De quem é a culpa!?

Buscar responsáveis não cria resiliência no sistema.

Ainda é muito comum ver empresas orientadas a buscar culpados para problemas inesperados e até para aqueles previsíveis mas ignorados por força de algumas circunstâncias.

A minha reflexão é sobre o quanto este comportamento corporativo é nocivo para o desenvolvimento profissional de pessoas criativas, capazes de elevar os níveis de resultados das empresas para patamares invejáveis quando contrastado com empresas comparáveis. 

Ninguém sai de casa ou liga o notebook querendo cometer um incidente e considerando que as pessoas são boas, como podemos incentivar em um grande grupo de profissionais, o exercício do trabalho colaborativo e produtivo, onde o erro (que fatalmente acontecerá) é visto como uma real oportunidade de se desenvolver e aumentar a resiliência do ambiente, mais que a busca do causador daquele problema. 

É lógico que precisamos delimitar fronteiras para este pensamento, porque incapazes com iniciativa podem ser um grande risco para a empresa e não poderiam estar listados neste ciclo de aprendizagem. O que estou me referindo são profissionais que respeitam os modelos de governança estabelecidos, cuidam dos passos necessários a fim de mitigar incidentes e ainda sim segue trazendo sua contribuição para a evolução da empresa, mas, em um momento fatídico, mesmo seguindo todos os ritos de governança, cometem algum erro e geram um incidente. 

Esta reflexão é exatamente para estes casos, de qual forma que os líderes deveriam reagir? Compor times de alta performance passa obrigatoriamente por esta reflexão, porque profissionais sérios, comprometidos e colaborativos já se auto-orientam o suficiente e não precisam de lições didáticas de quem não está com a mão no código.

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