A DIMENSÃO, A DINÂMICA E OS DESAFIOS DO MERCADO DE SERVIÇOS EM SEGURANÇA

A DIMENSÃO, A DINÂMICA E OS DESAFIOS DO MERCADO DE SERVIÇOS EM SEGURANÇA

Atuar no mercado de segurança exige dos profissionais constante atualização em relação a novas metodologias e tecnologia. E, também, em relação a si mesmo e as pessoas com as quais interage. Entretanto, o conhecimento precisa ser posto em prática (habilidade) com objetivos e métodos bem definidos e executados (atitudes). Se faz necessário olhar para fora de si mesmo e para fora da organização para entender o que acontece à nossa volta, no chamado Mercado, que é extremamente dinâmico.

 Segundo dados da ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica, o setor de segurança eletrônica faturou R$ 9,24 bilhões em 2021. O Panorama mostra que o mercado manteve o ritmo e cresceu 14%, superando os resultados do ano anterior (13%). Os números refletem o aumento da adesão de soluções inteligentes durante a pandemia, como a implantação de body cams, os equipamentos touchless e câmeras com reconhecimento facial, os drones, o rastreamento de frotas e veículos, bem como a retomada de projetos que estavam paralisados em função da pandemia.

 O levantamento mostra que o setor é composto por mais de 33 mil empresas que juntas são responsáveis pela promoção de mais de 350 mil empregos diretos e mais de 2 milhões e meio de empregos indiretos.

 Pela primeira vez, o balanço anual do setor de segurança eletrônica trouxe os dados quantitativos sobre o número de empresas de monitoramento 24h próprio. Segundo o levantamento, esta categoria é composta por 13 mil empresas responsáveis por monitorar mais de 12 milhões de imóveis em todo Brasil, o que representa cerca de 17% das habitações possíveis de receberem a tecnologia.

 Outro mercado em expansão é o de Portarias Remotas. Apesar de recente, o panorama aponta que mais de 4 mil condomínios já utilizam o serviço oferecido por mais de 600 empresas de portaria remota ativas em todo Brasil. A utilização das portarias remotas ainda está concentrada nas regiões Sul e Sudeste. Apesar de relativamente nova, a tecnologia foi incorporada ao portfólio de empresas veteranas e convive com outros tipos de serviço, além das franquias e empresas especializadas que surgiram.

 E, além do que já é tangível em serviços e produtos no mercado de tecnologia da segurança, estamos testemunhando o nascedouro de outra vertente: a era da internet das coisas. Trata-se de um conceito que se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet, conexão dos objetos mais do que das pessoas. Em outras palavras, a internet das coisas nada mais é que uma rede de objetos físicos capaz de reunir e de transmitir dados. Mas, o que era uma teoria há poucos anos agora se torna uma realidade.

 Mas, a revolução não poderá ficar limita aos fabricantes. As empresas prestadoras de serviço de segurança tecnológica precisarão investir cada vez mais nas suas próprias estruturas internas e na capacitação de equipe técnica com maior grau de conhecimento técnico, não apenas sobre os equipamentos convencionais, mas, principalmente, em Tecnologia da Informação/ Redes. Faltam profissionais no mercado e haverá uma demanda cada vez maior por esse profissional.

 Em relação ao mercado de serviços patrimoniais, em especial o de vigilância, temos um estudo do Sesvesp - Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo - o qual apontou que órgãos públicos e indústrias eram os principais consumidores de vigilância patrimonial no Estado de São Paulo, cada um com 29% da demanda no mercado. Logo após vinham os bancos, com 28%, seguido por setor de serviços e condomínios, cada com 8% e por último estão outros serviços (como hotéis, construtoras etc.) que demandam 3% do efetivo das empresas de segurança patrimonial.

 Esses dados com certeza se modificaram nos últimos 11 anos. Os bancos avançaram com as operações tecnológicas e fecharam várias agências, em movimento contrário aos das cooperativas de crédito. Várias empresas fecharam ou promoveram mudanças de estado buscando vantagens fiscais. E, em contrapartida, houve um aumento no mercado de condomínios e hotéis.

 Cabe aos profissionais e dirigentes de empresas avaliarem os cenários nacional e regional e entenderem qual o posicionamento dos seus serviços e produtos e quais as melhores estratégias para conquistar e fidelizar o seu mercado. Adquirir o conhecimento e usá-lo. Sem habilidade e atitude o conhecimento não terá valor.  

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