E agora, Neymar?

A festa acabou, a luz apagou,o povo sumiu...

O menino Neymar, que com 26 anos e uma carreira de quase uma década nem é tão jovem assim, foi o assunto da Copa da Rússia. A grande promessa da Seleção Brasileira, a esperança na ponta da chuteira simplesmente não brihou.

Deixando questões técnicas - e médicas - de lado, o que se viu foi um excesso de exposição muito pouco positiva. Sempre apoiado pelos "parças" e pela grande imprensa, o menino de ouro estampou mais de 10 comerciais de TV antes do início do campeonato e virou trending topic mundial a partir do primeiro jogo. A imagem de superação, tão incensada após a cirurgia no pé 3 meses antes do Mundial, foi rapidamente apagada pela falta de preparo psicológico e excesso de encenação em campo. Em apenas 3 semanas, Neymar foi do céu ao inferno, saindo de super atleta para uma pessoa mimada e narcisista.

Após a derrota da Seleção Brasileira para Bélgica, Neymar não falou com a imprensa nem com a torcida, limitou-se a escrever um post nas redes sociais. Hoje, a equipe de Neymar e a CBF tiram o jogador de campo - literal e figurativamente - como forma de recuperar a imagem do jogador.

O erro de Neymar e de seu staff é estratégico. O produto Neymar "enguliu" a pessoa Neymar: seu diferencial se tornou menor do que sua imagem pessoal. É preciso ter profissionais competentes e experientes para trabalhar o produto Neymar e fazê-lo entender que sua marca pessoal é seu maior patrimônio.

Agora, é ver como o nem tão menino Neymar se comportará frente ao menino Mbappé, seu companheiro de time no Paris Saint-Germain e dos outros jogadores do time francês, que se destacaram tecnicamente na Copa do Mundo. Não será fácil, uma vez que o brasileiro já não tinha o apoio total da torcida parisiense.