E você, já entendeu os riscos da Era dos Dados?
Big Data e avanços na geração e coleta de dados. Muitas potencialidades, mas há muito a ser questionado e que você precisa saber: invasão de privacidade, manipulação de informações e erros nas tomadas de decisões.
A evolução do Big Data, da Inteligência Artificial, Smart Cities e de tantos outros avanços digitais e tecnológicos nunca me causaram medo, mas de certa forma, a histeria dos profissionais do mercado, principalmente os de marketing, sempre me causou preocupação.
Na Era dos Dados, onde tudo pode ser “matematicamente” analisado, a qualquer custo, passou a soar para muitos como um messias que regressa à Terra trazendo a boa nova da assertividade. Analisar o público, criar perfis e filtros de algoritmos faz brilhar os olhos de um horizonte de potencialidades. E as potencialidades existem, não há dúvidas.
Mas meu ceticismo e preocupação surgem quando os dados são vistos de forma muito fria e sem grandes preocupações éticas, quando na verdade falamos de gente, pessoas! Em tempos pensei que eu pudesse estar solitário nesse raciocínio. Mas venho percebendo alguns movimentos que começam a se preocupar com o uso excessivo de dados.
O Portal B9 publicou recentemente um artigo chamado Termômetros, febre e Big Data, que relata alguns casos em que os dados não foram tão assertivos ou simplesmente foram maquiados. “Dados superfaturados no Facebook, resultado do Brexit, eleição do Trump nos EUA, comerciais de Dolly sempre na lista dos mais lembrados na TV”. O artigo conclui que o “Big data mal interpretado pode não passar de um grande erro”.
Quem também está criando conteúdos muito relevantes e alarmantes sobre invasão de privacidade para captura de dados é o Chupadados. Aliás, é assim que o portal denomina as tecnologias que, segundo eles, “controlam o que fazemos, monitoram quem encontramos e compartilham nossa intimidade com quem não tem nada a ver com isso”.
O portal alerta que “nós e nossas tecnologias de estimação estamos constantemente trabalhando de graça para construir, de maneira cada vez mais detalhada, perfis” e que as decisões tomadas com base em perfis gerados por dados “já começaram a determinar, de maneira simplória e duvidosa, quem somos, que conteúdos veremos ou deixaremos de ver, que tipo de produtos nos serão oferecidos; a que informações políticas devemos ou não ter acesso”.
E nessa equação das relações de consumo na Era dos Dados, qual o papel do próprio consumidor? Simples! Consumidores inteligentes vão reverter essa lógica: eles querem privacidade, eles esperam ter controle sobre o uso dos seus dados e vão utilizar essa informação de forma proativa.
Sim, compradores gostam de se sentir servidos, mas não gostam de serem observados. A sua maior expectativa é conseguir o produto certo, na hora certa. Por isso, é uma tendência que, em troca do uso de seus dados, os consumidores exijam praticidade, conveniência e agilidade para tirar todas as suas dúvidas, em tempo real, entre comprar o produto A ou B. Eles também querem poupar tempo e economizar dinheiro.
É por isso que desenvolvemos o Ciwwic e estamos acompanhando uma revolução nas relações de consumo e de conhecimento dos próprios consumidores sobre seu papel nesse cenário. É um retorno da personalização e humanização do atendimento, da empatia e da flexibilidade, associada com a velocidade e praticidade da internet.
Sim, você nunca esteve tão perto da próxima geração. E você, vem comigo?!
Antônio Netto
Diretor Executivo Brasil – Ciwwic