Economia e Mercados 13/07/2017
Mercados Globais
Em seu depoimento no Congresso dos EUA ontem, Janet Yellen confirmou a expectativa dos mercados no sentido de sinalizar um ajuste muito moderado na política monetária do Federa Reserve. A reação foi a manutenção do sentimento otimista para as bolsas, títulos e moedas. Yellen manteve a posição otimista em relação aos preços a e à atividade econômica, mostrando que o caminho para a normalização da política monetária a ser seguido pelo FED continuará completamente previsível. As bolsas continuaram a tendência otimista, buscando novos recordes. O índice S&P500 os 2.440 pontos, marcando novo topo, veja o gráfico:
Esse comportamento do mercado acionário colocou os preços das principais empresas americanas em um patamar 66% mais elevado que os topos atingidos ao longo das bolhas “ponto com” nos anos 1990 e subprime na década passada. Resultado natural da manutenção dos de longo prazo em níveis muito baixos por tanto tempo, ancorados em inflação muito baixa e nível de liquidez inédita. Hoje os mercados internacionais acompanham as bolsas dos EUA, subindo na Ásia, com Xangai em alta de 0,65%, e na Europa, com Frankfurt em alta de 0,5%.O governo chinês divulgou os resultados da balança comercial de junho e ele superou as expectativas do mercado. As exportações subiram 11,3% em dize meses e as importações 17,2%. Esses dados, muito melhores que o esperado, mostram que tanto a economia global como a chinesa estão em ritmo vigoroso. Os preços de matérias primas devem se recuperar, ajudados pela desvalorização do dólar frente às principais moedas do planeta. Após a alta de ontem, o petróleo está em queda moderada (WTI a US$ 45,43, -0,5%), por conta do relatório da EIA que mostrou aumento da produção global e demanda moderada.
Brasil
No mercado doméstico, o forte otimismo decorrente da aprovação da reforma trabalhista foi reforçado pela condenação em primeira instância do ex-presidente Lula. A candidatura de Lula à presidência no ano que vem fica ameaçada, o que leva os agentes a avaliar a política econômica com mais previsibilidade, reduzido o risco país e, junto com ele, os juros longos. Os juros para 2021 tiveram forte queda e estão a caminho das mínimas atingidas antes do evento Joesley Batista, veja o gráfico:
Juros mais baixos têm efeitos multiplicadores sobre a atividade econômica e os preços dos ativos. Quedas nos juros melhoram a percepção de risco em relação ao financiamento do Tesouro e das empresas e aumenta o valor presente dos retornos esperados nos próximos anos. Com isso a bolsa sofre novo impulso para sua valorização, em um processo que é inverso ao que ocorre quando os mercados estão desalavancando. Hoje é provável que o dólar, as ações e os juros continuem a sua trajetória de “rally”, que aumenta ainda mais o otimismo dos agentes.