Como tornar o planejamento da colheita mais assertivo e lucrativo
Todo o processo de planejamento de colheita é fundamental para a organização da próxima cultura e um fator determinante sobre o preço final do produto. Quando mal conduzida, traz prejuízos financeiros ao produtor pela perda de parte do produto final e também a própria qualidade deste, o que compromete o esforço e investimento feitos a essa cultura.
As várias etapas do processo de colheita e pós-colheita, desde a implantação da cultura, até a colheita em si, o transporte e o armazenamento precisam estar diretamente relacionadas e serem bem planejadas e monitoradas.
Já existem tecnologias que vem ao encontro do produtor rural, engenheiro agrônomo e outros profissionais da área para auxiliar e facilitar esse momento. Opções como sensoriamento remoto, sistemas de informação geográfica e sistemas de posicionamento global transmitem informações em tempo real e possibilitam análises precisas para a tomada de decisão.
Vamos falar de números para ilustrar a gravidade que um mau gerenciamento de colheita e lavoura pode causar. Em média, as perdas de rendimento por conta de doenças e pragas podem representar 20% da plantação e a colheita feita no momento errado, no estágio incorreto de maturidade do produto, pode representar uma perda de 15% até 40% do que foi produzido.
Assustador quando vemos assim, não?
No planejamento, deve-se pensar em alternativas para prevenir ou contornar as diversas adversidades climáticas e administrativas que podem ocorrer durante a colheita. Assim como entender quais as melhores ferramentas, maquinários e boas práticas para cada tipo de cultura.
Nesse momento, também se define o objetivo e cada etapa da colheita visando o lucro final. Antecipando necessidade de infraestrutura, maquinário, tecnologia ou mão de obra para todo o ciclo produtivo daquela colheita, sendo possível alocar e otimizar todos os recursos em mãos, sem desperdícios ou sobrecarregamento.
Observar quando a planta atingiu a maturidade desejada e se as condições de colheita são ideais, como a umidade do grão de soja ou o teor de açúcares da cana-de-açúcar, é difícil de ser feito apenas de maneira empírica. Sim, eu sei, os 20 anos de trabalho com a terra dizem muita coisa, mas é humanamente impossível olhar para cada área da lavoura, para cada pé, de forma única e personalizada, principalmente quando estamos visando o crescimento do negócio.
Aliar experiência humana com a tecnologia, como aplicativos e softwares específicos, apenas traz ganhos ao produtor rural.
O sensoriamento remoto, por exemplo, torna possível o olhar minucioso sobre cada parte da propriedade. Tal como, a determinação de tipo e quantidade de insumos necessários para o melhor desenvolvimento de cada uma delas, aplicando-se, assim, as técnicas da agricultura de precisão.
É fundamental que os profissionais da área rural se atentem às novas tecnologias para não ficarem atrás em termos de produção e lucratividade. O Brasil tem bons desempenhos nesses termos e temos que continuar inovando para manter esse patamar.
Tecnologias como os drones embarcados com os sensores corretos podem identificar a saúde da lavoura, apontando áreas com pragas e se está no momento ideal da colheita. Também é possível extrair dados geográficos, como características do relevo, o que proporciona uma melhor distribuição para cada atividade de acordo com o espaço que se tem.
Softwares de planejamento de colheita e sistemas de informação geográfica auxiliam até na definição da melhor rota de transporte da colheita, balanceando distância mínima, custo do transporte e o trajeto mais rápido.
Essas opções de tecnologias ajudam o produtor a reduzir custos com insumos, mão de obra, combustível, reduzir perdas durante todo o processo de colheita, melhorar a qualidade do produto final e, consequentemente, aumentar os lucros.
Como você faz o planejamento da colheita? Quais as boas práticas que você recomenda? Conta aqui nos comentários para continuarmos a discussão! Se quiser saber mais sobre esse assunto e tecnologias, é só me mandar uma mensagem.