A disruptura que nós todos queremos
"Guilherme, mas no artigo passado você falou que as pessoas e empresas fogem da disruptura, apesar de falarem que a desejam; vai desmentir tudo agora?"
Falei mesmo, vocês têm razão. Só que quando as disrupturas pulam na nossa cara e mostram seu valor, é importante mostrar o impacto delas e o quanto são necessárias para termos uma sociedade melhor. Vem comigo.
UBER VS. UBERES
A Uber é um clamoroso exemplo de transformação de um segmento, o da mobilidade. Fundada em 2009, questionou o por quê qualquer pessoa não poderia ser considerada um motorista para fins de ganhar dinheiro com esse serviço. Você tem um veículo, que fica parado muitas horas; se você também está oscioso e quer faturar com seu veículo, que mal faz?
Bem, hoje a empresa norte-americana é quase um verbo quando falamos "chamar um Uber", ou seja, disruptou.
Mas #inovação radical tem suas consequências, muitas vezes duras dado que você muda as regras do jogo. Em certos momentos, pode descobrir que as novas regras ficaram desequilibradas. Só no Brasil, a companhia passa por duas situações complexas:
DISRUPÇÃO = SIMPLIFICAÇÃO
Como apaixonado por futebol (e sendo ex-jornalista do setor), me encantei ao ver uma notícia de que uma comissão na FIFA estuda resolver de vez o dilema da regra do impedimento. A ideia promete resolver 99% das polêmicas sobre gols válidos ou anulados.
Um grupo liderado pelo ex-técnico Arsène Wenger resolveu usar o design thinking (não como método, mas como mentalidade) e propor que impedimento seja apenas a famosa "banheira". Tanto se fala do VAR - pelo bem, e pelo mal - como um alívio de que a tecnologia possa tornar esse esporte mais justo para clubes e torcedores, mas mudar a regra ao ponto de simplificar a experiência como neste caso pode ser vista como disruptiva para a modalidade esportiva mais popular do mundo (e uma das mais tradicionalistas). Gostem ou não os saudosistas, digitalizar a modalidade é o presente e o futuro.
Uma prova do poder da digitalização é o início dos testes do DREX, o Real digital, pelo Banco Central. A quantidade de benefícios da novidade promete ser análoga ao impacto do PIX, que rapidamente se tornou o modelo de transação favorito do brasileiro e reduzindo tempo e custos de maneira exponencial - hoje, até uma ajuda no semáforo a galera já coloca "aceito PIX".
O DREX pode ter um impacto gigantesco nas operações financeiras no país ao reduzir a burocracia e custos, tornando o Brasil mais eficiente para governo, instituições privadas e cidadãos.
Em tempo de AI generativa, ver soluções simples pensadas a partir do entendimento das potencialidades e também das limitações tecnológicas pode ser um caminho incrível para gerar valor às pessoas e, por tabela, criar vantagem competitiva para empresas.
FALANDO EM AI E OUTRAS MUDANÇAS...
A OpenAI com seu #ChatGPT revolucionou a agenda de #inteligenciaartificial neste ano e meio. "Do nada", mil outras empresas brotaram propondo mais soluções com AI. Mais do nada ainda, bigtechs vieram mostrando suas AIs proprietárias, como se todo mundo tivesse uma bignovidade guardada na gaveta por anos e foram obrigadas a mostrar finalmente.
Uma delas é a Salesforce , gigante de software na nuvem. E coube ao CEO, Marc Benioff, subir no palco e dizer que "ninguém está pronto para a AI". E ele disse isso no maior evento da sua companhia no ano, justamente quando anunciava soluções de inteligência artificial!
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Parece uma fala temerária, mas ele queria justamente apontar que estamos diante de uma transformação tão grande que é difícil prever como o mundo vai se comportar nos próximos anos a partir de uso dessa tecnologia.
É mesmo impressionante o potencial de AI e o quanto ela já está gerando valor, mesmo com as soluções que a utilizem ainda estejam engatinhando. Por outro lado, achei curioso o dublador Wendel Bezerra , que dá voz ao Bob Esponja, Goku e muitos outros personagens, fazer um teste de como seria uma de suas dublagens usando inteligência artificial. O resultado? Dá uma olhada no vídeo você mesmo.
MAIS DISRUPTURA À VISTA
Quando inovação radical surge, ela tem um potencial incrível de mudar a sociedade. No comportamento das pessoas, vemos #startups olhando para alimentação à base de insetos, com direito a hamburguer de... besouro, feito pela francesa Ÿnsect ! Se liga:
Ou ainda a manteiga de pupunha da Vateli - essa, aqui de Novo Horizonte, em São Paulo -, apelidada pelo fundador de "planteiga".
Tudo isso em busca do consumo mais sustentável. Provas disso vemos também nos mapeamentos de foodtechs e de beautytechs que fizemos na Liga Ventures , que apontam que Novos Alimentos e Bebidas, e Cosméticos Clean e Inteligentes são as categoria mais quentes dos seus segmentos.
Nos negócios, o Sem Parar (com que a Liga Ventures tem um excelente programa de inovação com startups, o Inova Sem Parar) mostra como pode alavancar o uso de tags veiculares ao transformar um produto pensado inicialmente para um pedágio sem parada como uma plataforma de uma experiência "sem parar" para motoristas, facilitando a vida já estressante de quem dirige em grandes cidades do país (parabéns Carlos Gazaffi !).
Ainda sobre mobilidade, a eletrificação é outra transformação gigantesca em curso no mundo e, em especial, no Brasil, como apontei aqui.
Ainda no campo do business, o ótimo post do Paulo Chiodi questionando de maneira jocosa o investimento BI-LIO-NÁ-RIO da Apple para lançar seu iPhone 15! Na realidade, à primeira vista, apenas algumas inovações incrementais entre as gerações do telefone (melhor câmera e usabilidade, entrada USB-C...), mas com um potencial incrível de disrupção ao posicionar o telefone como console de games comparável* a aparelhos como Playstation, Xbox e Nintendo Switch.
Ao lado da bigtech, favorece sua imensa comunidade de usuários que certamente já são amantes de games e agora podem dar mais esse uso aos devices, muito além dos jogos casuais. Saca só a apresentação da empresa sobre o novo chip que vai viabilizar essa inovação radical:
UM CONVITE À TRANSFORMAÇÃO
Se disruptura está na sua agenda, vem acompanhar comigo um evento, no dia 27/set, às 10h, em que vamos divulgar os resultados da pesquisa Data-Leaders sobre como C-levels avaliam Transformação Digital. Ótimos insights, te prometo! E obrigado aos parceiros e apoiadores nessa: Fabrício Fudissaku | Data Makers | CELINT - Centro de Estudos em Liderança e Governança Integrais | CDN Comunicação | Mundo do Marketing | Cross Host | Data Crush | Consumidor Moderno | Michael Page | Oxigênio Aceleradora !
#deuLiga
INSCRIÇÃO PARA IR PRESENCIAL: https://conteudo.liga.ventures/evento-data-leaders-transformacao-digital-presencial
INSCRIÇÃO PARA VER ONLINE: https://liga.rds.land/evento-data-leaders-transformacao-digital-online
Head de Inovação na Scala | Inovação e Cultura Corporativa | Open Innovation | Intraempreendedorismo | Propriedade Intelectual | Mentora | Avaliadora de Startups |
1 aQue incrível Gui! Obrigada por compartilhar uma síntese tão rica!
CEO - Data-Makers
1 aInteressante a proposta de nova regra do impedimento. A lógica da FIFA poderia ser: quanto mais gols, melhor, mas a regra atual age para evitar o gol. O próximo passo poderia ser acabar com o VAR....