Desenvolvimento Ágil

Segundo Klaus Schwab, a industrialização atingiu uma quarta fase, que novamente “transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos”. É, portanto, uma mudança de paradigma, não apenas mais uma etapa do desenvolvimento tecnológico. Com base nisso as empresas que buscam destaque nessa nova revolução Industrial estão realizando mudanças necessárias para atender este novo modelo e uma das práticas mais faladas no mercado tecnológico hoje é o desenvolvimento Ágil.

O desenvolvimento ágil é uma mudança de mentalidade ou de paradigmas, em relação aos modelos de estruturação de projetos de desenvolvimento de software. É uma abordagem voltada a resultado que se solidifica com muita colaboração, flexibilidade, criatividade, autonomia e inovação. E é baseado na entrega de valor ao negócio, não apenas projetos.

Apesar de ser um conceito que normalmente se inicia na TI, deve ser incorporado por toda a empresa, porque todos devem estar engajados para entregar valor e se questionarem em relação aos projetos que propõe a companhia. Por exemplo, automatizar uma planilha ou colocar uma “flag” no sistema realmente entrega valor para o meu cliente?

Voltando ao universo de TI, uma preocupação frequente é, como dou ao meu cliente a sensação de entrega continua e com algo que seja realmente relevante para o negócio? Entramos aqui nas metodologias ágeis que proporcionam a gestão de projetos mais adaptável à mudança, porque possuem ciclos curtos que visam entregar uma relação de funcionalidades pré-acordadas. Ou seja, agora somos capazes de pegar grandes blocos de funcionalidades necessárias e priorizá-las - desde que tenha sido definido o que deve ser feito - em pouco tempo estará no ar, sem a necessidade do todo.

Aí veio o Manifesto ágil, que é um documento criado por desenvolvedores para apresentar as particularidades de projetos de softwares que as metodologias clássicas de gestão de projetos não atendiam. O Manifesto Ágil elencou quatro valores que, são essenciais na gestão de projetos. São eles:

1. Valorizar mais indivíduos e interações do que processos e ferramentas (isso não significa fazer tudo no papel de pão, sem uma organização mínima);
2. Valorizar mais software em funcionamento do que documentação abrangente (isso não significa não fazer nenhuma documentação);
3. Valorizar mais colaboração com o cliente do que negociação de contratos (isso não significa a ausência de acordos mínimos);
4. Valorizar mais respostas às mudanças do que seguir um plano (isso não significa a ausência de um plano que considere pelo menos o que é conhecido, dentro de um período curto);

·        Pegando o gancho do tripé pessoas, processos e produtos, vamos falar um pouco sobre pessoas. No Manifesto Ágil a importância das pessoas é citada em 50% dele como: “Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas”.

Quando falamos de desenvolvimento de software, logo pensamos em “software” quando na verdade nada mais é do que uma atividade humana, onde muitos dos problemas crônicos que enfrentamos podem ser facilmente resolvidos com comunicação, entrosamento e colaboração.

Necessitamos de Processos e ferramentas, mas eles precisam ser de fácil uso e trazer utilidade no nosso dia a dia e nunca conflitos e impeditivos. Devemos atuar com um novo modelo inserindo o cliente e não o tratando com um adversário. Temos que caminhar juntos no entendimento da importância da necessidade por todos, na tomada de decisões em conjunto, pensando sempre num objetivo comum.

Então fica a dica quando nos falamos de mudança e mindset necessitamos de pessoas que precisam acreditar e caminhar juntos fortalecendo este novo proposito.

No próximo artigo vamos falar um pouco sobre processo até lá.