depressão...

“Um dos ‘alimentos’ preferidos da depressão são os pensamentos automáticos negativos, ruminados vezes sem conta, cada vez com mais angústia, e o seu supermercado preferido é o passado negativo, é lá que a pessoa deprimida escolhe aquelas situações ou experiências mal sucedidas que a fizeram e continuam a fazer sofrer. Para além disso o passado negativo continua a sujar o presente mesmo que ele seja colorido, perfumado e transparente, tornar-se-á cinzento, nauseabundo e opaco, sem saída. Vive-se os dias nesta rampa descendente, onde de dia para dia se perde a autoestima, o prazer, a vontade de viver, parecendo uma vida perdida… sem esperança, sem utilidade e sem futuro.

  Para além de tudo isto, os familiares podem ser uma grande ajuda ou não! Se querem ajudar o vosso familiar a tratar a depressão, levem-no a fazer uma consulta de avaliação com um especialista em saúde mental, psiquiatra ou psicólogo clínico! Depois, para além do tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico, a família pode ajudar estando presente, mas sem dar conselhos, sem fazer comparações, sem fazer julgamentos, sem falar do passado, sem pressionar, sem estigmatizar, sem desvalorizar o sofrimento, sem culpabilizar, apenas estar com a pessoa com afecto positivo, motivador e esperançoso, envolvendo-a gradualmente em pequenas tarefas ou actividades, elogiando ou reforçando positivamente os microavanços ou as pequenas evoluções, optando sempre pela escuta empática e uma relação afectuosa de confiança mútua!”

Paulo dos Santos