Diversidade geracional: um desafio de inclusão e cultura
Tenho acompanhado muitas discussões sobre o comportamento da GenZ e seus impactos no mercado de trabalho. Outro dia, me deparei com o dado de que, segundo o GPTW, 68% dos profissionais consideram essa geração a mais desafiadora para se trabalhar.
Em paralelo, estamos caminhando para ter uma força de trabalho cada vez mais velha. A ideia de que após os 60 anos a pessoa está idosa e incapaz de ser produtiva ficou no passado. A ONU estima que em até 2030, a população mundial com mais de 60 anos deverá crescer mais rápido do que qualquer outra faixa etária. E aí? As empresas estão realmente preparadas para lidar com essa realidade?
São realidades que não podemos ignorar ou tratar isoladamente, é necessário discutir esses movimentos e agir dado que esse mosaico de gerações já é uma realidade dentro das empresas. Na TOTVS temos colaboradores de todas as gerações e, ainda assim, buscamos equilibrar esses números porque entendemos que é por meio desse mix geracional que vamos compreender melhor o mercado, nossos clientes e alavancar negócios. Inclusive, um levantamento da McKinsey já comprovou isso, empresas com maior diversidade geracional têm 33% mais chances de ter uma performance financeira superior à média de suas indústrias.
Sendo pragmático, isso significa aceitar as características de cada grupo, não impor barreiras de idade em processos de recrutamento, olhar, de fato, para as pessoas e suas skills (hard e soft combinadas) independente do seu “carimbo geracional”, vamos chamar assim.
Outro dia ouvi a Juliana Hadad, sócia do Stark Bank, no episódio do podcast - ANTES TECH DO QUE NUNCA - Gen Z: nativos digitais na vida e no trabalho?, dizendo que os jovens têm a competência de querer automatizar tudo, fluxos e processos, que antes funcionavam bem manualmente. Eu acho isso fantástico do ponto de vista de familiaridade com o ambiente e capacidade digital. Ao mesmo tempo, o estudo Workforce of the Future da PwC apontou que a GenZ, apesar de estar ambiciosa para fazer diferença no ambiente de trabalho, vive altos níveis de ansiedade e busca por gratificação imediata. Equilíbrio, como sempre digo, é a chave.
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Não tenho soluções prontas para esse desafio que todos nós vivemos, juntos. Mas vejo, claramente, o papel da liderança como determinante nesse processo sendo exemplo, criando canais de diálogo e incentivando um ambiente que tenha espaço para todas as gerações. É preciso promover uma cultura de inclusão e respeito mútuo, investir em programas de capacitação e no desenvolvimento de habilidades.
Não tenho dúvidas de que a intergeracionalidade transforma as diferenças em uma vantagem competitiva. Nos próximos anos, a diversidade geracional não será mais uma opção, é uma questão de demografia, que vai impactar o crescimento sustentável dos negócios.
Para descontrair, deixo aqui a dica de um filme que trata desse tema de forma muito bacana, vale a pena assistir! "Um senhor estagiário" (The Intern, escrito e dirigido por Nancy Meyers, Warner, 2015).
#diversidade #gerações #liderança
Ajudo empresas a tomarem decisões mais inteligentes e eficientes através da ciência de dados. Conecto números a soluções práticas, transformando dados complexos em insights que impulsionam negócios a prever o futuro.
4 mParabéns por abordar um tema tão crucial e atual como a diversidade geracional no ambiente de trabalho ! Sua análise profunda e bem fundamentada sobre os desafios e oportunidades que surgem com a convivência de múltiplas gerações dentro das empresas é extremamente relevante. É inspirador ver como você destaca a importância de uma liderança inclusiva, que valoriza a contribuição única de cada geração, enquanto promove um ambiente de respeito mútuo e diálogo aberto. A ligação entre diversidade geracional e desempenho financeiro superior, apoiada por estudos como o da McKinsey, reforça a importância de adotar essa abordagem nas organizações. Sua visão prática de focar nas habilidades individuais, sem impor barreiras geracionais, é uma lição valiosa para todos os líderes e gestores. E a recomendação de "Um Senhor Estagiário" é o toque final perfeito, mostrando como o cinema pode ilustrar de forma encantadora os desafios e as riquezas da intergeracionalidade. Obrigado por compartilhar essas reflexões e por liderar o caminho rumo a um ambiente de trabalho mais inclusivo e diverso. Sucesso contínuo na sua jornada à frente da TOTVS!
Janete
4 mBacana o texto, mas a realidade é outra, o etarismo é real, infelizmente. O conhecimento não se tira do profissional Sênior, mas ao afastar e não dar oportunidade para esses profissionais para poder contribuir e porque não mesclar com a Geração todo conhecer dessas gerações. Assunto interessante para discutir nos RH's.
Executivo de Soluções de Negócios na TOTVS PAULISTA | Especialista em GoldMine (CRM), Processos Empresariais, Gestão de Oportunidades e incansável na superação de metas.
5 mQuando fui selecionado para a TOTVS em 2019 estava com 50 anos, e inicialmente me senti "ameaçado" por estar cercado de muitos jovens brilhantes. Mas em menos de duas semanas entendi que a cultura defendida pela recrutadora não era apenas discurso, era realidade. Nesta Gigante da tecnologia, trabalhar a diversidade e o acolhimento é essência. Realmente formado for gente boa que é boa gente!
Zimmermann Imóveis
5 mÓtimo conselho.
Especialista de Produtos de Investimentos
5 mMuito legal, ver o CEO pontuando o etarismo e outras diversidades. Top!