Descontrole financeiro
Somos estimulados a consumir a todo o momento. Existem pessoas que consideram importante comprar, não importa o quê, compram qualquer coisa, inclusive mercadorias de valor acima de suas possibilidades. No momento da compra, a pessoa sente-se muito bem e depois passa a sentir-se culpada e acaba por fazer novas compras para "aliviar a insatisfação". Com isso, a pessoa começa a endividar-se, usando recursos como cheque especial, cartão de crédito e cheques pré-datados, artifícios que ajudam a "empurrar a divida com a barriga".
Todos nós conhecemos pessoas que têm altos salários, mas sempre estão no vermelho; pessoas que têm consciência das altas despesas de início de ano e não fazem nenhuma reserva financeira para se proteger. Existem também pessoas que insistem em usar o cheque especial continuamente, mesmo sabendo que estão pagando uma das maiores taxas de juros do mundo, senão a maior. A solução para essas pessoas não é ganhar mais dinheiro, mas saber administrar melhor o dinheiro que ganha.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 85,3% das famílias não conseguem pagar todas as despesas com o que recebem. Isso abrange 41 milhões de famílias, que gastam mais do que ganham, significando aproximadamente 150 milhões de pessoas vivendo em domicílios endividados. Ainda segundo o IBGE, as famílias mais pobres gastam mais do que ganham, no caso dos que tem renda familiar mensal de até R$ 400,00, as despesas somam R$ 454,70, já os que recebem de R$ 2 mil a R$ 3 mil, gastam em média R$ 2.450,00 e os com rendimentos acima de R$ 6 mil apresentam gastos da ordem de R$ 8,7 mil.
A procura do equilíbrio não é uma tarefa simples, exige uma mudança de comportamento e um total controle sobre impulsos consumistas além de uma boa administração do dinheiro.
Não entre no vermelho
Uma pessoa que enfrenta uma crise financeira está sujeita a vários tipos de problemas, entre eles, podemos citar: dificuldade de produção no trabalho por não conseguir se concentrar adequadamente, depressão, ansiedade e auto-estima muito abalada. Resolver uma crise financeira implica em mudar de vida, pois a pessoa precisa ajustar o seu padrão de vida à sua realidade econômica. A melhor maneira de não precisar passar por isso ainda é a prevenção.
- Cuidado com o crédito fácil
O cenário econômico aponta para uma grande oferta de crédito fácil para os consumidores, com taxas de juros menores e mais facilidades para o pagamento. Mas não se iluda com esta oferta, veja se você realmente necessita do empréstimo e se terá condições de pagá-lo no futuro.
- Cuidado com empréstimos de longo prazo.
- Nunca deixe o valor das prestações mensais ultrapassar 30% do seu salário.
- Evite assumir dívidas de outras pessoas: Cuidado com isso! Quem não pode assumir a própria dívida é um forte candidato a não ter condições de quitá-la. Neste caso, a dívida fica para você.
- Cuidado com o crédito consignado: Lembre-se de que este tipo de financiamento equivale a um desconto em seu salário todo mês
A grande causa do descontrole financeiro é que muitas pessoas insistem em ter sempre o melhor, não importa se ela vai usar todos os recursos dos produtos considerados melhores, mas, se o vizinho, parente ou colega de trabalho tem, elas também "precisam ter" e o resultado é acumular dívidas. Independente do salário. A questão é que a pessoa saiba qual dos produtos existentes se encaixa melhor no seu bolso, de forma que seja possível adquiri-lo, sem perder o controle da realidade financeira.
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