Definindo prioridades com a clareza do que é inegociável
Hoje em dia, tudo é para ontem. Mas e se eu não quiser viver assim? Como priorizar? É sobre isso que quero conversar com você:
Minha vida sempre foi 99,9% focada em trabalho e estudo. A maternidade e a pandemia parecem ter me abduzido e levado para outra dimensão. Custei a reencontrar meu eixo mas, de uns tempos para cá, quem me acompanha deve ter notado uma certa inquietude. Aliás, esta é a primeira palavra na descrição da minha bio no Instagram. Ando inquieta, mas no bom sentido: da criação, da reinvenção e da produtividade.
Para dar vazão a tudo isso, aderi ao hábito da escrita e decidi passar a compartilhar reflexões aqui no meu perfil do LinkedIn. E, quem sabe assim, unir minha inquietude à sua?
Essa semana, tenho pensado muito sobre prioridades. Nunca escondi quais são as minhas: família, trabalho, saúde. Porém, muitas vezes, me pego desviando da rota, atropelando cada uma delas, em nome da outra ou, pior, dos outros. Isto gera angústia, frustração e me impede de alcançar meus propósitos.
Mudança não é exclusividade dos tempos atuais. Muito pelo contrário - tudo está em constante transformação. Nossos antepassados eram selvagens que viviam em florestas e caçavam o próprio almoço. Nós viajamos para o espaço. Se tudo muda, é natural que nossas prioridades também mudem ao longo da vida.
Minha filha tem como prioridade descobrir o mundo e brincar o máximo possível durante o dia. Todos os dias. Em alguns anos, certamente irá passar boa parte dos seus dias sonhando com o futuro. E até isso vai tirar sua paz: quem de vocês, na adolescência, não pensou em ser médica, cantora, Miss Universo, astronauta e atleta de alta performance, tudo isso ao mesmo tempo?
Nós, adultos, precisa negociar e priorizar o tempo todo: passo a manhã com a minha filha e a deixo me pintar de tinta guache ou foco naquele prazo que está se esgotando no escritório? Me dedico ao prazo mais exíguo ou no mais complexo? Durmo cedo, como prefiro, ou leio aquele texto para formatar uma ideia que preciso desenvolver para a próxima semana? Vou jogar conversa fora com minhas amigas, ou visito minha avó que, talvez, não esteja mais conosco no próximo Natal?
Tudo parece importante. Mas nem tudo é O MAIS IMPORTANTE NAQUELE MOMENTO. Quando você consegue criar uma matrix, onde as prioridades, de acordo com a urgência e a importância, são extremamente bem definidas, todo o resto se encaixa. E não precisa ser uma lista virginiana, com seis cores, flechas e luz neon!
Quer saber como eu faço:
- listo tudo que precisa ser feito
- identifico o que é, de fato, importante (de acordo com os meus principais objetivos de vida)
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- defino urgência real (e, às vezes, a minha filha querer me pintar de guache é urgente)
- estudo prazos possíveis e me permito ser flexível
- delego o que não é absurdamente meu
- reviso esse plano constantemente
Além disso, às duras penas entendi que se não tivermos clareza das nossas prioridades e firmeza quanto ao que é inegociável, é imenso o risco de sermos tragados pelas prioridades alheias.
E foi assim que cheguei até este artigo. Exautos e confusos, não conseguimos entregar nosso melhor ao mundo e, por isso, ando investindo e priorizando minha saúde mental. Escrever sobre o que me atropela, o que me agonia, e até sobre o que me alegra faz com que eu bote para fora emoções e sentimentos até então represados. Neste botar para fora, eu me centro. E é assim que a Eliza entra em harmonia.
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Lawyer / Senior Compliance Officer
2 aAdorei a reflexão! Já esperando o próximo post! 👏🏻👏🏻👏🏻