Do que vamos falar em 2019?
Quando um novo ano começa aproveitamos esse momento para refletir sobre nossa atuação no mundo e quais serão nossos objetivos no período a seguir. E não seria diferente para nós aqui no Instituto Avon. Nesse mês de janeiro, nos dedicamos a olhar para o nosso trabalho ao longo dos anos e para a sociedade que se desenha no Brasil em 2019 na busca de clareza de propósito.
Clareza é poder. Esta é apenas uma das razões para buscá-la ao pensarmos sobre o que queremos alcançar no espaço de tempo à nossa frente. Como disse Roberto Pompeu “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão”. E, qualquer que tenha sido a sua experiência em 2018, esperança é sempre algo que renova, eleva e encoraja.
A esperança é o elemento fundamental para qualquer instituição que trabalhe em prol de uma sociedade mais justa. Mas, teremos esperança em relação a quê, exatamente? Eis alguns temas que definem os contornos do nosso foco este ano:
Uma narrativa que nos permita compartilhar um futuro desejável
Precisamos resgatar nossa capacidade de compartilhar uma visão do que seria um futuro desejado. De fato, na maior parte das vezes em que falamos sobre o futuro, nos vêm à mente cenários distópicos, alguns até bem prováveis. Eu reconheço a importância de contemplá-los, precisamente para trabalharmos conscientemente para evitá-los. Mas precisamos, ao mesmo tempo, de um horizonte de futuro pelo qual valha a pena trabalhar. É mais complexo do que parece: construir juntos uma visão de futuro desejável, mesmo que seja em baixa definição (não precisamos concordar em tudo), que represente alguns consensos mínimos sobre o que seria um Brasil em que queremos viver. Acredito que um País em que as mulheres possam usufruir de uma vida saudável e livre de violência são elementos desta visão com os quais todos podemos concordar, certo?
Quais são os componentes desta narrativa?
Bem, como se chega lá faz toda a diferença. Ou seja, esta visão só pode ser concretizada se nascer por meio da cocriação, da troca, do livre debate, com pessoas dos mais diferentes perspectivas, inclinações ideológicas e áreas de atuação. A expressão ‘Fale Sem Medo’ adquiriu um novo significado para nós. É aí que o nosso comprometimento com a diversidade é colocado à prova: ele inclui as pessoas que pensam muito diferente de nós? Se a resposta for não, é certo que erraríamos o alvo. A diversidade de pensamento é, afinal, aquela que realmente impulsiona a inovação social. Mas este debate que constrói pontes nunca foi tão difícil, nem tão necessário. Portanto, falemos sem medo. Ao final deste ano, a grande maioria de nós ainda terá isto em comum: o fato de dividirmos este pedaço de terra que chamamos de Brasil e as responsabilidades compartilhadas de torná-lo um território de desenvolvimento e realizações, livre de violência, para todos.
Sendo assim, já deixo aqui o tema do nosso próximo Fórum Fale Sem Medo, que acontecerá em 29 de março: “Narrativas para um novo #comTrato”. Prometemos que esta conversa, para a qual você está convidado, será permeada de imagens inspiradoras, histórias transformadoras e ações possíveis. Vamos falar sobre as tornar possíveis. Vamos impulsionar e apoiar os projetos que constroem pontes, que nos ajudam a endereçar os desafios que nos unem, elevando-nos acima do que nos separa. Cruzar as nossas narrativas diferentes e pontos de vista discordantes, é o amanhecer para formar novos contratos que sejam mais igualitários para as mulheres. E isso é feito em conjunto. Junte-se a nós!