E você, já pensou em morar no Japão? (4/6) - Educação e Saúde
Quarta parte: Educação e Saúde
O principal alicerce de um país é a educação, e no Japão não poderia ser diferente: escolas e professores são muito respeitados e possuem amplo apoio da comunidade. Por lá, dificilmente haverá uma alta evasão escolar tampouco cenas de vandalismo ou desrespeito por parte dos alunos para com os professores e/ou docentes, fruto da cultura de respeito aos mestres e aos mais velhos.
Na saúde observa-se uma ampla disponibilização de equipamentos tecnológicos no auxílio à medicina, facilitando o dia-a-dia dos profissionais da área e minimizando possíveis erros humanos a favor da eficiência e da produtividade. Abaixo, listo algumas das curiosidades sobre estes dois temas:
· Diferentemente do que observamos aqui, a educação é encarada como algo essencial no Japão. O ensino fundamental e médio são totalmente gratuito, de ótima qualidade, obrigatório à todas as crianças e disponível a todos;
· Muitos cidadãos japoneses buscam as escolas com ensino técnico para adentrar no mercado de trabalho e fincarem suas raízes até a sua aposentadoria. Observei que o turnover nas empresas é baixíssimo, ainda mais porque as leis trabalhistas privilegiam os trabalhadores e dificultam uma eventual demissão de um funcionário sem justa causa, aplicando multas pesadíssimas e sansões às empresas em casos de desligamento injustificados;
· O ingresso em uma faculdade ou em curso de pós-graduação é pago e extremamente caro, fazendo com que poucos busquem estes diferenciais. A justificativa é de que a desigualdade social baixíssima e a relativa equidade de salários entre os que possuem altos cargos e os que trabalham nos serviços de base desestimulam a necessidade de altas qualificações. Há, entretanto, ganhos maiores na remuneração variável dos que possuem cargos mais executivos se comparados aos trabalhadores sem muita qualificação, mas não são tão absurdas como as diferenças que aqui observamos. Um trabalhador “comum” pode sim adquirir um bem material de alto valor assim como um gerente, supervisor, ou até mesmo um diretor de seu departamento;
· Em se tratando de saúde, todos os residentes no Japão são obrigados a possuir algum seguro (pago), seja ele ofertado pela empresa contratante ou pelo governo. Hospitais, clínicas e serviços médicos são todos cobrados e não existe nada gratuito à população. Os médicos, por sua vez, são muito bem remunerados e possuem acesso ao que existe de mais moderno nos equipamentos de auxílio à medicina. Nota-se um déficit no “fator humano” dos médicos que confiam mais nas máquinas e equipamentos do que em sua experiência no trato dos pacientes. O curioso é que consultórios dentários e médicos estão mais para uma linha de produção do que com um ambiente clínico/hospitalar se comparado com que conhecemos aqui;
· Existem escolas de língua japonesa para estrangeiros residentes no Japão com aulas ofertadas de forma gratuita, geralmente subsidiados pela prefeitura local. Vale a pena pesquisar onde pode obter estas aulas pois a infraestrutura e os materiais didáticos costumam ser muito bons, com profissionais capacitados e focados em integrar os estrangeiros aos costumes e cultura da comunidade local;
· Gostaria de aprender inglês, espanhol, francês, alemão, mandarim ou outras línguas no Japão? Sem problemas. Existem cursos gratuitos e pagos que ofertam aulas para todos os gostos e bolsos (basta ficar atento e buscar estas oportunidades). PS: Observei que falta um pouco de interesse dos brasileiros que lá residem em desenvolver-se culturalmente, pois grande parte não se interessa em cursos de nenhuma natureza... uma pena;
· Sua preocupação é não ter escolas com ensino em português para seu(s) filho(a/s) no Japão? No tempo em que lá estive, havia o Colégio Pitágoras que oferecia ensino fundamental e médio para brasileiros residentes na terra nipônica (maiores informações podem ser obtidas no Consulado brasileiro no Japão);
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