Desconforto Social: A inflação.

A alta dos preços é um dos desconfortos sociais, porque atinge a população mais necessitada. Em novembro, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 0,39% e, embora tenha ficado 0,17 ponto percentual abaixo da inflação de outubro (0,56%), continua a incomodar a população. De janeiro a novembro deste ano, a inflação já acumula alta de 4,29% e, em doze meses, está em 4,87%, segundo publicação de hoje do IBGE. 

Dos produtos e serviços pesquisados e agrupados em nove grupos, três deles apresentaram fortes elevações de preços: a) Alimentação e Bebidas, com 1,55%; b) Despesas Pessoais, com 1,43%; e, c) Transportes, com 0,89%.

O primeiro, alimentação e bebidas, teve no subgrupo “alimentação no domicílio” a maior alta, de 1,81%, em novembro, ante 1,22%, do mês anterior, com destaques para o óleo de soja (11,00%) e carnes (8,02%).

O segundo, despesas pessoais, teve como influência o reajuste do cigarro em 14,91%, devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre esse item. Os pacotes turísticos (4,12%) e as hospedagens (2,20%) também sofreram reajustes em novembro.

No terceiro, transportes, as passagens aéreas sofreram elevados reajustes (22,65%), com a aproximação das festas de final de ano.

Ao nível das regiões metropolitanas, São Luís (5,76%), Belo Horizonte (5,70%) e Goiânia (4,72%) registraram as maiores altas de preços nos onze meses de 2024.

Com esses resultados, na reunião do Copom do Banco Central de 12 de dezembro próximo teremos aumento da taxa básica de juros Selic, de 11,25% para 12% ou 12,25%, segundo previsões de mercado. Com isto, o custo do capital ficará muito mais oneroso, adiando decisões de investimentos produtivos, financiamentos e crediários em geral, sinalizando freio no crescimento da economia brasileira. Tempos difíceis nos aguardam em 2025.  

 

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