Direção Escolar: Liderança, Estratégia e Transformação
O líder educacional é o motor essencial de toda instituição de ensino, cuja liderança transforma metodologias docentes em aprendizagem concreta e significativa. Sem essa condução, as práticas pedagógicas correm o risco de permanecer apenas como metodologias, sem real impacto no desenvolvimento do aluno.
Tal afirmação pode soar ambiciosa ou até mesmo elitista, mas acredito firmemente que quem promove o aprendizado e o avanço de um estudante merece o reconhecimento social mais profundo, talvez até mais que teóricos e acadêmicos. Assim como no futebol, onde, especialmente em tempos de Copa, o país parece produzir milhões de técnicos, a direção escolar frequentemente enfrenta uma situação análoga. Muitos — pais, professores e membros da comunidade — têm ideias bem definidas sobre como uma escola deve ser gerida, acreditando que “ordem” e “boa vontade” são suficientes para o sucesso.
Entretanto, a realidade da gestão educacional é austera, exigindo competência e melhoria contínua para elevar padrões e promover aprendizagens duradouras. Como gestor, experimentei períodos de notável crescimento e desempenho positivo com minha equipe e aprendi que o verdadeiro desafio é manter o padrão elevado. Em outras palavras, o esforço para ascender é grande, mas manter-se no topo demanda habilidades ainda mais refinadas.
Mas, afinal, qual é o papel de um diretor escolar? O que ocorre na sala da diretoria quando todos estão em aula e o restante da equipe desempenha suas funções? Frequentemente me recordo de uma frase atribuída aos líderes e gestores: “Quem sabe, faz. Quem não sabe, manda e, por vezes, tenta ensinar.”
Essas e outras concepções, muitas vezes distorcidas e carregadas de uma visão superficial, serão analisadas na segunda parte deste artigo, onde abordarei a complexidade e os desafios reais da gestão escolar.