Educação por Competências? Sim! E a gestão por competências?
A educação contemporânea vem caminhando a cada dia para uma maior aproximação ao educando. Temos visto no cenário educacional metodologias com proposições audaciosas sobre como desenvolver uma educação onde não basta informar o aluno, mas forma-lo competente na aplicabilidade de conteúdos tão complexos e já estigmatizados culturalmente como a Matemática, Física e também a Química. Mas estamos caminhando no rumo certo? Será que a usabilidade da tecnologia nos permite uma linguagem mais contextualizada em sala de aula, permitindo ao aluno a não só imaginar, mas também ver como é determinado conteúdo? Por que ainda temos alunos desinteressados em sala de aula, que vão pra escola na expectativa do intervalo e do término de aula? Gostaria de ressaltar que essas questões que me inquietam enquanto educador e "curioso" na área de tecnologia e competências não se restrigem às disciplinas mencionadas e sim abrangem toda a área de conhecimento acadêmico e científico.
Vejo exemplos claros em que guarda-se uma imensa expectativa de que a tecnologia guarda em si, o poder mágico de despertar no aluno o interesse pelo conteúdo que está sendo abordado em sala de aula. Mas se eu uso a tecnologia como mero recurso para "ilustrar" a minha prática de "ensinagem" que se perpetua ao longo da história da minha carreira, qual é o seu benefício? Continuamos com aulas expositivas e ainda assim, situadas num contexto de batalha onde a palavra de ordem do professor é "vencer o conteúdo"!
De quem é a culpa? Do aluno que vive na sua contemporaneidade um acesso livre (e muitas vezes irrestrito) às diferentes formas de comunicação, que lhe ofertam acesso instantâneo à quaisquer dos assuntos que lhes despertem interesse? Ou seria do professor que ainda não se sente apto à compreender essa nova abordagem e traz pra sala de aula a mesma praxis com recursos diferentes?Muitas vezes me pego perguntando ao meu inconsciente: qual a diferença de se projetar uma foto de um mapa que ilustra um tópico de geografia da prática da minha professora de geografia que levava pra sala um mapa enrolado dentro de um tubo e o colocava pendurado no prego quase enferrujado fixado na moldura do quadro negro?
Se a tecnologia propõe a interatividade, onde ela está?
Talvez a culpa (se é que há) esteja na prática gestora ao selecionar a sua equipe. Se ele promove uma educação ou guarda uma expectativa de uma pratica competente dos seus colaboradores, será que ele faz a sua seleção considerando o potencial competente para determinada ação ou atividade que venha a desempenhar? Será que na seleção eu cobro a informação e não considero a sua formação para solucionar problemas e encontrar saídas para desafios cotidianos?
Falaremos disso mais a frente!
Observação: peço desculpas ao leitor pelos erros gramaticais. Talvez eles aconteçam pela ausência de alguém que me estimulasse na competência revisora textual e não ficasse tão somente na catarse.
Léo Lopes