Desenvolvimento Inteligente: O Poder do MVP e a Jornada do Pequeno ao Grande
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Desenvolvimento Inteligente: O Poder do MVP e a Jornada do Pequeno ao Grande

Neste texto, vou falar sobre a importância de usar um MVP para criar produtos digitais, mostrando como começar pequeno pode levar a grandes resultados mais tarde.

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A importância do MVP no desenvolvimento de novos produtos digitais reside em começar de forma pequena, porém com funcionalidades altamente relevantes. O MVP, uma abreviação para Produto Mínimo Viável, representa a essência fundamental do conceito de criar algo básico, mas que ofereça valor significativo ao usuário.

Ao desenvolver produtos digitais, você deve focar em desenvolver um produto bem pequeno no sentido de ter somente, se possível, uma única funcionalidade que seja muito relevante para o usuário final, aquela única feature pela qual sua aplicação será conhecida e que de fato vai gerar valor para seus usuários. Costumamos chamá-la de "killer feature".

Desta maneira, é possível garantir que o produto chegue extremamente polido, em pouco tempo e com investimento mais baixo nas mãos dos usuários finais. Você vai conseguir começar a ter feedbacks mais rápido e evoluir o produto na direção certa do que seu cliente quer, sem ter que fazer grandes manobras e mudanças de curso, com grandes investimentos do produto.

É muito comum, devido às possibilidades infinitas que o digital proporciona, fazermos um escopo inicial muito megalomaníaco com 50 funções a serem desenvolvidas logo de início.

Qual o problema desse pensamento grande demais? Primeiro, que o desenvolvimento será muito longo, com inúmeras etapas de teste e com muitos bugs a serem corrigidos e muito polimento até chegar no ponto ideal. Acredite, por mais expertise que uma equipe de desenvolvimento tenha, é inevitável que um novo produto precise de uma série de ajustes durante o desenvolvimento até chegar no ponto ótimo.

Segundo, que esse escopo gigante vai fazer o produto chegar com mais demora nas mãos dos usuários e ser realmente utilizado de fato. Você pode descobrir, depois de ter desenvolvido suas 50 features, que nenhuma delas era aquilo que seu usuário queria de fato e ter perdido infinitas horas de desenvolvimento e muito dinheiro. Seu produto será um navio imenso difícil de manobrar para mudar de direção.

Algumas pessoas podem argumentar que é necessário ter em mãos estas 50 features já planejadas de cara e fazer as entregas faseadas. Ok, tudo bem, é um caminho, mas mesmo assim, nesta abordagem do faseamento, ainda assim pode haver mais tempo e demora para que o produto chegue na mão do usuário, pois no desenvolvimento será preciso planejar e deixar algumas estruturas já prontas no sistema, escondidas do usuário, esperando para receber as features seguintes. A base terá que ser sedimentada na espera das novas estruturas.

E mais uma vez eu reforço: não gaste tempo de desenvolvimento nesta sedimentação de algo que você nem sabe se vai funcionar. Gaste todas as energias da sua equipe de desenvolvimento no essencial do seu produto.

Pense em produtos de sucesso que temos disponíveis em mãos hoje em dia. O Uber em sua primeira versão fazia somente a tarefa de pedir e esperar o carro chegar. Depois, eles foram adicionando outras funções como Ubereats, compartilhamento de viagens, agendamento de viagens, etc.

O YouTube deixava somente os usuários postar e assistir vídeos da maneira mais simples possível e hoje ele tem uma série de outras funcionalidades.

A mesma coisa para o Instagram que deixava única e exclusivamente o usuário postar fotos, e hoje deixa postar vídeos, tem ferramenta de lives, etc.

Envolva o usuário final o mais rápido possível neste processo de criação do produto, acredite, isso provavelmente vai fazer você reduzir seu escopo e investimento em desenvolvimento daquilo que foi inicialmente planejado para ser desenvolvido, pois é muito comum as empresas acharem que o usuário final quer um foguete que vá para a Lua e quando você de fato se aproxima do usuário ele só queria mesmo é um telescópio que funcionasse bem para ver a Lua. Brincadeiras à parte, o que eu quero dizer é que existem muitas distorções entre o que as empresas acham que o usuário quer e o que ele de fato precisa.

De forma resumida, é importante no desenvolvimento de produtos digitais que se comece com o menor e mais relevante escopo possível e que seja possível validar essa ideia em ambiente real muito rapidamente com o usuário final, fazendo iterações e desenvolvimentos novos rapidamente com base no feedback de usuários também reais. Isso vai evitar muitas dores de cabeça futuras e amplificar enormemente a chance deste produto ter sucesso no futuro.


Cleber Carvalho





Gabriel Lemme

Business Development @ ELSA | Ajudando pessoas e negócios a crescer com IA 🤖 | 🎓PR & Marketing MBA | Vendas & Growth 🏆| Nômade Digital 🌅

9 m

Excelente leitura. A priorização das features em um MVP é um erro muito comum. Ótimo artigo para reforçar a importância de focar na solução enxuta mas que entregue valor real desde o MVP.

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