Divertida Mente: o que uma animação tem a nos ensinar sobre Inteligência Emocional
Imagem: As emoções personificadas que guiam a vida de Riley. Créditos: Pixar Animation Studios (2015)

Divertida Mente: o que uma animação tem a nos ensinar sobre Inteligência Emocional

No último final de semana assisti ao filme de animação 'Divertida Mente', e me surpreendi como essa produção da Pixar (lançada pela Disney) consegue mergulhar fundo em como nossas emoções costumam funcionar, mesmo que seu gênero seja direcionado para crianças e família. O filme ganhou vários prêmios, incluindo o vencedor do Oscar 2016 de melhor filme de animação.

O filme conta a estória de Riley, uma menina de onze anos que, enquanto cresce, vai criando memórias que são responsáveis pela formação de seu caráter e personalidade. Tudo estava indo bem até que Riley e seus pais tiveram que se mudar de cidade, deixando para trás sua vida feliz e divertida. Então, ela e suas cinco emoções principais, Medo, Raiva, Alegria, Nojo e Tristeza, passam a ter que lidar com sua nova realidade.

Essas emoções no filme são personificadas e vivem na “Sede”, o centro de controle de Riley, que é uma metáfora para a mente humana, e representa onde acontecem os processos de pensamento, memórias e sentimentos.

As emoções entre os humanos são universais, embora a demonstração cultural de emoções não seja. (Paul Ekman, Emoções Reveladas).

Algumas emoções, principalmente a Alegria, tentam manter a Tristeza longe do painel de controle e das memórias infelizes de Riley o máximo que podem. Por conta das mudanças pelas quais Riley passa, acontece um acidente em que Alegria e Tristeza acabam sendo sugadas para longe da sala de comando, com todas as suas memórias básicas. Isso faz com que Riley seja movida apenas pelas outras três emoções, Medo, Raiva e Nojo, que controlam o comportamento de Riley, resultando em relacionamentos caóticos e decisões ruins. Enquanto isso, Alegria e Tristeza farão qualquer coisa para voltar à Sede junto com as memórias básicas de Riley, antes que seja tarde demais.

A animação é tão rica em detalhes, que ao mesmo tempo também traz algumas nuances sutis de Programação Neurolinguística (PNL), quando Alegria e Tristeza, por exemplo, acidentalmente misturam caixas com pedaços de 'fatos' e 'opiniões' juntos, e logo em seguida elas comenta que isso acontece com bastante frequência com as pessoas; assim como traz nuances também de Neurociência, o ponto de partida para inspirar a equipe de arte do filme pelas formas – o hipotálamo, a hipófise, as células ao microscópio – tudo fortemente caricaturado para fazer sentido no filme. Mas para uma exploração mais aprofundada, trarei um texto onde falarei mais sobre isso.

Inteligência Emocional (IE) ou Quociente Emocional (QE) é a capacidade de entender e gerenciar suas próprias emoções e as das pessoas ao seu redor. (Daniel Goleman, Inteligência Emocional – Por que isso pode importar mais do que o QI).

Em termos práticos, isso significa estar ciente de que as emoções podem direcionar nosso comportamento e impactar as pessoas (positiva e negativamente), e aprender a gerenciar essas emoções – tanto as nossas quanto as dos outros.

Como Coach habilitado em Inteligência Emocional, eu particularmente gosto de explicar aos meus clientes que não podemos controlar as nossas emoções (como costuma se dizer por aí), mas sim podemos gerir o significado que damos a elas. Quando estamos em contato com as nossas emoções, assumimos a posição de escolha. Somos capazes de gerenciar nossas emoções de forma a ajustar nossas ações, em vez de deixar que nossas emoções nos controlem.

Segundo Daniel Goleman, padrinho da Inteligência Emocional (IE) - ou Quociente Emocional (QE) - ela possui 4 pilares como autoconhecimento, autogestão, consciência social e gestão de relacionamentos. Dentre eles, eu diria que a base da IE é o autoconhecimento, que é a jornada sem fim em direção ao nosso eu interior. Quanto melhor alguém conhece a si mesmo, mais ele(a) é capaz de entender os demais, e então é capaz de superar os outros domínios da IE.

Outra descoberta interessante da psicologia positiva é a relação intrínseca entre IE e felicidade, que diz que esta é uma habilidade que todos nós podemos praticar até dominá-la. Além disso, a felicidade traz o sucesso (e não o contrário) e torna as pessoas 31% mais produtivas.

80%-90% das competências que diferenciam os top performers estão no domínio da Inteligência Emocional (Daniel Goleman)

O Sr. Goleman mostrou que as competências emocionais são mais importantes para contribuição da excelência no trabalho do que o puro intelecto ou experiência, razão pela qual o EQ supera o QI, o Quociente de Inteligência. O quociente emocional é uma parte crítica da inteligência social, além disso, algumas pesquisas mostram que o QI contribui apenas cerca de 20% para o sucesso na vida. O resto do sucesso de 80% depende do EQ de cada um.

A inteligência emocional, entre outras coisas, expande o autoconhecimento, aprofunda a automotivação, promove a compreensão e relacionamentos mais saudáveis, reduz o estresse, modera conflitos, aumenta a produtividade no trabalho, desenvolve a empatia e prepara melhores membros de time, gestores e líderes.

Sinta-se à vontade para entrar em contato comigo para saber mais sobre como o Coaching de Inteligência Emocional pode ajudá-lo(a) a prosperar na vida!

Acompanhe outros artigos relacionados e muito mais em: www.cristianocoelho.com  😉


Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos