A doença mais perigosa
Pedro Almeida Vieira não queria que eu publicasse este texto. Mas não sou uma pessoa tão boa quanto ele é, por isso o decidi escrever e publicar. E escrevo sabendo que arrisco censura nas plataformas onde o estou a publicar (Facebook e LinkedIn). Faz parte, nos tempos que vivemos, de tecnocensura, em que uns são censurados enquanto publicações de ódio e extremismo são amplificadas e promovidas.
Pedro Almeida Vieira é engenheiro biofísico há 31 anos. É das pessoas mais inteligentes e racionais que já conheci. É um homem gentil, bom, generoso. E é meu parceiro de vida e também de profissão, no Jornalismo.
É também licenciado em Economia e em Gestão e consta do Quadro de Honra do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), sendo o único com duas licenciaturas, as quais obteve praticamente em simultâneo.
É romancista, com diversos (magníficos) romances históricos publicados, além de outras obras publicadas em áreas que vão do Ambiente à Literatura.
Recebeu prémios de Jornalismo e também um relevante prémio no Ambiente. Foi, aliás, no passado, dirigente da Quercus.
Não tem qualquer filiação partidária ou política mas é de esquerda, tendo inclusive aceitado participar, recentemente, num debate a convite do Livre (não que seja militante do partido).
No que é assumido - e é público – é que é benfiquista. É o mais próximo que lhe conheço de militância, neste caso ‘clubística’.
Pedro Almeida Vieira está nos antípodas de ser um ‘negacionista’ da covid-19 ou um ‘anti-vacinas’ ou de ser da extrema-direita ou militante do Chega. Apesar disso, tem sido difamado e atacado por poderosos lobbies e os seus lacaios a soldo. Tem sido atacado por jornalistas promíscuos, daqueles que almoçam diariamente com o poder político e económico (e que o difamam cobardemente em grupos fechados de jornalistas). E tem sido atacado por radicais, pessoas mal-formadas e mal-informadas sobre o seu percurso académico e profissional e sobre a sua pessoa.
Uma dessas pessoas que o tem difamado e atacado tem sido Gustavo Carona, inscrito na Ordem dos Médicos como anestesiologista, mas que ficou mais conhecido pela fama alcançada nas TVs devido ao sensacionalismo e ao ódio extremista que atraíram que, nem moscas, convites para ir aos telejornais. Também ficou conhecido pelo ódio que destilava nas suas publicações populistas na sua página na rede social Facebook.
Incentivou ao ódio contra pessoas que optaram por não tomar a vacina contra a covid-19 - as quais tinham esse direito, como soberanos sobre o seu corpo e a sua vida. Carona espalhou informação deturpada e sensacionalista para espalhar o pânico e terror na pandemia - e ganhar fama. E incentivou ao ódio, nomeadamente contra Pedro Almeida Vieira, que é actualmente jornalista e director no jornal PÁGINA UM.
Num post recente no Facebook [recuso colocar o link por ser tão lastimável], Carona volta a espalhar mentiras, desinformação e ódio contra Pedro Almeida Vieira. Ou seja, contra um jornalista. Sem apresentar qualquer prova – que não há – elenca um chorrilho de mentiras, ataques e destila ódio. Puro.
Porque é que Carona odeia o engenheiro biofísico e jornalista? Qual foi o ‘crime’ cometido por Pedro Almeida Vieira? O seu ‘crime’ foi ter exposto as mentiras do anestesiologista, o qual admite, num dos seus livros, que andou com sintomas de covid-19 a trabalhar num hospital em Matosinhos. Está no seu livro. Só fez o teste à covid-19 quando foi incentivado por uma colega. Está escrito. Carona escreveu isso no seu livro.
O crime de Pedro Almeida Vieira foi ter exposto quem era Carona, na realidade: alguém que negava efectivamente a relevância da covid-19, ao ponto de ir trabalhar com sintomas evidentes da doença. E alguém que, além de perseguir outros, era um radical populista em busca de fama e fortuna.
Carona angariou, com o seu extremismo e radicalismo popularucho básico, uma legião de seguidores que apoiam o ódio e a perseguição. Seguem-no também pelos posts sobre as suas doenças e maleitas, que expõe com informação e fotos, enquanto apela à piedade e a que lhe comprem os seus livros.
Lamento que Carona esteja doente e espero que recupere rapidamente. Mas, ao contrário do Pedro – que, com compaixão, tem recusado responder a ataques de Carona – considero que estar doente não é desculpa para atentar contra a segurança de alguém.
É isso que Carona está a fazer, na sua última publicação pejada de difamação, mentiras e ódio.
Ao fazer o ataque que faz a Pedro Almeida Vieira, Carona está a incentivar â sua perseguição por parte da sua legião de fãs e seguidores fanáticos.
De resto, agradeço aos fãs do anestesiologista os 'likes' e as centenas de partilhas da publicação cheia de ódio e mentiras. Não só servirão como prova em tribunal, como demonstram o perigo da desinformação, do ódio e do extremismo em contas sensacionalistas com uma legião de fãs dispostos a apoiar as mentiras de Carona.
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Pedro Almeida Vieira percebeu, finalmente, que por muita compaixão que tenha por alguém que está doente, não pode mais tolerar a difamação o ódio e anunciou ontem, na sua página pessoal no Facebook, que vai avançar com uma acção na Justiça.
De resto, tem tido muita paciência com os vários ‘Caronas’ que, em busca de fama, de seguidores e lucro, pululam pelos media e redes sociais. Uns cobardes, digo eu. Sem provas, atacam alguém que expõe os factos e exige transparência na informação.
Pedro Almeida Vieira não quer dar importância e palco aos ‘Caronas’. Eu discordo e, por isso, escrevo este artigo. Porque o ‘extremismo’ de que Carona fala na sua publicação é o que promove nos seus textos e ataques sem provas. As suas mentiras e incentivo ao ódio constituem um atentado ao bom nome de um jornalista de investigação, que tem feito um trabalho incrível para acabar com a opacidade e a interferência de lobbies económicos e políticos na gestão de áreas cruciais para a vida de todos os portugueses, incluindo a da Saúde.
O tempo deu razão a Pedro Almeida Vieira. Não é uma opinião, são factos. O excesso de mortalidade recorde, os relatórios e estudos sobre os terríveis impactos dos confinamentos na saúde, na economia - e nas crianças e jovens. Mesmo a Justiça lhe tem dado razão em várias deliberações, como por exemplo, ao forçar a Ordem dos Médicos a revelar os pareceres escondidos sobre a vacinação de crianças e jovens contra a covid-19.
Falar sobre isto é importante. Investigar é importante. Só extremistas cegos, que não admitem que estavam errados, e populistas que só escrevem o que as massas e os seguidores querem ouvir, é que são incapazes de olhar friamente para os factos.
Foi assim na pandemia e é assim hoje.
Carona quer fama e dinheiro. Se o consegue com a estratégia de expor a sua vida privada e os seus problemas de saúde nas redes sociais é uma opção dele.
Que o faça tentando difamar e por em risco a segurança de um jornalista é inadmissível.
Pedro Almeida Vieira é boa pessoa. É essa a sorte de Carona. Quando Carona avançou com uma acção em tribunal contra o Pedro para obter uma indemnização, o Pedro permitiu que o processo avançasse para tribunal, ao não pedir a abertura de instrução. Carona fala sobre este processo aos seus fãs, sem dar esta informação crucial aos seus seguidores (enganado-os, mais uma vez).
Carona tem sorte porque ataca uma pessoa como o Pedro, com temperamento ameno, racional e com compaixão pela sua actual fragilidade física e psíquica.
Outra pessoa não teria a mesma compreensão.
Eu não sou tão boa pessoa quanto o Pedro. E escrevo este texto, assumindo-o claramente.
Carona pode estar doente. Mas, além de fazer surf apesar das baixas por doença sucessivas, ainda tem energia e disposição para difamar jornalistas e espalhar desinformação e mentiras.
(Aliás, o Pedro condenou o vídeo viral em que alguém importunou Carona quando tinha ido à praia fazer surf, enquanto dizia que andava doente).
Se há coisa que não se pode tolerar é populistas e extremistas como Carona. E, ao contrário de Pedro, eu não confio a 100% nos juízes e nos tribunais. Mas acredito no tempo e na História. O tempo traz sempre as verdades ao de cima e expõe os vilões que, no seu auge, são seguidos por legiões de fãs, de fanáticos. Fanáticos do ódio e de campanhas de perseguição. E Carona, infelizmente, doente, em vez de se cuidar, escolheu esse caminho: o de provocador de ódio.
E Carona não sabe, mas essa é a sua mais perigosa doença.
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10 mNestes últimos dias, então, para quem estiver atento, é perceber o grau de totalitarismo que grassa entre nós. E não é só o full HD, infelizmente! É só apertar o botão do "discordo de ti" que é ver do que realmente são feitos! Bom texto, Elisabete! Nunca te cales!
Obrigado pelo vosso excelente trabalho neste Admirável Mundo Novo.
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10 mObrigado pela partilha Elisabete Tavares. É com enorme satisfação que apoio o Página Um e acredito que o processo irá a bom porto restabelecendo a Verdade e dando uma lição a quem faz esse tipo de injúrias. Sinto pena do Carona e dos seus seguidores, pois como defines, e muito bem, é fanatismo. E o fanatismo não admite a racionalidade. Agradeço a Deus por nos dar jornalistas como vocês: sem lado, sem agenda. Os factos pelos factos. Muitíssimo obrigado! "E eles conhecerão a Verdade, e a Verdade os libertará." - João 8:32