Desafios em LegalOPS: Consultar ou Terceirizar?
O número inteiro de 100% de militância da advocacia nacional possui 2 recortes interessantes de se observar: 27% são escritórios de advocacia e apenas 4% departamentos jurídicos. Os dados trazidos pelo Datafolha em 2021 revelam uma porcentagem não esperada, mas real, com desafios e problemas diários que merecem ser tratados.
Um destes desafios é gerir. Além da parte intelectual que consome boa parte do tempo dos advogados em todas as realidades (a autônoma não é exceção), é mais do que necessária a gerência de prazos, satisfação de preparos, login em sistemas para protocolo e consultas, além de outras dezenas de atividades burocráticas.
Supondo que a maioria exerça a profissão durante oito horas de expediente, comuns na rotina brasileira, a divisão entre a parte intelectual e burocrática é uma pedra colossal no sapato social dos agentes de execução da lei. Para a resolução desta problemática, nasce o que hoje se entende por Legal Operations. Agentes capazes de focar 100% do seu tempo na parte burocrática a fim de aumentar a produtividade meramente intelectual dos colegas.
Desta forma, sobre o tema de controladoria jurídica e legal operations, temos materiais boníssimos que tratam de implantação, cultura, vivência diária e melhores formas de gestão dos setores, cada vez mais comuns em escritórios e departamentos jurídicos. Porém, outros desafios vão nascendo com o passar do tempo e amadurecimento da gestão: como ser ainda mais eficiente e menos burocrático quando se trata de gerência não intelectual?
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Duas soluções parecem ser bem claras, mas não simples. A primeira: consultar. Empresas especializadas somente em consultoria e gestão já estão aptas no mercado, há anos, quando o tema é prestar assessoria em implantação, workflow, amadurecimento e gestão de controladoria jurídica. Assim, consultar a melhor maneira de ser ainda mais eficiente tem se tornado uma das opções preferidas de quem não abre mão de obter a sua controladoria interna.
Porém, o outro lado da moeda também tem se mostrado interessante ao mercado: terceirizar. Por que não enxugar folha salarial (de controller jurídico, sistemas de gestão, espaço de trabalho...), diminuir a preocupação quando o assunto é adaptação e molde à cultura da empresa e reduzir todos os seus gastos a um único de pagamento ao terceirizado? A terceirização tem se tornado uma opção real e paupável ao mercado, que visa cada vez mais lucros e busca a cada dia mais por segurança.
Assim, as duas saídas se mostram eficazmente possíveis e podem ser escolhidas a partir da pretensão do gestor quanto ao seu modelo de negócio jurídico, que pode se resumir em internalizar e melhorar, não importe o quanto custe, ou, externalizar e delegar, visando diminuir os custos e manter o trabalho intelectual dos outros advogados longe da burocracia ordinária.
Ademais, o tema, apesar de novo, já é explorado por Legal Techs espalhadas pelo Brasil e já se encontra na cartela de produtos ofertados por uma grande parcela destas. Em consultoria ou terceirização, as opções no mercado parecem cada vez melhores, com tecnologia, automação e estruturação de dados capazes de elevar o nível do jurídico nacional a outros patamares.
Co-fundadora na Onix Brasil Consultoria | LegalOps | Estratégia Corporativa | Mentoria | Palestrante
1 aOi Gabriel, muito prazer! Estava procurando um assunto relacionado e acabei encontrando o seu artigo, do qual me afino muito com os pensamentos. Parabéns pela iniciativa em escrevê-lo!
Gestão Financeira / Controladoria
2 aBoa noite Gabriel, eficácia e lucratividade teem que andar sempre juntos. Parabéns pelo tema.
Legal Operations | Eficiência Jurídica | BackOffice Jurídico
2 aConteúdo de qualidade, meu amigo!