-se a receber a marca da “besta” (13:16- 18) e, por isso, não podem comprar nem vender nada. Eles incorreram na ira dos governantes por causa da amizade com os judeus odiados e perseguidos. Claro que também sofreram os terríveis julgamentos da tribulação: o racionamento de alimento (13:17); a transformação de água em sangue (1 6:4); e a queimação com fogo (1 6:8-9).

Veja que os 144.000 sobrevivem à tribulação, enquanto as multidões de crentes gentios darão a vida durante esse período horrível. (Lembre- se das almas sob o altar de 6:9-11.) Deus recompensará esses gentios crentes e lhes dará glória por causa do sofrimento por que passaram. Muitos estudiosos acreditam que no reino milenar se cumprirão as promessas dos versículos 14-17, em vez de no céu. Apocalipse 20:4 indica uma ressurreição especial para esses mártires da tribulação e promete que viverão e reinarão durante o reinado das eras. No entanto, temos bons motivos para aplicar os versículos 14-17 à condição abençoada dos santos de Deus, os que agora estão na glória. Aleluia!

Em suma, vemos que Israel vol­tou à sua antiga terra de descrença. Inicia-se a adoração no templo. O anticristo governa os Estados Unidos da Europa, e o mundo se convulsiona por guerras, fome e caos político e econômico. As duas testemunhas (Moisés e Elias) pregam em Israel, e Deus selou o remanescente da na­ção — 144 mil judeus — para ser suas testemunhas em meio aos gen­tios. Sem dúvida, o ministério deles será perseguido, e muitos serão pre­sos (Mt 25:36). Todavia, os gentios convertidos os ajudarão, e muitos gentios darão a vida pelo evangelho por causa de seu testemunho.

Muitos estudiosos creem que 2 Tessalonicenses 2:11-14 indica que as pessoas que rejeitam o evange­lho com obstinação, durante essa era de graça, não poderão ser sal­vas depois do arrebatamento da igreja. Eles argumentam que as pessoas que não creem na verdade, acreditarão na mentira. Elas não apenas deixaram de ouvir e de en­tender a Palavra, como também a rejeitaram de pronto. De qualquer forma, após o arrebatamento da igreja, uma multidão de gentios vai crer no evangelho e estar disposta a entregar a vida por Cristo. Sim, as pessoas serão salvas durante o período da tribulação, mas pagarão um alto preço por isso. É muito mais sábio receber Cristo hoje! Aleluia! Glórias, graças a Deus!

MARANATA!

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