Drones trazem nova perspectiva à Agricultura de Precisão

Uma dor comum que percebo nos agricultores e produtores rurais brasileiros é conseguir lidar com a particularidade de cada metro de terra de sua propriedade. Pela falta de informações detalhadas, aplicam-se insumos em mesma quantidade em toda lavoura, sem distinção. A consequência? Desperdício de insumo, tempo excessivo na aplicação, mão de obra empregada e ainda prejuízos ao meio ambiente.

Não é de hoje que vemos o debate da Agricultura de Precisão (AP) na mídia, congressos e no campo, mas essa técnica e mentalidade ainda tem muito o que crescer em solo nacional.  

Mas o que é essa Agricultura de Precisão?

No cenário mundial, os primeiros registros acadêmicos sobre o assunto surgiram por volta de 1920 e, no Brasil, a AP foi introduzida em meados da década de 90. A sua chegada se deu com a vinda de maquinários dotados de um verdadeiro computador de bordo, o que inclui GPS, Sistemas de Informação Geográfica (SIG), sensoriamento remoto e a criação de mapas de produtividade.

Com essa quantidade de informações, o agricultor pode tomar decisões estratégicas mais assertivas em relação a aplicação de insumos. É possível compreender as divergências de produtividade em cada área da lavoura e planejar aplicações de acordo com as necessidades (biológicas, químicas, de solo etc) específicas de cada uma. Sem excesso e sem escassez. Aplicações precisas.

Muito mais do que um conjunto de tecnologias e apenas otimização de insumos, a AP também segue alguns princípios que abrangem todo o processo e dia-a-dia da agricultura.

Tratar cada área de terra de forma diferenciada já começa lá na divisão e localização das lavouras dentro da propriedade, na divisão dos talhões e na identificação de partes que diferem do padrão geral. Com essa visão, o tratamento nas aplicações de forma personalizada é a aplicação do conceito de AP.

Quando a agricultura de precisão chegou ao Brasil, ela até podia ser cara, já que a maioria dos maquinários com as tecnologias eram importados. Mas, hoje, a AP evoluiu e já é possível encontrar formas mais econômicas de aplicá-las. Além do barateamento, surgiram novas técnicas que vão além da análise de solo para a aplicação de insumos.

Atualmente já usa-se essas técnicas para a medição da compactação do solo, análise de lavouras com uso de equipamentos medidores de NDVI, mapas de clorofila feitos com clorofilômetros, mapas de infestação de pragas e outros. Assm, tecnologia, planejamento e gerenciamento são os fundamentos da AP.

A alternativa mais econômica para a Agricultura de Precisão? Drones!

Já falei aqui em um texto anterior sobre os benefícios dos drones na agricultura e um deles é a utilização na AP.

Os drones são uma solução interessante para o agricultor que busca a redução de custo operacional, aumento de produtividade e uma maior eficiência no seu plantio, por serem acessíveis, simples de usar e eficientes.

Por ainda serem relativamente novos na agricultura, representam uma ótimo oportunidade aos produtores rurais para obterem vantagem competitiva.

Assim, como podemos utilizar técnicas da AP em todo o processo de plantio, o mesmo vale para os drones. Desde percorrer uma área de interesse antes da aquisição, passando pelo levantamento topográfico para o planejamento do plantio e a verificação da saúde das plantas por meio do NDVI até o fornecimento de indicadores que irão mensurar a eficiência do plantio realizado.

Fazer o mapeamento aéreo com drone é como obter um raio-x da sua propriedade, antes, durante e depois do plantio. É possível identificar problemas, a dimensão deles e saber exatamente a sua localização, tendo tempo hábil para resolvê-los, antes de prejuízos críticos.

Alguns problemas possíveis de serem identificados são a compactação do solo, falta de nitrogênio, ervas daninhas, propriedade do solo, irrigação e falhas no plantio. Já imaginou ter tudo isso em mãos e poder planejar uma solução específica para cada área com deficiência?

Soluções precisas trazem produtividade, economia de insumos, qualidade ao produto final e maior preservação do meio-ambiente. É a otimização de cada metro quadrado da sua propriedade.

Você acredita que a agricultura de precisão com drones é uma boa alternativa aos agricultores e produtores brasileiros? Não se esqueça de comentar para a gente continuar discutindo sobre o assunto, ou, se preferir, me mande uma mensagem para conversarmos mais.