Economia Verde: Este é o Caminho
Põe-se em questão a chamada do introspetivo, com o pensar discursivo e social de produção do texto, não individual, procurando refletir uma visão da sociedade em que vivemos, sendo o objeto de construção sobre a qual se debruça para buscar em sua superfície, as marcas que guiam para este ato de pensar e a necessidade de construir um lugar singular de melhores perspectivas, tornando um ser ético em nossos pensamentos e práticas na conduta e ação, convocando o pensamento responsável de hoje e das futuras gerações, e que seja mais um grito para o saber da harmonia de viver em um planeta sustentável. De acordo com (HAMÚ, 2012) diretora do Programa das Nações Unidas para o meio ambiente no Brasil o PNUMA, define que a expressão economia verde não é mais um modismo, é o veículo necessário para que o desenvolvimento sustentável realmente ocorra, este termo “economia verde” que esta sendo utilizado nos últimos anos e agora foi escolhido como um dos temas principais a ser discutidos na conferencia do Rio+20, para sintetizar e conceituar a economia verde, não, entretanto procurando ser o dono do conceito, mas tentando provocar as nações ao publicar um estudo – “Rumo à economia verde” (Caminhos do desenvolvimento Sustentável e Erradicação da Pobreza, 2011) vem a dar certa organicidade a essa expressão “Economia verde” e na prática a economia verde vem a ser o veiculo que estava faltando ao longo destes 20 anos observado para que o desenvolvimento sustentável efetivamente aconteça. O novo relatório do PNUMA demonstra que a transição para uma economia verde se torna possível se forem investidos 2% do PIB global por ano (atualmente cerca de US$ 1,35 trilhão) entre o momento atual e 2050 em uma transformação verde de setores-chave, como agricultura, edificações, energia, pesca, silvicultura, indústria, turismo, transporte, água e gestão de resíduos. Contudo, tais investimentos devem ser estimulados por reformas de políticas nacionais e internacionais. Elaborado por especialistas e instituições globais tanto de países desenvolvidos quanto de países em desenvolvimento, este oportuno relatório confirma que, sob um panorama de economia verde, o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental não são incompatíveis. Ao contrário, uma economia verde criaria empregos e progresso econômico, ao mesmo tempo em que evitaria consideráveis riscos adversos, como os efeitos da mudança climática, maior escassez de água e perda de serviços ecossistêmicos. (FIESP, 2012). Então economia verde é uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica. Em outras palavras, uma economia verde pode ser considerada como tendo baixa emissão de carbono, é o ser eficiente em seu uso de recursos e socialmente inclusiva. Em uma economia verde, o crescimento de renda e de emprego deve ser impulsionado por investimentos públicos e privado que reduzem as emissões de carbono e poluição e aumentam a eficiência energética e o uso eficiente de recursos, e previnem perdas de biodiversidade e serviços ecossistêmicos. Esses investimentos precisam ser gerados e apoiados por gastos públicos e empresariais específicos, reformas políticas e mudanças na regulamentação, (Hamú, 2012). O aporte econômico apresenta-se como o motor da mudança de paradigma desvinculando-se da relação com os aspectos ambientais do consumo pela atual crise multidimensional e civilizatória na busca de associar a uma nova engrenagem de punho verde com bases em elementos sociais, financeiros e naturais. Esta síntese tem o objetivo de modificar as estruturas da economia marrom tornando o esverdeamento possível, sem que atrapalhe o crescimento harmonizando dos pilares para um desenvolvimento pautado na sustentabilidade dos recursos naturais e energéticos conciliado com a valorização do ser humano de acordo com os anseios do milênio, reduzindo nossa dependência das fontes fósseis de energia que terá êxito se deixarmos os antigos conceitos de lado. Para o (PNUMA, 2012), várias crises simultâneas iniciaram-se ou aceleraram se durante a última década: crises climáticas, de biodiversidade, combustível, alimentos, água, e mais recentemente no sistema financeiro e econômico como um todo. Apesar de essas crises terem várias causas, num nível básico, todas elas partilham uma característica em comum: um grande uso inadequado de capital. Durante as duas últimas décadas, muito capital foi empregado em pobreza, combustíveis fósseis e bens financeiros estruturados com derivativos incorporados, mas em comparação, relativamente pouco foi investido em energias renováveis, eficiência energética, transporte público, agricultura sustentável, proteção dos ecossistemas e da biodiversidade, e conservação da terra e das águas. De fato, a maioria das estratégias de crescimento e desenvolvimento econômico incentivou um rápido acúmulo de capital físico, financeiro e humano, mas à custa do esgotamento excessivo e degradação do capital natural, que inclui nossas reservas de recursos naturais e ecossistemas. Ao esgotar as reservas de riqueza natural do mundo (em muitos casos, irreversivelmente), este padrão de desenvolvimento tem tido impacto prejudicial no bem-estar das gerações atuais e apresenta grandes riscos e desafios às futuras gerações. Para (Hamú, 2012) a economia precisa mudar porque em vários setores de negócios, se ela não mudar o seu negocio vai desaparecer, não emitir carbono, não poluir, por que ela é inclusiva e não só trata do modo de produção sustentável, mas ela também é inclusiva no momento de gerar benefícios para a sociedade, que diminua as diferença que existe no mundo, trazer o outro para uma qualidade de vida maior, outra coisa da economia verde cria é empregos verdes, oferece novas profissões e possibilidade de empregos que nos não sabemos quais serão, porque são empregos que vão nascer setores produtivos, que vão fazer essa economia verde acontecer na prática, então vão surgir empregos mais sustentáveis, que as pessoas poderão viver melhor e que ganham um salário mais justo. Neste sentido este artigo vem salientar sobre a relevância da abordagem aqui estudada em sua linha de postura de forma a conduzir a reflexão acerca do que venha ser a economia verde no intuito de enfatizar as perspectivas e mudanças a serem feitas nos pilares, econômico, social e ambiental no âmbito das organizações desde o nível municipal ao mundial, que busquem processos e comportamentos que tragam melhorias da qualidade de vida global, “economia verde” vem para modificar a estrutura marrom de produção e consumo que passará a ser verde indutora da ecoeficiencia com o objetivo central de reduzir as emissões de Co2, e tais medidas devem ser implantadas e adequadas para que a inserção deste novo veículo da sustentabilidade venha tornar se parte das estruturas de produção e consumo e gerar investimentos em capital natural na erradicação da pobreza e garantir a todos o acesso à água e alimento remodelando todo o sistema atual, de forma que a vida aqui na terra não fique a mercê da sorte. Ao apresentar-se com liderança sustentável ao realizar a Rio + 20 o Brasil está a fomentar políticas e ações com o objetivo de se tornar uma referencia mundial no que tange a sustentabilidade ao buscar uma matriz energética mais renovável embora em alguns setores á muito que se fazer para atingir um padrão eficiente mais em grande parte de suas ações vem a colocar o país em posições com alto grau na eficiência energética, produção de alimentos e combate a pobreza com políticas de geração de renda, que coloca o Brasil na vanguarda do novo “economia verde”.
O objetivo do presente artigo é apresentar o que venha a ser a nova expressão “economia verde” o que ela traz de viés e um sistema já em colapso pela insustentabilidade no uso dos recursos financeiros, ambientais, sociais e humanos, procura-se demonstrar que o tema não é mais um modismo utópico e sim um veículo que busca dar organicidade para atingir a sustentabilidade que daqui para frente é o Caminho no qual o Brasil se desponta com exemplos e ações rumo a este novo desafio.
ARTIGO.
Trecho introdução.
Autores: Ruben César de Maria Souza Ribeiro 1, Viviel Rodrigo José de Carvalho 2, Tiago Henrique da Silva 3, Luana Grott Ribeiro 4.
O presente trabalho foi apresentado IV Congresso de Pós-Graduação UNIS/MG - 2012 no Departamento de Pós - Graduação do Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS), situado no Campus I de Varginha, MG.2012.