Discriminação no trabalho pode causar sérios danos à saúde da mulher
A médica e doutora em Psicologia Social, Margarida Barreto, explica na edição desta semana do podcast Podprevenir, como a discriminação da mulher no mercado de trabalho pode causar danos emocionais e doenças até mais graves, como a Síndrome de Burnout, distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intensos. A especialista lembra também que apesar do crescimento da presença feminina no mundo profissional e de maior acesso à formação superior, as mulheres continuam sendo alocadas em postos de trabalho ditos femininos, formando os chamados "guetos rosa" para preservar espaços ainda considerados de domínio masculino.
"Apesar de estarmos no século 21, infelizmente ainda persiste o preconceito de que a mulher não é tão capaz quanto o homem e isso é reforçado não apenas nas linhas de produção, mas também está presente nas altas hierarquias das empresas. É como se existisse um teto de cristal que limita a ascensão da mulher", explica a médica. Margarida ressalta que as discriminações, humilhações e outros atos de violência no cotidiano laboral são camuflados sob o manto das desigualdades que permeiam as relações de gênero.
Fonte: Revista Proteção