Da série vestindo a própria camisa

Da série vestindo a própria camisa

Inspirado por Matheus de Souza, resolvi compartilhar meu #ProtagonismoNaCarreira.

Venho de uma origem bem simples. Crescido e criado na “quebrada”. Filho de pais nordestinos, e com pouco grau de instrução...

Terminei o ensino médio sem saber o que fazer, eu não era do tipo que pensava no futuro de forma objetiva, minha visão de futuro era sempre fantasiosa, mesmo com uma idade já avançada, as minhas fantasias eram parecidas com as do Fantástico mundo de Bobby... (risos).

Consegui cursar a universidade só um ano depois de terminar o colégio, por uma questão de falta de grana.

Fiz o curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda. Eu queria ser publicitário, não porque eu tivesse alguma noção do que era ser um profissional dessa área, mas porque alguém me disse que era possível trabalhar de bermuda e havaianas...  Nu! (Como dizem os mineiros) isso era tudo o que eu queria. Contudo não consegui trabalhar de havaianas, nem de bermuda. Nem na área de publicidade. Tudo bem. Eu fiz várias outras coisas.

Estou no mercado desde os meus 15 anos, praticamente metade da minha vida. Trabalhei como office boy (como eu era feliz nessa época), ajudante geral, ajudante de serralheiro, operador de telemarketing, consultor de merchandising, operador de caixa, promotor de vendas, vendedor, consultor de negócios.... Até cheguei a empreender em um negócio de intermediação de venda de serviços de turismo e seguros, e através dessa experiência, morei um pouco mais de um ano em BH. (Como gosto de BH e do povo mineiro). Mas o meu empreendimento não deu certo, declinou, sem nem decolar. Ah, ainda fiz uns bicos de “barman” e motorista, antes do dia D.

Olhando para minha trajetória fica mais evidente porque tenho facilidade em servir, fiz isso a maior parte da minha vida.

Meu último trabalho antes de entrar num caminho de ascensão foi em BH, voltei de Belo Horizonte quebrado, com o "nome sujo", um empréstimo para pagar e muitas pessoas para encarar. Saí de casa com o discurso de que voltaria rico. Foi difícil voltar mais pobre do que eu tinha saído (risos)...

Mas o que aconteceu é que até então eu só tinha vestido as camisas das empresas pelas quais eu tinha passado. Há 6 anos resolvi vestir minha própria camisa e o mundo corporativo passou a me enxergar sob outro prisma.

Vesti minha camisa no dia em que um amigo da área de TI disse que me arranjaria uma entrevista para vaga de tester, eu nem sabia o que um cara desses fazia, porém eu já tinha passado por muitos testes na minha vida, e tinha que dar certo nesse. Fui para a entrevista e convenci a entrevistadora (gerente) de que mesmo sem ter familiaridade com a tecnologia, eu me sairia bem, pois tinha motivação suficiente para dar certo.

Aprendi que motivação vem da palavra em Latim “Moverè” e significa força interna que faz você ter determinada atitude, ou realizar determinada tarefa.

O professor Nelson Benseny me disse numa aula de Gestão e Negócios que motivação é motivos para agir. Eu tinha muitos, e ainda tenho.

Desde de lá coisas têm dado certo, graças à Deus, tudo graças ao Bom Deus, claro que sempre teve muito esforço e dedicação da minha parte.

Ainda tenho muito o que aprender e o que crescer. Sei que tenho um longo caminho pela frente. Sei que minhas metas e sonhos são grandes, todavia, aprendi que a única saída para superar todos os desafios é agir como protagonista da minha própria vida, como dono da minha carreira e responsável pelo meu desenvolvimento.  

 




Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Marcio Almeida

  • Construir, conquistar e compartilhar

    Construir, conquistar e compartilhar

    A Alelo é uma empresa incrível, e escrevo isso com um sentimento genuíno. Ao longo da minha carreira, tive a…

  • O fim da Inteligência Emocional

    O fim da Inteligência Emocional

    Sábado passado tive o privilégio de participar do treinamento inédito do Dr. Augusto Cury sobre sua nova perspectiva…

  • O Resgate na Caverna Tailandesa

    O Resgate na Caverna Tailandesa

    Artigo inspirado na série Thai Cave Rescue (O Resgate na Caverna Tailandesa) produzida pela Netflix. Esta série…

    2 comentários
  • The Last Dance

    The Last Dance

    “Ousadia tem genialidade, poder e magia” (GOETHE) Série inspiradora? Com certeza. Achei honesto esse documentário.

  • Um ponto de vista interessante!

    Um ponto de vista interessante!

    Mais importante do que trabalhar com o que se ama é pensar em fazer algo que pode gerar crescimento e, eventualmente…

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos