De Erros a Oportunidades: Como Entender e Gerenciar Vieses Cognitivos no Trabalho

De Erros a Oportunidades: Como Entender e Gerenciar Vieses Cognitivos no Trabalho

O livro mais impactante que já li foi o infame "As 48 Leis do Poder", de Robert Greene, onde ele delineia 48 princípios destinados a dar ao leitor uma vantagem nas complexas dinâmicas de poder da sociedade. Cada página capturava minha atenção, mas logo percebi que, por mais que lesse com cuidado, não conseguiria memorizar todas as regras. Entendi que uma boa leitura desse livro não se resume a uma única leitura superficial, sujeita às falhas da memória, mas sim a uma prática constante de retorno e reflexão.

Recentemente, tenho refletido sobre minhas próprias fraquezas e erros. Assim como acontece ao ler o livro de Greene, cometi tantos erros e aprendi tanto que, às vezes, sinto que não aprendi nada. Nossa memória seletiva e nossa compulsão emocional frequentemente nos fazem retornar à estaca zero. Da mesma forma que aquele livro precisa ser revisitado, minha própria história deve ser revisada e relembrada, tanto pelos acertos quanto pelos equívocos.

Neste artigo, apresento uma lista dos que os psicólogos consideram as maiores fraquezas do comportamento humano, junto com alguns truques que podem ser úteis para lidar com elas. Porém, ressalto que, independentemente das epifanias ou do aprendizado que este artigo possa oferecer, a única maneira de realmente enfrentar as fraquezas humanas é refletindo constantemente sobre nossas ações, pois são tão numerosas que precisam ser revistas com frequência. O parágrafo "Como contra-atacar", é um compilado dos clichês que se encontra na internet, porém a única forma de solucionar o problema é prestando atenção nele, e admitindo para si mesmo que tem caído nessa armadilha e prisa mehorar.



1. As Armadilhas do Disperdício

Fiz a minha própria divisão, que não parte da literatura da sicologia, mas sim de minha opinião. A primeira faz com que gastemos mais, percamos mais tempo, etc:

Efeito Ikea: Esse efeito se refere à tendência de valorizar exageradamente as coisas que criamos ou contribuímos diretamente para a criação. No contexto do mercado de trabalho, isso pode se manifestar na forma de projetos ou iniciativas que lideramos. Um gestor, por ex, pode se apegar a uma estratégia ou produto que desenvolveu, mesmo que o mercado indique que não está funcionando ou que há alternativas melhores. Essa valorização excesiva pode levar a decisões teimosas que impedem a evolução da empresa.

Como contra-atacar: Avalie objetivamente o valor dos seus projetos e idéias, independentemente do tempo e esforço que você investiu neles. Isso pode ser feito solicitando feedback de colegas que não estão diretamente envolvids no projeto, utilizando dados e métricas claras para avaliar o desempenho, ou até mesmo considerando a possibilidade de terceirizar ou delegar certas tarefas. Assim, é possível evitar que o envolvimento emocional comprometa decisões racionais.


Efeito Diderot: Esse efeito descreve a tendência de fazer compras ou investimentos adicionais após uma primeira aquisição, levando a um consumo excessivo. No ambiente corporativo, isso pode ser visto em decisões de expansão ou aquisição de novos recursos. Por exemplo, após investir em uma nova tecnologia, uma empresa pode se sentir compelida a fazer gastos adicionais em treinamentos, complementos e upgrades que podem não ser necessários naquele momento.

Como contra-atacar: Antes d se comprometer com novos investimentos, pergunte-se se eles realmente agregam valor ao negócio ou se estão sendo feitos apenas por causa do investimento inicial. Estabeleça critérios claros para kd gasto adicional, considerando o retorno sobre o investimento e a real necessidade no momento. Também é util definir um orçamento rígido e aderir a ele, garantindo que cada gasto seja justificado com base em objetivos estratégicos claros.


Efeito Âncora: Esse viés ocorre qd a primeira informação recebida serve como referência para todas as decisões subsequentes. No contexto corporativo, isso pode surgir em negociações salariais, avaliações de desempenho ou decisões de contratação. Por exemplo, se um candidato menciona um salário esperado muito alto ou muito baixo, isso pode ancorar a percepção do valor do candidato, independentemente de suas qualificações reais.

Como contra-atacar: Sempre que possível, busque múltiplas fontes de informação e diferentes perspectivas antes de tomar uma decisão. Por exemplo, ao avaliar o valor de um novo funcionário, não se baseie apenas em sua expectativa salarial inicial, mas considere a média de mercado, as necessidades específicas da empresa e o potencial de crescimento do candidato. Em negociações, procure introduzir a sua própria âncora, oferecendo uma contraproposta ou redefinindo os termos de discussão.



Efeito Decoy: Ocorre quando uma opção menos atraente é inserida para tornar outra opção mais desejável. No ambiente de trabalho, isso pode ser explorado em decisões de vendas ou marketing, onde produtos ou serviços são apresentados de maneira a influenciar a escolha do cliente. Também pode ser visto em estratégias de precificação, onde uma opção intermediária faz uma opção mais cara parecer mais vantajosa.

Como contra-atacar: Ao tomar decisões, especialmente em questões de preços e ofertas, certifique-se de que todas as opções estão sendo consideradas de forma justa e objetiva. Evite ser influenciado por opções que foram inseridas apenas para manipular sua escolha. Isso pode ser feito ao analisar cada opção de forma isolada, considerando seu valor intrínseco e o impacto que terá no negócio a longo prazo.


Efeito de Dotação (Endowment Effect): Esse viés refere-se à tendência de valorizar mais os itens que possuímos do que aqueles que não possuímos. No ambiente de trabalho, isso pode se manifestar na relutância em vender ativos, como equipamentos antigos, ou em manter funcionários ou processos ineficazes apenas porque estão estabelecidos há muito tempo.

Como contra-atacar: Para mitigar esse efeito, é importante avaliar constantemente o valor real de ativos, processos e até mesmo equipes, considerando o que é melhor para a empresa como um todo, e não apenas o valor sentimental ou histórico atribuído a eles. Realize auditorias regulares e considere a opinião de consultores externos que possam oferecer uma visão mais objetiva. Além disso, ao considerar a venda de um ativo ou a mudança de um processo, avalie os benefícios potenciais dessa mudança versus o custo de manter o status quo.


2. As Armadilhas da Prisão Mental

Inabilidade de Fechar Portas: Muitas vezes, temos dificuldade em desistir de oportunidades ou projetos, mesmo qd se tornam irrelevantes ou prejudiciais. No ambiente de trabalho, isso pode levar à manutenção de projetos, clientes ou parcerias que não agregam mais valor à empresa, simplesmente por não querer admitir que uma decisão passada foi equivocada ou porque existe uma aversão natural ao encerramento.

Como contra-atacar: Para superar essa inabilidade, é crucial estabelecer metas claras e prioridades. Revise regularmente seus projetos e atividades, identificando aqueles que não estão contribuindo para o progresso da empresa ou do seu crescimento profissional. Aprender a dizer "não" e a fechar portas que não levam a lugar nenhum é fundamental para concentrar recursos e energia no que realmente importa. Ferramentas como análise de custo-benefício e revisões periódicas podem ajudar a identificar o momento certo de abandonar um projeto.


Paradoxo da Escolha: No mundo corporativo, ter muitas opções pode ser paralisante, levando à ansiedade, insatisfação e indecisão. Isso é especialmente evidente quando se trata de tomar decisões importantes, como escolher entre diferentes estratégias, fornecedores, ou até mesmo na contratação de novos talentos.

Como contra-atacar: Para mitigar esse paradoxo, limite o número de opções disponíveis a um número gerenciável e foque em decisões que sejam "suficientemente boas" em vez de perfeitas. Use critérios objetivos para filtrar opções iniciais, pesquise sobreI (retorno sobre investimento), alinhamento estratégico e impacto a longo prazo. Uma vez tomada a decisão, comprometa-se com ela e evite revisitar constantemente as opções rejeitadas, o que só aumenta a insatisfação e a dúvida.


Falácia do Planejamento: Esta falácia ocorre quando subestimamos consistentemente o tempo, os custos e os riscos de um projeto ou tarefa. No ambiente corporativo, isso pode levar a prazos não cumpridos, estouro de orçamentos e projetos que falham em entregar o esperado.

Como contra-atacar: Para superar a falácia do planejamento, é essencial incorporar margens de erro realistas nos cronogramas e orçamentos. Utilize dados históricos para prever prazos e custos de forma mais precisa e seja realista sobre os desafios que podem surgir. Considerar cenários pessimistas, além dos otimistas, pode ajudar a criar planos mais robustos. Ferramentas de gestão de projetos e técnicas de estimativa, como PERT (Program Evaluation and Review Technique), podem ser úteis para essa tarefa.


Efeito Zeigarnik: Este efeito descreve nossa tendência de lembrar melhor das tarefas inacabadas do que das concluídas. No contexto do trabalho, isso pode resultar em uma carga mental desnecessária e na procrastinação de outras tarefas importantes.

Como contra-atacar: A melhor maneira de combater o efeito Zeigarnik é concluir as tarefas o mais rápido possível, dividindo grandes projetos em pequenas etapas concluíveis. Priorize a finalização de tarefas para liberar a mente e permitir que vc se concentre em outras atividades. Técnicas de gestão de tempo, como a metodologia Pomodoro, podem ajudar a focar em completar uma tarefa antes de iniciar outra.


Efeito Bystander (Efeito Espectador): Este efeito ocorre quando, em uma situação onde a intervenção é necessária, a presença de outras pessoas faz com que cada indivíduo se sinta menos responsável por agir. No ambiente de trabalho, isso pode se manifestar em reuniões ou em situações de crise, onde ninguém assume a liderança porque todos assumem que outra pessoa o fará.

Como contra-atacar: Para combater o efeito espectador, assuma a responsabilidade pessoal em situações críticas, especialmente quando perceber que os outros estão hesitando. Desenvolva uma cultura de responsabilidade compartilhada na equipe, onde todos saibam que são responsáveis por agir quando necessário. Também pode ser útil designar claramente papéis e responsabilidades em situações de grupo, para que todos saibam quem deve tomar a dianteira.


Viés de Ação (Action Bias): Este viés refere-se à tendência de agir precipitadamente, especialmente sob pressão ou estresse, muitas vezes sem considerar todas as opções ou consequências. No trabalho, isso pode resultar em decisões impulsivas que levam a erros e retrabalho.

Como contra-atacar: A chave para superar o viés de ação é praticar a paciência e adotar uma abordagem mais reflexiva na tomada de decisões. Antes de agir, reserve um tempo para avaliar todas as opções disponíveis e as possíveis consequências. Encontrei na interneto método de decisão DECIDE (Definir o problema, Estabelecer critérios, Considerar alternativas, Identificar a melhor opção, Desenvolver um plano de ação, e Avaliar a decisão) podem ajudar a estruturar o processo decisório e reduzr a impulsividade.


3. As Armadilhas da Percepção e do Julgamento

Efeito Ostrich (Efeito Avestruz): Esse viés leva as pessoas a evitarem informações negativas ou ameaçadoras, assim como o avestruz que, na metáfora popular, esconde a cabeça na areia para evitar o perigo. No ambiente de trabalho, isso pode se manifestar na recusa em lidar com problemas evidentes, como desempenho ruim de um projeto ou dificuldades financeiras, na esperança de que desapareçam sozinhos.

Como contra-atacar: A melhor maneira de combater o efeito avestruz é enfrentar os problemas de frente. Divida grandes desafios em etapas menores e mais gerenciáveis, tornando-os menos intimidadores. Isso não só ajuda a superar o medo, mas também facilita a identificação de soluções práticas. Além disso, criar uma cultura de feedback aberto e constante pode incentivar uma abordagem proativa, onde os problemas são abordados antes que se tornem crises.


Efeito Contraste: Nossa percepção de um estímulo pode ser distorcida pela comparação com outros estímulos recentes. Por exemplp, um candidato a emprego pode parecer exepcionalmente qualificado se os candidatos anteriores forem medianos ou abaixo da média, ou um orçamento pode parecer aceitável se comparado com outros muito mais altos.

Como contra-atacar: Para evitar esse viés, é importante avaliar cada situação de forma independente. Estabeleça critérios objetivos para a tomada de decisão e aplique-os consistentemente a todas as opções, independentemente de como elas se comparam entre si. Ao realizr avaliações de desempenho ou ao revisar projetos, use métricas padronizadas que permitam uma comparação justa e objetiva.


Viés de Confirmação: Este viés leva as pessoas a procurar, interpretar e lembrar apenas as informações que confirmam suas crenças preexistentes, ignorando evidências que as contradizem. No ambiente corporativo, isso pode resultar em decisões tendenciosas, como continuar investindo em um projeto fracassado porque as poucas informações positivas são destacadas, enquanto as negativas são ignoradas.

Como contra-atacar: Para combater o viés de confirmação, procure ativamente informações que desafiem suas perspectivas e convicções. Encoraje uma cultura de questionamento saudável, onde diferentes pontos de vista são discutidos e considerados. Em decisões estratégicas, pode ser útil designar alguém para atuar como "advogado do diabo", levantando pontos críticos e questionando suposições.


Efeito Framing: A maneira comp uma informação é apresentada pode influenciar significativamente a decisão tomada. Por exemplo, um projeto pode parecer mais atraente se for descrito como tendo uma "chance de 80% de sucesso" em vez de uma "chance de 20% de falhar", mesmo que as duas afirmações sejam equivalentes.

Como contra-atacar: Para evitar o efeito framing, é fundamental reenquadrar a situação de várias maneiras antes de tomar uma decisão. Tente ver a informação de diferentes ângulos e reformule as questões para uma perspectiva neutra e objetiva. Por exemplo, ao avaliar riscos, considere tanto os cenários positivos quanto os negativos e como eles são apresentados.


Efeito Ambiguidade: Esse viés se manifesta como uma aversão a tomar decisões em situações onde as probabilidades ou os resultados são desconhecidos ou incertos. No ambiente de trabalho, isso pode levar à procrastinação ou à decisão de não agir quando a clareza é limitada.

Como contra-atacar: A melhor maneira de superar o efeito ambiguidade é buscar mais informações para esclarecer a situação antes de tomar uma decisão. Isso pode incluir pesquisa adicional, consulta a especialistas ou análise de dados históricos. Além disso, reconhecer que a incerteza faz parte de muitas decisões empresariais pode ajudar a desenvolver uma maior tolerância à ambiguidade, incentivando a ação informada mesmo quando nem todos os fatores são conhecidos.


Viés de Retrospectiva (Hindsight Bias): Após um evento, tendemos a acreditar que ele era mais previsível do que realmente era. No ambiente corporativo, isso pode levar a julgamentos injustos de decisões passadas ou a uma falsa sensação de confiança na previsão de futuros eventos.

Como contra-atacar: Para mitigar o viés de retrospectiva, reconheça a imprevisibilidade dos eventos e evite julgamentos retroativos baseados no resultado. Quando estiver analisando decisões passadas, foque nas informações e nas condições que estavam disponíveis na época. Ferramentas como análises pós-projeto podem ajudar a identificar o que realmente foi previsível e o que não era, promovendo um aprendizado mais justo e baseado em fatos.



Falácia dos Custos Afundados: Este viés leva à persistência em um investimento, projeto ou decisão simplesmente porque já foi investido muito tempo, dinheiro ou esforço, mesmo que não seja mais vantajoso. No mercado de trabalho, isso pode resultar na alocação contínua de recursos em projetos falidos ou ineficazes.

Como contra-atacar: Para combater a falácia dos custos afundados, baseie suas decisões futuras nos benefícios futuros esperados, e não nos investimentos passados. Realize avaliações periódicas dos projetos em andamento e esteja disposto a cortar perdas quando necessário. Implementar uma política de "corte das perdas" pode ajudar a manter o foco nos resultados e no valor agregado, em vez de nas despesas já incorridas.


Heurística da Disponibilidade: Esta heurística faz com que as pessoas baseiem suas decisões nas informações que estão mais facilmente disponíveis, em vez das mais relevantes. Isso pode levar a uma tomada de decisão baseada em anedotas, em vez de dados concretos e abrangentes.

Como contra-atacar: Para superar essa heurística, faça um esforço consciente para buscar informações mais amplas e abrangentes antes de tomar uma decisão. Isso pode incluir a realização de pesquisas detalhadas, a consulta de especialistas ou a análise de uma variedade de fontes de dados. Ao preparar relatórios ou tomar decisões estratégicas, garanta que as informações mais relevantes sejam destacadas, e não apenas as mais facilmente acessíveis.


Falácia do Jogador (Gambler's Fallacy): Este viés se manifesta na crença de que eventos passados influenciam eventos futuros em um sistema de chance. Por exemplo, acreditar que uma sequência de sucessos significa que um fracasso está "atrasado" para acontecer. No contexto de negócios, isso pode levar a decisões arriscadas baseadas em padrões inexistentes.

Como contra-atacar: Para evitar a falácia do jogador, é importante compreender que, em sistemas de chance, cada evento é independente e que probabilidades não são influenciadas por eventos passados. Em decisões empresariais, baseie suas estratégias em análises estatísticas sólidas e evite fazer suposições sobre padrões sem embasamento lógico ou matemático.


Ilusão das Médias: Este viés ocorre quando as pessoas se concentram em médias, sem considerar a variação ou a distribuição dos dados. Isso pode levar a uma compreensão errônea de situações complexas, como o desempenho de uma equipe ou a viabilidade de um projeto.

Como contra-atacar: Seja crítico ao ouvir sobre médias, tome uma estimativa mais justa e geral para se ter o padrão


4. As Armadilhas Sociais

Conhecimento de Chauffeur: Este viés ocorre quando se supõe saber algo porque se pode falar sobre isso de forma articulada, sem realmente entender profundamente o assunto. No mercado de trabalho, isso pode se manifestar em situações onde profissionais repetem jargões ou conceitos técnicos sem realmente compreender suas implicações.

Como contra-atacar: Para evitar esse viés, é crucial adquirir conhecimento profundo, além de apenas memorizar informações superficiais. Invista tempo em estudos aprofundados e práticos, e não hesite em pedir esclarecimentos quando não entender algo completamente. No ambiente corporativo, valorize a aprendizagem contínua e a prática da humildade intelectual, reconhecendo que sempre há mais a aprender.


Maldição da Especificidade: Profissionais altamente especializados podem ter dificuldade em comunicar suas ideias a pessoas de fora de sua área de expertise. Isso pode criar barreiras de comunicação, onde informações complexas são mal compreendidas ou mal transmitidas.

Como contra-atacar: Para superar a maldição da especificidade, é importante simplificar a comunicação e se colocar no lugar do outro. Use analogias, exemplos simples e linguagem clara que possam ser compreendidos por pessoas com diferentes níveis de conhecimento. A prática de adaptar a mensagem ao público-alvo ajuda a garantir que a informação seja acessível e bem entendida.


Efeito Spotlight: A tendência de acreditar que estamos sendo observados e julgados mais do que realmente estamos. No ambiente de trabalho, isso pode levar ao excesso de autocrítica, medo de arriscar e ansiedade desnecessária.

Como contra-atacar: Lembre-se de que as pessoas estão mais focadas em si mesmas do que em nós. Pratique a autoaceitação e entenda que erros e imperfeições são parte do processo de aprendizagem. Concentre-se em suas próprias metas e no progresso pessoal, em vez de se preocupar excessivamente com o julgamento dos outros.


Efeito Halo: Quando uma impressão geral sobre uma pessoa ou objeto influencia como percebemos suas qualidades específicas. Isso pode levar a avaliações distorcidas, onde um profissional é subestimado ou superestimado com base em um único atributo, como sua aparência ou carisma.

Como contra-atacar: Para evitar o efeito halo, separe as características individuais de uma pessoa ou objeto, analisando-as objetivamente. Em avaliações de desempenho, por exemplo, use critérios específicos e mensuráveis para cada competência, evitando que um único aspecto positivo ou negativo distorça sua percepção geral.


Reciprocidade: Sentimos a necessidade de retribuir favores, mesmo que pequenos. No ambiente de trabalho, isso pode levar a decisões influenciadas por obrigações sociais, em vez de avaliações racionais, como aprovar um contrato por "dever moral" após receber um presente.

Como contra-atacar: Reconheça quando a reciprocidade está influenciando suas decisões de forma irracional. Mantenha um foco claro em critérios objetivos ao tomar decisões, e não se sinta pressionado a retribuir favores que possam comprometer a integridade ou a eficiência no trabalho.


Self-Serving Bias: A tendência de atribuir nossos sucessos a fatores internos, como talento ou esforço, e nossos fracassos a fatores externos, como azar ou circunstâncias. Isso pode levar a uma visão distorcida de si mesmo e dos outros, dificultando o crescimento pessoal e profissional.

Como contra-atacar: Adote uma abordagem equilibrada e objetiva para avaliar sucessos e fracassos. Ao refletir sobre realizações ou erros, considere tanto os fatores internos quanto externos. No ambiente de trabalho, isso pode ser facilitado por uma cultura de feedback honesto e construtivo, onde o reconhecimento e a responsabilidade são compartilhados de forma justa.


Viés de Negatividade: As coisas negativas têm um impacto emocional maior sobre nós do que as positivas. No trabalho, isso pode resultar em uma visão pessimista ou em uma reação desproporcional a críticas, prejudicando o moral e a motivação.

Como contra-atacar: Pratique a gratidão e foque nos aspectos positivos. Desenvolva o hábito de reconhecer e celebrar pequenas vitórias e avanços. No gerenciamento de equipes, encoraje um equilíbrio entre feedback positivo e construtivo, para que as críticas sejam vistas como oportunidades de melhoria e não como ataques pessoais.


Efeito Pigmaleão: Altas expectativas podem melhorar o desempenho, mas expectativas irreais ou excessivas podem ter o efeito oposto. No ambiente corporativo, isso pode se manifestar em metas inalcançáveis que levam à frustração e ao burnout.

Como contra-atacar: Defina expectativas realistas e encoraje o desenvolvimento contínuo. No gerenciamento de equipes, estabeleça metas desafiadoras, mas alcançáveis, e forneça o apoio necessário para que os profissionais possam crescer e se desenvolver em direção a essas metas.


Princípio da Consistência: As pessoas tendem a agir de forma consistente com suas ações e crenças anteriores, mesmo quando confrontadas com novas informações. No trabalho, isso pode se manifestar na resistência a mudanças necessárias ou na insistência em estratégias obsoletas.

Como contra-atacar: Esteja aberto a mudanças quando necessário, mesmo que isso signifique revisar crenças ou decisões passadas. Promova um ambiente onde a flexibilidade e a adaptação são valorizadas, e onde a evolução contínua é vista como um sinal de força, não de inconsistência.


Efeito Bandwagon (Efeito de Manada): Aderência a uma crença ou comportamento porque muitos outros o fazem. Isso pode levar a decisões baseadas em popularidade, e não em mérito, como seguir tendências de mercado sem uma análise crítica.

Como contra-atacar: Avalie decisões de forma independente, sem se deixar levar pela maioria. No ambiente de trabalho, incentive a originalidade e a análise crítica. Ao tomar decisões estratégicas, considere tanto as tendências quanto as evidências objetivas, garantindo que as escolhas sejam baseadas em valor real e não apenas em popularidade.


Efeito Dunning-Kruger: Pessoas menos competentes tendem a superestimar suas habilidades, enquanto as mais competentes podem subestimar as suas. No trabalho, isso pode resultar em excesso de confiança por parte de profissionais menos experientes e insegurança por parte dos mais experientes.

Como contra-atacar: Busque feedback contínuo e mantenha a humildade em relação ao que se sabe. No desenvolvimento de carreira, valorize a aprendizagem constante e o autoconhecimento. Incentive uma cultura de mentoria, onde todos, independentemente do nível de experiência, possam aprender e crescer.


Aversão à Perda: A dor de perder é psicologicamente mais poderosa do que o prazer de ganhar. No ambiente de trabalho, isso pode levar à aversão ao risco, à manutenção de projetos falhos ou à hesitação em inovar.

Como contra-atacar: Foque no potencial de ganho e não no medo de perder. Ao avaliar decisões de risco, considere tanto as oportunidades quanto os riscos. Crie um ambiente onde a experimentação e a inovação sejam encorajadas, e onde as falhas sejam vistas como oportunidades de aprendizado.


Viés de Reatância (Reactance Bias): A aversão a perder liberdade ou opções pode levar à resistência ou rebeldia, especialmente quando alguém sente que sua autonomia está sendo ameaçada. No trabalho, isso pode se manifestar em resistência a novas políticas ou mudanças impostas de cima para baixo.

Como contra-atacar: Ofereça escolhas em vez de impor decisões. No gerenciamento de mudanças, envolva as pessoas no processo de tomada de decisão e explique o "porquê" por trás das mudanças, para que elas se sintam parte do processo e não vítimas dele.


Viés de Sobrevivência (Survivorship Bias): Focar nos sucessos sem considerar os fracassos que também ocorreram pode levar a uma visão distorcida do que realmente funciona. No ambiente corporativo, isso pode resultar em decisões baseadas em exemplos de sucesso que não refletem a realidade completa.

Como contra-atacar: Analise todos os dados, incluindo os que não tiveram sucesso. Ao avaliar estratégias, projetos ou carreiras, considere tanto os casos de sucesso quanto os de fracasso. Isso permite uma compreensão mais equilibrada do que realmente funciona e do que deve ser evitado.


Princípio da União: Pessoas tendem a colaborar e ser mais produtivas quando se sentem parte de um grupo. No trabalho, isso pode ser observado em equipes bem integradas que demonstram maior engajamento e produtividade.

Como contra-atacar: Fomentar um ambiente colaborativo e inclusivo é essencial. Incentive o trabalho em equipe, reconheça as contribuições individuais e de grupo, e promova um senso de propósito comum. Eventos de team-building e projetos colaborativos podem fortalecer os laços entre os membros da equipe.


Maldição do Conhecimento: Qd vc sabe muito sobre um assunto, pode ser difícil comunicar-se de forma clara com quem não possui o mesmo nível de conhecimento. No ambiente de trabalho, isso pode resultar em mal-entendidos ou na exclusão de membros da equipe que não compreendem jargões técnicos.

Como contra-atacar: Adapte a comunicação ao nível de conhecimento do interlocutor. Use uma linguagem clara e evite jargões quando for desnecessário. Pergunte se as informações foram compreendidas e esteja disposto a esclarecer dúvidas. No trabalho, pratique a empatia e a clareza ao compartilhar informações técnicas ou complexas.



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