Dificuldades? Oba!
Um caminho para iniciar mudanças tecnológicas.
Muitos artistas dão depoimentos sobre momentos de grande tristeza em que foram presenteados com muita criatividade. Então, comecei a pensar sobre esse processo de dor e criação, dor e inovação. E não é que eu também achei que faz todo sentido? Observando o dia a dia das empresas, percebi que, quanto maior o incômodo, maior a sede pela solução e, consequentemente, maior a adesão às novidades. Parece confuso, mas consegui ver exemplos disso até na vida pessoal. Comigo foi assim, quando fui parar na terapia. Eu era totalmente descrente e fui meio que “obrigada” uma vez que outros médicos que eu havia buscado só falavam que eu precisava disso (da terapia, rs). O engraçado foi que meu processo terapêutico começou assim, meio forçado, com dores físicas, inclusive, e hoje eu super indico essas buscas por aprendizado emocional. Passei por um período de negação, resistência, descoberta e admiração, digamos. Então, a dificuldade foi vencida para que eu conhecesse algo que poderia me ajudar. Quando falamos de inovação tecnológica, eu vejo muita semelhança. A dificuldade nos abre para o novo. Quando algo começa a incomodar de verdade, queremos buscar um remédio. Esse é o nosso instinto humano: tentar parar de sofrer ou resolver problemas. E inovação tem tudo para começar assim, buscando fazer algo diferente que ninguém nunca fez, para resolver um problema.
Exemplo na história!
Li a história da invenção do micro-ondas esses dias e lembrei dela agora. A invenção nem era para fazer um micro-ondas, acabou ocorrendo por acaso. Percy Spencer estava trabalhando em um projeto de válvula eletrônica para radares e percebeu que o chocolate em seu bolso derretia quando se aproximava dos radares. Detalhe importante, outros já haviam notado que isso acontecia, mas ninguém havia procurado entender qual era a causa. Foi a partir da frustração de um projeto que deu errado que ele pode criar algo tão conhecido! O curioso é que parece que aprendemos que os erros são sempre ruins e não é bem assim. Erros são muito bons para nos estimular a fazermos diferente. Pensei agora, ainda bem que ele não era brasileiro, se não nem iria se espantar com um chocolate derretido no bolso, devido aos nossos verões cada vez mais intensos, rs.
Você tem a faca e o queijo na mão, aproveite!
Para mim, uma coisa é certa: todas as dificuldades me tornaram melhor como pessoa. E se até a tristeza pode ser um combustível para os artistas, vamos nos sentir artistas e fazer das dificuldades o presente que precisávamos para nos mexer, para agirmos diferente e inovarmos. Todas as pessoas as quais admiro superaram problemas. Então, em vez de se tornar imóvel frente ao leão que aparece a cada dia para você, veja que esse leão vai te tornar mais forte e, quando o próximo vier, você já não será surpreendido. Inovar é como um menu de possibilidades que nos é oferecido todos os dias. Cabe a você e a mim, empreendedores, escolhermos do que iremos nos alimentar, dos problemas antigos ou da inovação do presente.
Ah! Deixe seu comentário, o intuito é realmente esse: compartilhar ideias e aprender com cada uma delas. Esse texto foi publicado originalmente no TechPME
Business Process Organization na DHL
5 aAnelise V.