DATA SCIENCE NÃO FOI PREVISTO NO DE VOLTA PARA O FUTURO
Hoje é o dia em que todos celebramos a chegada de Marty Mcfly no nosso tempo. O dia 21 de Outubro de 2015 é um dia icônico que se tornou realidade e símbolo de um dos grandes marcos do espírito sonhador e inovador do homem.
Como qualquer um que assistiu (quem não assistiu já deve estar informado) o filme da década de 80 imaginou nosso futuro de uma maneira caricata e interessante, acertando em diversas apostas para o nosso modo de vida do futuro. Porém algumas predições infelizmente ou felizmente ainda não se tornaram realidade. Infelizmente pelo hoverboard (já existem alguns porém nada parecido com o do filme), felizmente pelos carros voadores, que semostraram ser tecnologias altamente perigosas.
Mas o mais interessante disso tudo é o que não foi previsto, e sequer imaginado pelo homem naquela época. E acredite ou não isso é muito mais importante que skates voadores e pizza desidratada que cresce com água.
Por razões culturais da época, jamais se imaginou que a informação se tornaria tão valiosa como ela é hoje, e o homem jamais imaginou há 30 anos atrás que a internet e o mundo digital fariam parte de nossas vidas de maneira tão ativa.
O advento da informação e da possibilidade de se conectar moveu pessoas, empresas e movimentos, tais quais criaram soluções maravilhosas para o cotidiano de qualquer cidadão comum. A imensa troca de dados que se desencadeou pela utilização cada vez mais intensa de soluções digitais gerou uma grande necessidade: quantificar tudo que estava acontecendo.
Isso mesmo, mas para ilustrar este cenário vou trazer quatro pontos principais que só foram possíveis após a troca e quantificação de informações de forma democrática.
Saúde – O corpo quantificado e o body hack.
Começamos aqui com a máxima: o que não pode ser medido não pode ser melhorado. E isso serve para o nosso corpo. Na ficção sempre visualizamos o homem do futuro repleto de gadgets e nunca se imaginou que poderíamos quantificar a atividade corpórea apenas com uma pulseira, ou um relógio. A leitura de informações corpóreas não só trabalha para fomentar o culto à saúde tão atual em nossa sociedade, mas como também oferece diversas soluções de prevenção como um aparelho que monitora as atividades corpóreas e consegue prever um ataque cardíaco com até 24h de antecedência, ou um leitor de nível de insulina com informações em tempo real para parentes monitorarem pessoas queridas mesmo sem estarem por perto.
Moradia – Casas Interconectadas e a crise energética
Ok, a casa de Marty era toda interconectada, porém um ponto muito crucial da nossa realidade atual (que não deixa de ser a realidade de 30 anos atrás) é a crise energética que a nossa sociedade presencia. Enquanto associações governamentais tentam evitar a proliferação de usinas nucleares, nossas cidades já enfrentam problemas com fornecimento de energia que tendenciosamente irá ficar mais cara. Como consequência cada cidadão deverá controlar seus gastos de maneira eficiente, e nada mais eficiente que uma casa interconectada monitorando níveis de energia gastos para um uso mais eficiente e barato.
Real Time Information (RTI) – Cada homem tem o poder em suas mãos
Informação e tecnologia já não são mais sinônimos de luxo, hoje só não tem quem não quer. Ao contrário do famoso Pager, muito popular nos anos 80 a 90 o celular com conexão de internet possibilita a conexão ilimitada de qualquer indivíduo com o mundo, e a democratização da mídia pela internet possibilita um cidadão comum ser ouvido por milhares ou milhões de pessoas e até ser pago por isso. Parece ser muito mais contundente do que ser rei ou rainha do baile não é McFly?
Mas não para por aí, a grande pegada do RTI é que todas essas pessoas utilizando ferramentas que trocam dados de maneira desordenada e crescente torna possível a existência de um grande laboratório que analisa o comportamento e necessidades humanas e gera a demanda de interpretar e transformar tudo isso em iniciativas para a melhoria da qualidade de vida e construção de um futuro melhor para cidadãos, empresas e governos. Criando uma camada de comunicação inconsciente antes inexistente.
Objetos quantificados e inteligência artificial
Um carro voador não temos, mas um carro que para antes de atropelar alguém e um carro que estaciona sozinho nós já temos. A quantificação dos objetos traz a possibilidades além de um Nike que se amarra sozinho, ela tem o potencial de melhorar o dia-a-dia do indivíduo e como ele interage com o meio e quando falamos de meio, falamos do físico e digital. O futuro de Marty McFly até previu videogames sem controle e tablets, porém obviamente não com a mesma experiência que temos hoje. Grandes evoluções trazidas pela inserção da tecnologia de análise de dados do dia-a-dia já trouxeram melhorias e ainda prometem trazer muito mais insights para o ser humano. Sleep managers, aplicativos que monitoram e a saúde de pessoas (e porque não de Pets) e traçam comparativos, e um fogão controlado pelo celular que não deixa seu miojo passar do ponto (esse fui eu que fiz!) são apenas alguns exemplos de como a informação pode ser positivamente aproveitada para o bem estar humano e a adaptação da sociedade a novas realidades.
É só o começo de uma grande revolução de como interagimos com o mundo e como tudo o que fazemos ainda vai estar interligado por meios e contextos diferentes que mergem em uma nova realidade, a do ser humano quantificado.
Falar em quantificação de dados pode ser algo assustador e causar confusão na mente de quem não está acostumado com essa nova tendência, e cabe a nós profissionais trazermos os resultados de todos esses estudos de uma maneira tão amigável e divertida quanto um skate voador.
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