A educação pós-pandemia

A educação pós-pandemia

As escolas de 165 países estão fechadas por conta da pandemia causada pelo novo Coronavírus, segundo a ONU. Ao todo, mais de 87% dos alunos do mundo estão sem aulas presenciais. O momento é precaução, mas o futuro está em aberto. A forma de consumo de muitos setores mudará após a pandemia. Consumo consciente, hábitos colaborativos, novas formas de cuidar da saúde e muitos outros padrões comportamentais passarão por transformações.


O Sistema Educacional mundial será um dos setores que não passará ileso. No Brasil os alunos que não tiveram suas férias antecipadas estão, em sua maioria, recebendo o conteúdo online. A tecnologia nunca esteve tão a serviço do mundo como neste momento tão crucial. Através dela, milhões de crianças e adolescentes estão dando continuidade à sua trilha de aprendizagem. O que vemos é uma corrida das instituições de ensino que ainda não utilizavam ferramentas online como braço da aprendizagem em se atualizarem o quanto antes, mediante tanta imprevisibilidade.


Grandes redes de ensino, já haviam antecipado a educação prevista para um futuro que, de tão próximo, virou presente. Muitos alunos da rede privada, já estavam minimamente habituados com essas plataformas online, o que abriu um caminho esperançoso para essa continuidade do ensino em tempos de crise.


A relevância da educação presencial é inquestionável. Mas os benefícios para este tipo de educação aliada da tecnologia complementar à presencial, também não tem questionamento. Com ela são ofertadas aos alunos novas possibilidades de aprendizado, aulas mais atrativas, aumento do desempenho escolar, estímulo pela busca do conhecimento, respeito à individualidade do nível do aprendizado do aluno, além de abrir fronteiras de conhecimentos que não se restringem aos muros das escolas.


Vamos imaginar que em dois meses todas as atividades tenham voltado ao normal e as crianças estejam de novo nas salas de aula. O suporte tecnológico e as alternativas desenvolvidas durante esse período nunca mais serão desperdiçadas. Por isso, pais, fiquem esperançosos, pois o currículo escolar de seus filhos dificilmente voltará a ser o que era antes do Coronavírus. Ele será melhor.


Novas disciplinas ministradas apenas de forma online, suporte pedagógico ampliado, resoluções administrativas, atividades escolares complementares digitais em casa, entre muitas outras soluções serão vistas nas redes públicas e privadas.


Por enquanto pouco se pode prever sobre as alterações na legislação. Mas o que já se vê é uma corrida dos setores privado e público para fazer da tecnologia um alicerce definitivo e indispensável para a educação pós-pandêmica. Ainda que outras necessidades precisem ser supridas – como acesso à internet para todos os milhões de estudantes no país – os passos para uma educação digital, sem caminho de volta, mostram que os impactos dessa pandemia também podem evoluir com a educação do país.


Pais, não se preocupem. Essa revolução não fará com que, para sempre, seus filhos dependam do seu tempo, como está acontecendo em tempos de isolamento social. Eles terão acesso a um universo mais amplo e com possibilidades de aprendizado como nunca antes foi visto.

*Fernando Leão (Executivo do Setor Educacional). Artigo publicado no Jornal Extra em 17/04/2020.


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