A diversidade no mundo corporativo e o que venho aprendendo com ela
Foto: Nathan Dumlao/Unsplash

A diversidade no mundo corporativo e o que venho aprendendo com ela

Nos últimos tempos tenho me envolvido fortemente em uma iniciativa da Discovery que venho compartilhando bastante por aqui, o Discovery Talks. Já são 18 meses de imersão total em assuntos que geram fortes discussões no que tange posicionamento, estratégia, boas práticas de comunicação. Não só de todas as marcas da empresa presentes no Brasil, mas também para a ampla gama com as quais nos relacionamos como um veículo de comunicação que comercializa publicidade.

O que estava fazendo os conteúdos sobre Casa e Decoração crescerem suas audiências exponencialmente? O que estava por trás do grande sucesso de programas de aventura humana e superação? Qual a visão das mulheres sobre si mesmas na sociedade? O que também as leva a se viciarem em temas como investigação de crimes reais? Homem é tudo igual e só assiste a futebol? Como uma marca deve navegar pelo amplo espectro de meios e possibilidades que temos hoje à disposição? Todos esses foram os questionamentos que respondemos e eu poderia escrever mais algumas linhas aqui sobre como tudo isso tem um valor inestimável para quem tem acesso aos materiais que geramos, repletos de insights. Mas meu foco aqui hoje é sobre o ganho profissional e pessoal presente nesse tipo trabalho.

O tema mais recente de nosso estudo foi a Empatia. Nesta semana compartilhamos o que viemos pesquisando nos últimos três meses e posso dizer que a satisfação é enorme. Não só pelo trabalho entregue e dever cumprido, mas pelo que pude refletir e como isso gerou um impacto na minha forma de ver o mundo corporativo e minhas relações.

Singularidade, a pluralidade gerada pelo nosso valor como indivíduo, a diversidade que vem com tudo isso. Uma discussão riquíssima e que vem carregada de vieses. Vieses, em sua maioria das vezes, inconscientes. Unconscious Bias parece ter entrado de vez no vocabulário de quem trabalha com comunicação. E se não entrou, agora é mais do que a hora.

Partindo do diverso conteúdo da marca TLC, temas como obesidade, nanismo, religião, cultura, gênero e raça permearam todas as nossas pautas. E como é complexo discutir sobre tudo isso em grupos de trabalho tão heterogêneos, não? Mas é aí que está o valor do meu principal ponto. Sem diversidade de pessoas na organizações esse tipo de iniciativa vai por água abaixo após os primeiros minutos de reflexão.

Tudo é sim muito polêmico. Nosso país passa por um momento delicado politicamente e a sociedade como um todo encontra-se frágil. Discussões inflamadas por todos os lados, pontos de vista antes não externalizados ganham espaço, o que, como tudo, tem seu lado bom e ruim. E é chegado o momento de exercitar a empatia. Mais do que nunca - e desistir não é uma opção. O olhar do outro tem sempre seu valor e procurar entendê-lo é o primeiro passo para ser mais empático.

E foi assim que guiamos nossas discussões. Aprendendo com o tema e exercitando "ao vivo", numa incrível configuração de profissionais de origens, raças, gêneros, orientações sexuais e passados diferentes. Para mim, como um homem homossexual, foi incrível ter uma mulher negra heterossexual participando ativamente da discussão, por exemplo. E, além do exercício de ouvir e respeitar, poder expor meu ponto de vista em um ambiente diverso foi essencial para a essa percepção de sucesso.

A diversidade não deve estar apenas no discurso das empresas. Muito menos somente na troca dos logos das redes sociais para as cores da bandeira LGBT no mês de junho ou para o Outubro Rosa. Ela tem que estar nos planos e ações, discutida diariamente. Comitês de discussão e empoderamento das causas devem ser criados. E não é mais apenas uma questão de inclusão. Ela é latente e nunca foi tão essencial para triunfar em águas tão turbulentas como as que enfrentamos hoje.

Adriana Sayuri Tomiyoshi

Publicitária por formação. Terapeuta por amor.

5 a

Este texto foi a dose de inspiração do meu dia! Eu te admiro muito ❤️

Erica Stringueta Nishio

Team Manager | Itaú América Latina

5 a

adorei seu texto, Edu. Tem uma frase da diretora do London School of Economics que eu guardei pra vida: "in the past, jobs were about muscles, now they're about brains, but in the future, they'll be about heart". acho que a diversidade, toda essa discussão e a nova geração já estão caminhando para esse futuro. parabéns por todo o trabalho! :)

Ricardo Taliberti

Leveraging Affiliate Marketing and Partnerships Strategies for Driving Growth

5 a

Excelente reflexão Du! Sem contar no papel que estes profissionais híbridos involuntariamente exercem na sociedade e no mercado de trabalho, tornando-se exemplo e inspiração para as novas gerações, que passam entender que as suas peculiaridades não são um fator limitante e sim agregador. 👏🏻👏🏻👏🏻

Eduardo Arias Junior

Enterprise Agile Coach at Engineering

5 a

Parabéns pela iniciativa Edu!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos