DIPLOMA - AQUELE QUADRINHO NA PAREDE.....


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AMOR AO DIPLOMA

Ao receber o convite para escrever um pouco sobre o mercado de trabalho, avaliei alguns aspectos e identifiquei um ponto que em minha opinião é um problema para nossos profissionais.

Amamos os quadrinhos com diploma na parede ao fundo.

Talvez pela nossa história passada e recente da dificuldade de acesso a educação isto se tornou uma realidade brasileira.

Constantemente alunos me perguntam: “- Professor, qual a melhor faculdade/universidade”. Minha resposta é um padrão. “ – Quem faz a faculdade, é o aluno”.

No Brasil, uma frase de Carlos Henrique Araújo, em um artigo para a Carta Potiguar, cujo um pequeno trecho é transcrito a seguir,  resume bem o quadro conceitual do Brasil. “ - O Brasileiro acha que é possível aprender sem estudar”. Em resumo, idolatramos o diploma  mas não reconhecemos o esforço para se obter o conhecimento.

A grande pergunta agora é: Qual será o peso do diploma no mercado de trabalho no futuro?

O maior problema do futuro é que quando conseguimos chegar nele, ele virou o presente. E a partir daí temos que recomeçar de novo.

Os últimos  20 anos, as mudanças impressas pela globalização, trouxeram uma nova realidade para formatar o novo perfil do trabalhador brasileiro. A multifuncionalidade.

Alguns estudiosos, tentam entender qual será  o papel do especialista no futuro. Cada vez mais, o trabalhador brasileiro é cobrado para atuar de forma multidisciplinar. Apesar disto ainda existe espaço para a especialização profunda, entretanto a diferença básica é que o conhecimento técnico continuará a ser valorizado, mas as chances profissionais serão multiplicadas quando o profissional conseguir avaliar o contexto de forma integral, compreendendo como as diversas vertentes ou elementos constituintes se interconectam.

Neste novo perfil é onde existe um grande conflito na formação de nossos profissionais. Qual a diferença entre habilitação (diploma) e conhecimento?

A resposta é notada claramente no mercado de trabalho. Cada vez mais temos contato diário com profissionais habilitados, mas que trazem uma superficiabilidade  de conhecimento facilmente notada.

Na era onde, em meu caso, muitos clientes acabam nem tendo um contato presencial ao longo da prestação de serviços, o que vale são os resultados. Posso contar nos dedos quantas vezes nestes 20 anos de profissão me perguntaram onde me formei.

As relações de emprego estão se alterando. O emprego como conhecíamos, esta se tornando uma raridade. Esta nova realidade exigirá um preparo muito mais conciso dos profissionais, e esta concisão virá apenas com conhecimento real e não apenas com acumulo de informações.

O diploma por si só não garante a competência. O conhecimento aliado a habilitação sim são o que o mercado precisa e quer consumir.

Em resumo, o mercado de trabalho já chegou com as suas necessidades e tendências, falta a nós profissionais nos adequarmos a esta realidade nos preparando com afinco na constante busca por conhecimento.

Diplomas são conseqüência. Transformem informação em conhecimento. O Brasil tem muito a ser feito ainda.


Profº Amann

Para INSTITUTO AKADEMUS

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