Deadpool & Wolverine tem profundidade. Eu vi.
Quem me acompanha sabe que nas minhas páginas não há uma regra ou “planejamento editorial”. Raramente posto conteúdo “com filtro”, estrategicamente pensado ou alinhado a algum cronograma. Este é meu espaço para compartilhar minha visão crítica sobre minha área de atuação; fatos e acontecimentos que me alegram ou afligem na vida; sobre maternidade e, entre outras pautas, entretenimento.
Nesse contexto, quem está comigo há algum tempo também sabe que, por causa do meu marido e filho, eu me tornei, há muito, uma fã “oficial” da Marvel. Hoje, gostaria de compartilhar como dica o filme que acredito ser o queridinho do momento: Deadpool & Wolverine. Primeiramente, confesso que Deadpool nunca me “conquistava”. Achava pesado, vulgar e, na maior parte das vezes, que representava uma “brincadeira” de total mau gosto. Contudo, eu gosto do Ryan Reynolds – aliás, por curiosidade, ele tem uma veia empreendedora significativa. Ele ajudou a impulsionar a operadora de celular Mint Mobile e a marca de gin Aviation. Mas, voltando ao assunto central, o ponto – e o que me levou ao cinema – é que eu gosto (e muito) do Hugh Jackman – nem sempre por causa do Logan, é verdade, preciso dizer. Eu tinha pôsteres dele e adorava seus personagens românticos!
Sobre "Deadpool & Wolverine", o que achei legal é que – em meio ao humor, à nostalgia (quem é fã sabe e compreende os pontos afetos à era da Marvel na 20th Century Fox), e até por entre o escopo sangrento – encontramos uma jornada de autodescobrimento. E, para mim, que não simpatizava com Deadpool, mudei minha percepção por causa disso. Parece que uma maturidade vai tomá-lo e que a era das piadas como cerne vai dar espaço para causas importantes (eu tive essa sensação).
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Também é preciso destacar que Reynolds tem uma atuação hilária e fantástica, mas Jackman, gente, é icônico! Só posso dizer uma coisa: Que volta, meu Deus! O vigor, a atuação e, para mim, a mensagem nas entrelinhas de que talento não tem idade, além do clássico uniforme amarelo dos quadrinhos (e, meu marido que não me entenda mal, o “tanquinho” dele... gente!) e, sobretudo, a mensagem de que você sempre é o cara errado até que deixa de ser, podendo seguir o caminho correto, foi fenomenal.
O filme “está no hype”, mas, ainda assim, vi algumas pessoas dizendo que a narrativa às vezes parece fraca e desinteressada em desenvolver uma história mais profunda. Eu discordo. Vi profundidade justamente quando se correlaciona com autoconhecimento, oportunidade de recomeço, luta por missão e não por ego, e o valor da amizade. Acho que o filme ensina, de alguma forma, que o interior de nossas mentes é complexo – e, justamente, profundo, que as pessoas ao nosso redor sequer imaginam as dores e angústias que guardamos verdadeira e silenciosamente, e que explorar isso pode ser devastador, mas também transformador.
Para mim, ficou a lição de que temos essa escolha. Podemos não explorar por medo – e até conformismo. Mas podemos fazê-lo – ainda que sem garantias – e encontrar a paz e a felicidade (em coisas grandiosas, mas, principalmente, nas mais simples como uma refeição com os amigos).