Economia com o pé no freio
A geração de riqueza de bens e serviços deste ano vem gradativamente desacelerando. No terceiro trimestre a taxa de variação do PIB registrou 0,4%, em relação ao segundo trimestre. Nos dois trimestres anteriores as taxas foram maiores, 1% e 1,3% sucessivamente, segundo séries revisadas pelo IBGE. Já no acumulado de doze meses, até setembro, o desempenho da economia brasileira foi de 3,0% e no 3º. trimestre de 2022, de 3,6%, frente a igual período de 2021.
Do lado da oferta, o setor de Serviços, que tem peso expressivo de 70% do PIB, cresceu 1,1%, com destaque positivo para o segmento de informação e comunicação (3,6%) e negativo para o de Comércio (-0,1%).
O setor Agropecuário ficou em 0,9% e o da Indústria Geral em apenas 0,8%, sendo que a de Transformação apresentou variação positiva de 0,1% e a Extrativa variação negativa de 0,1%.
Recomendados pelo LinkedIn
A taxa de investimento ficou um pouco acima, 19,6% do PIB, da observada no mesmo período do ano passado (19,4%). A de poupança, por sua vez, atingiu 16,2%, ficando abaixo da do terceiro trimestre de 2021 (17,2%).
Pela lado da demanda doméstica, a Formação Bruta de Capital Fixo aumentou 2,8%, o Consumo do Governo em 1,3% e o das Famílias em somente 1,0%. Pelo lado da demanda externa, as exportações e as importações de bens e serviços cresceram 3,6% e 5,8%, respectivamente, quando comparadas ao 2º. trimestre deste ano. O tímido resultado do consumo das famílias, que representa de 62% do PIB, decorreu da queda do salário real, pela alta inflação, a despeito da redução da taxa de desemprego de 8,7% (jul-set) para 8,3% entre agosto a outubro.
A desaceleração da economia é resultado de fatores bem conhecidos. Destaco, os baixos níveis de investimentos em capital físico, em melhorias tecnológicas e em capital humano. Investimentos tímidos resultam em produtividades sofríveis. Como nos últimos anos, a Educação mereceu pouco atenção o fraco desempenho da economia não chegou a surpreender, mas apenas a lamentar.
Fundadora e CEO da Jeito Certo Consultoria | Conselheira nos Conselhos de Governança,Compliance e Diversidade, Varejo e RH da ACRJ | Palestrante | Treinamento e Capacitação | Diretora Gente e Gestão
2 aMinha eterna professora querida, as questões ESG (meio ambiente, social e governança) tiveram impacto direto com a saída do atual governo da presidência, principalmente se olharmos para as questões da Amazônia, as mortes pela Covid-19 no país e a falta de transparência na governança pública. Espero que o presidente eleito tenha responsabilidade fiscal e diligência em definir prioridades, em um cenário no qual quase tudo é primordial. Lamento pelo Brasil, tão rico, com pessoas tão competentes, mas com uma gestão pública inesgotavelmente corrompida!
Engenheiro de Produção / Qualidade / Gestão de Projetos / Processos Industriais
2 aParabéns pelo artigo professora Virene Roxo Matesco. Como muito bem ensinado pela senhora o investimento de hoje é a produção de amanhã. O país passa atualmente por um momento de incerteza em relação às decisões econômicas que o novo governo irá tomar, principalmente quanto e escolha do próximo ministro da fazenda, bem como as restrições orçamentárias, que afetam os investimentos em áreas chave da economia. Defendo muito investimentos em duas áreas, que são infraestrutura e educação, nesta ordem, pois o investimento em infraestrutura proporciona uma diferença de porencial para o crescimento e desenvolvimento dos demais setores. Para isso é preciso vencer os desafios orçamentários que temos pela frente, não deixando de lado a responsabilidade fiscal para que possamos também termos o social atendido de forma estruturada.