No Dia Mundial da Atividade Física, importante alerta: obesidade cresce 21% e atinge três em cada 10 adultos em Minas

No Dia Mundial da Atividade Física, importante alerta: obesidade cresce 21% e atinge três em cada 10 adultos em Minas

Nesta quinta-feira (6), Dia Mundial da Atividade Física, um importante alerta: três em cada 10 adultos são obesos em Minas Gerais. Os dados são do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde. No ano passado, 728.598 pessoas conviviam com essa condição no estado, alta de 21,6% em relação a 2021, quando o número [de obesos] em território mineiro era de 599.024.

 O sedentarismo é apenas um dos vários fatores que podem causar um quadro de obesidade, por isso aproveito o 6 de abril para defender a importância do Poder Público estimular, cada vez mais, a prática regular de atividades físicas na população, não só através de campanhas verbais e visuais, mas também com ações ativas nos centros de saúde, afinal estamos falando de uma forma de prevenção de diversas comorbidades e doenças, totalmente gratuita, cuja implementação é barata e eficaz. Isso sem falar que reduz custos com saúde no futuro de forma importante.

 Para incluir a atividade física em sua vida, são necessários, no mínimo, 150 minutos semanais de exercícios semanais, segundo preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse tempo pode ser fracionado: 30 minutos por dia, durante cinco vezes por semana. Subir escadas, fazer tarefas domésticas e até o chamado lazer ativo, como nadar, caminhadas, são alguns exemplos que podem ser inseridos no dia a dia das pessoas.

Além de prevenir e servir de alicerce fundamental no tratamento da obesidade, a atividade física tem outros múltiplos benefícios, tanto físicos quanto mentais. Do ponto de vista cardiovascular, além de promover consciência corporal, ela melhora o metabolismo, o aspecto nutricional e o quadro circulatório. Também reduz a pressão arterial, glicose e o colesterol ruim, (LDL). Isso sem falar que diminui o risco de infarto e o mais importante, a mortalidade por doenças do coração. Ah: e não há limite de idade para se exercitar, apenas uma adaptação aos exercícios, compatível a cada faixa etária.

 Já no aspecto mental, a atividade física é um antidepressivo natural pois libera endorfina, hormônio responsável pela sensação de prazer e bem-estar.

 No caso dos idosos, além de preservar a saúde respiratória, muscular e óssea, a opção por uma vida não sedentária reduz o risco de declínio cognitivo provocado pelo envelhecimento. À medida em que o idoso se exercita, ele sai casa, interage socialmente, se movimenta, ou seja, abandona o ócio. Isso já traz um benefício até mesmo para retardar o Parkinson e a demência.

 Dito tudo isso, finalizo com o seguinte recado: o que você está esperando para começar, hoje mesmo, a mudar seus hábitos e ir em busca de uma vida mais saudável e ativa?

 

                                                          Fabio Bordin - cardiologista

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