Descaso público
Faz um certo tempo que não uso minhas redes sociais para falar de política. Mas não tem como não comentar um pouco sobre políticas públicas – ou a ausência delas, por parte do poder público. Na última segunda São Paulo sofreu uma das maiores enchentes das últimas e duas coisas já se tornaram fatos: São Paulo cresceu desordenadamente às margens de diversos rios e os efeitos do aquecimento global já são uma realidade.
Dois pontos chamaram a atenção: nem o prefeito Bruno Covas nem o Governador João Dória se pronunciaram logo nas primeiras horas. A primeira entrevista do Bruno Covas foi lá pelas 10h da manhã, do conforto por telefone, do conforto de algum escritório. Seu dever como governante era de estar na rua, junto com a Defesa Civil e seus principais secretários tomando providências para minimizar os problemas dos paulistanos e principalmente, das pessoas em áreas de risco.
O João Dória, mesmo fora do país, através da sua assessoria de impressa, nas mídias sociais, enviava logo cedo sua agenda de reuniões e nenhum comentário sobre os transtornos causados pelas chuvas no Estado.
O Prefeito Bruno Covas está com câncer e sabemos que não é uma batalha fácil, mas se ele não consegue nesse momento estar nas ruas as 4:30 da manhã, quando a cidade começa a travar, com as equipes todas nas ruas. Agora, usar o câncer como uma estratégia de marketing para reeleição, pois não tem as competências devidas para ser prefeito (pessoalmente, acho baixo demais), ele poderia ter vindo a público e ter dito: “Nos últimos anos, nos planejamos e preparamos a cidade para enfrentar fortes chuvas, graças aos investimentos, os transtornos causados foram menores do que o esperados.”. Mas como os investimentos realizados de fato, foram menores do que o planejamento. A mesma questão de investimentos com o João Dória.
Agora, em pleno ano de eleições, onde estão os vereadores de São Paulo e os Deputados? Afinal, são deles duas funções principais:
1 - Legislar: criar leis para melhorar (prestem atenção, melhorar a vida dos cidadãos e não ficar mudando nome de ruas e de pontes!)
2 – Fiscalizar o Executivo: São as prefeituras e os Governos dos Estados. Ou seja, verificar se os prefeitos e governadores estão cumprindo com suas funções administrativas.
Na Câmara de Vereadores de São Paulo, não vi nenhuma chamada de debate sobre tornar a cidade de São Paulo uma cidade mais Sustentável e mais permeável. Muito pelo contrário, velhos debates, presos ao Século XIX, à velhos sindicatos, se acham superiores à cima da população que pagam suas regalias e vivem em um mundo de fantasia à parte da realidade da população.
Não acompanham as novas necessidades de legislação de trabalho. Não acompanham e não tem ideia das novas tecnologias e seus usos. Nos fazendo ficar num limbo entre o futuro tecnológico de 2020 e a falta de urbanização e infraestrutura de 1880.
Por favor, nas próximas eleições só votem em ficha limpa e não reelejam ninguém. Vamos melhorar o Brasil!
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