Dia internacional da Mulher: não é sobre receber flores

Agradeço! Acho lindas e perfumadas, porém este regalo não representa exatamente o reconhecimento que esperamos, tampouco reflete nosso esforço para o alcance de metas pessoais e profissionais.

No Dia Internacional da Mulher, reflito sobre um artigo do Professor Armando Lourenzo para a revista Você S/A sobre o papel feminino na sociedade e na liderança corporativa, função que exerço.

Segundo o IBGE, somos 45% da população economicamente ativa do Brasil e apesar disso, permanecemos distantes das funções de gestão.

É curioso observar que somos profissionais, estudantes, mães, filhas, donas de casa e mulheres belas - não me refiro apenas à aparência, mas à nossa essência, aquela que empregamos ao administrar tantos papéis no dia-a-dia com bravura, equilibrando força e delicadeza.

Ocupamos simultaneamente diversas frentes, aproveitando cada minuto para quebrar o paradigma do sexo frágil.

O mesmo artigo do professor Lourenzo cita um dado do IBGE com a informação de que as mulheres dedicam mais tempo de suas vidas aos estudos em comparação aos homens. Isso talvez explique o triunfo de grandes mulheres no mundo, como a Tânia Consentino dirigindo a Microsoft Brasil, como a Mônica Lobo à frente do IALD, a associação mundial dos Lighting Designers, entre tantas outras que inspiram a gente a ser cada dia melhor. Liderança e sabedoria não estão relacionadas ao gênero e sim ao compromisso, criatividade, determinação e visão empregados a cada decisão.

A liderança estabelecida pela força felizmente é coisa do passado. Somos partidárias dos bons argumentos, do empenho e das boas soluções.

Me orgulho por fazer parte de um time que respira ares de mudança. Na Interlight, nossa Controladoria é feita pela Rosana Chrispiano que representa parte dos 9% das mulheres do Brasil que executam tal função. Já a Gestão Financeira, está com a Adriana Venâncio que também desempenha uma função ocupada em proporções mínimas por mulheres no Brasil. Já a Eliani Miranda, cuida dos bem-estar de mais de 250 colegas no departamento de recursos humanos, responsabilidade historicamente atribuída a carrancudos capatazes. A Elenice Mazzotti gere uma carteira nacional de clientes de diversos portes e exigências, tarefa de extrema responsabilidade para o sucesso dos nossos produtos. A Fabiane Faria cuida da logística sem precisar usar força braçal, basta seu incrível talento intelectual. A Val Medeiros comanda a eletrônica há 16 anos com seus conhecimentos adquiridos no SENAI em uma sala de aula predominantemente masculina. Já a Maria Inês comanda o departamento de montagem e a responsabilidade de entregar com perfeição a aposta da empresa da longa garantia nos produtos.

Ou seja, o lugar da mulher é onde ela quiser estar!

Felizmente o mundo está mudando

Há 17 anos envolta nos ares do mercado de tecnologia, estranharia muito caso não observasse essa transformação ao meu redor, afinal a inovação deve ser inerente ao propósito em todos os aspectos, materiais ou humanos.

Além disso, a conversa sobre equidade de gêneros não deve se restringir ao universo corporativo. Isso se estende a todas as esferas de convivência daqueles que prezam pelo bem-estar em todos os aspectos, seja para a geração atual ou das futuras. O segredo para que esse ideal seja alcançado, é pensar sempre à frente.