Diga me com que andas...

Diga me com que andas...

No coaching e na vida existe uma máxima, cunhada pelo grande escritor e palestrante americano Jin Rohn que afirma o seguinte:

“Nós somos a média das cinco pessoas com quem mais passamos o tempo”.

Mas, na prática o que isso quer dizer? Como isso funciona em nossas vidas? Vamos lá!

É simples, não importa o quanto digamos que tomamos nossas próprias decisões, seguimos os nossos próprios passos e criamos o nosso destino; de qualquer forma, as influências sempre estão presentes e exercem um alto impacto em nossas vidas.

Mesmo sem perceber, estamos o tempo todo decidindo de acordo com o meio e criamos assim as nossas verdades, que servirão sempre para justificarmos para nós mesmos as nossas escolhas.

Vamos para alguns exemplos que poderão ajudar na prática a entendermos isso melhor.

Um clássico, ao pensarmos esse fenômeno é quando um camarada inicia um trabalho novo, neste momento ele está cheio de pique, de sonhos e vontade de realizar suas atividades com o maior empenho possível para mostrar o seu valor, mostrar a que veio! Com o passar dos dias, é natural que ele comece a se relacionar com outros colaboradores e isso é ótimo!

O problema só começa a existir quando o camarada começa a criar vínculos com o pessoal mais antigo, os conhecidos "macacos velhos" que muitas vezes se encontram desmotivados... Eles começam a almoçar juntos, pausas para o cafezinho nos mesmos horários e ocasionalmente um happy hour após o expediente... Tranquilo até aqui. Novos e experientes colegas de trabalho que conhecem melhor os desafios e os caminhos a serem percorridos para se ter sucesso na empresa.

O problema inicia-se quando o grupinho de veteranos na empresa é do tipo “Que se dane”... e vivem para reclamar, seja da remuneração, das lideranças (geralmente não suportam as lideranças), esses sujeitos costumam mostrar seus descontentamentos sem qualquer censura, sem nenhum cuidado e principalmente, sem sugestões de melhoria. E desta forma propagam assim a sua falta de crença que aquele trabalho é relevante, vivem reclamando e sempre estão insatisfeitos. São as pessoas que por algum motivo se cansaram e apertaram o botão do “tanto faz”... enfim, optaram por desistir de fazer o seu melhor. Enquanto estão na empresa, esses sugadores de energia lutam com empenho para recrutar outros funcionários para o seu clube e fortalecer a sua causa. Com um discurso muitas vezes de amparo, acolhedor e amigo (amizade é um laço forte e muito poderoso), acabam envolvendo o novato que iniciou suas atividades de maneira empolgada. E o camarada, novo na empresa, começa a ceder, a criar compaixão, a se intoxicar com o veneno que está sendo destilado e muitas vezes inconscientemente passa a se adequar aos padrões dos bons e mais experientes companheiros.

Se ele não estiver firme consigo mesmo, em seus valores profissionais e de caráter, vai se contaminar com facilidade e começar a ver problema em tudo. Perderá sua motivação e passará a se corroer com a infelicidade de trabalhar naquela empresa.

O nome disso é modelação ou modelagem. Isso corre de maneira gradual e sutil, pode envenenar ou pode curar, depende de como e o que modelamos. A modelagem é um processo muito comum e visível no aprendizado, no comportamento e desenvolvimento de crianças, porém ocorre o tempo todo em todas as fases das nossas vidas. Passa longe de ocorrer apenas nas empresas, acontece em todas as esferas, em todo o ambiente em que estamos inseridos. Por exemplo, nossos amigos, familiares e colegas, são mais influentes do que possamos imaginar, e nós também, muito mais influentes e influenciáveis do que possamos imaginar. Podemos bater o pé e cravar na pedra que não! Mas, somos influenciáveis! Com maior ou menor resistência, nos comportaremos de acordo com o meio e na média das pessoas com as quais convivermos.

Uma outra simples situação, ocorre quando viajamos por algum tempo e convivemos com pessoas diferentes, sem que percebamos, muitas vezes inserimos novas palavras ao nosso vocabulário e podemos até adquirir um pouco do sotaque local.

Ficar um tempo no Sul e não soltar um “bahh” é praticamente impossível. Fiquei alguns meses trabalhando em Belém PA, e sem que eu me desse conta, algumas vezes saía um... Égua! Pronto!, não tem jeito é natural. Meu! (sou paulista, quase paulistano), é duro... isso pega! Contagia! Aqui não estou julgando o certo ou o errado, não tenho nada a julgar, nem é esse o meu papel. O ponto central é: Modelamos o tempo todo!

O funcionamento desse mecanismo é muito fácil entender, esteja sempre atento a isso: - Associe-se a pessoas desmotivadas e verá sua motivação se esvair como num passe de mágica. Por outro lado, aproxime-se de pessoas motivadas, otimistas, disciplinadas, competentes e bem-sucedidas e você vai começar a notar diferenças extraordinárias nos rumos que sua vida tomará.

Nossa mente é moldável – para o bem ou para o mau. É preciso cuidado ao alimentá-la, ela se alimenta do ambiente, do que vemos e do que acreditamos.

Cuide sempre para alimentá-la com o bem e para o bem, com o positivo. Nós sempre vemos o que estamos preparados para ver e lembre-se sempre que é muito mais fácil puxar para baixo! Fique atento!

- Quem anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro do tolo sofre aflição (Provérbios 13:20)

Agora lhe convido a pensar: - Em qual meio você está inserido e o que isso tem agregado à sua vida? - Quem são seus amigos? Como eles te instigam ou de que maneira o inspiram a ser melhor?

- Com quem você tem se associado profissionalmente? Como isso o tem incentivado a se superar em seus desafios, a alcançar melhores resultados e a se desenvolver profissionalmente nos últimos tempos?

Quem são os seus modelos de sucesso e seus exemplos de vitórias?

Em quem você tem se inspirado nos últimos tempos?

Pense nisso e boas escolhas!

ctrlaltcoaching@gmail.com

Anna Anna

Chief Operating Officer

5 a

 Eu penso ser fundamental estarmos sempre atentos pois, os "sugadores" de energia e pessimistas de plantão, estão por todo lado. É impressionante como nos deixamos levar, quando estamos mais vulneráveis e/ou buscando aceitação. Texto Excelente, parabéns. Gratidão por Compartilhar.. Sucesso Sempre! :)

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Evandro Oliveira

  • A mediação na agenda ESG

    A mediação na agenda ESG

    A Mediação de Conflitos, ainda que em passos tímidos no ambiente empresarial, apresenta um grande potencial de apoio ao…

  • Conselho de Famíla

    Conselho de Famíla

    Nos últimos tempos, percebo um aumento considerável de empresários preocupados com a continuidade do seu negócio, com…

  • Quem é o pai do Capricho?

    Quem é o pai do Capricho?

    Nesta semana eu assisti um vídeo enviado por um querido coachee, do admirável Mario Sergio Cortella em que ele define o…

    4 comentários
  • Vender é Up!

    Vender é Up!

    Vender é Up! Quando falamos em prospecção de novos clientes e aumento de vendas, é muito comum encontrarmos expressões…

    3 comentários
  • Mindfulness - O que é e para que serve?

    Mindfulness - O que é e para que serve?

    Mindfulness é uma tradução para inglês da palavra Sati. Sati é definido como “a capacidade de se lembrar”, e a ideia é…

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos