Trabalhar com velocidade, mas sem pressa.

Essa expressão pode parecer um pouco incoerente num primeiro olhar, mas vale a pena uma reflexão sobre a mesma. Atualmente, fala-se muito na estratégia de Metodologias Ágeis, as diversas plataformas que oferecem serviços para organizar o planejamento das ações e sobre entregas a serem feitas. Como dizem por aí: “se conselho fosse bom ninguém dava, se vendia”, tomo a liberdade de dar algumas sugestões para uma organização eficiente que lhe permita ser eficaz em sua entrega.

1. Organizar e estruturar o pensamento. Muito importante ter clareza do que se quer. Isso define foco, facilita a construção das metas a serem alcançadas e, por fim, permite somente pensar no meio operacional. Assim, por que não classificar o pensamento em três pilares clássicos da administração: Estratégico – Tático – Operacional? 

a. Estratégico – clareza do que se quer alcançar e o posicionamento da organização com o resultado esperado. 

b. Tático – quais meios serão utilizados para se alcançar o resultado? Quais as metodologias aplicadas? Qual o “modus operandi”?

c. Operacional – a descrição da ação a ser realizada. Para cada modelo tático, qual o rol de ações a serem a cumpridas para que logre êxito tático no alcance da estratégia?

2. Medir para avaliar e tomar decisões: rever, insistir, persistir, alterar a rota, continuar em frente. Muito importante possuir indicadores de sucesso, conforme a expectativa de realização para cada item. Traçar uma métrica mínima de sucesso na realização das ações colaborará para uma análise assertiva sobre as ações elencadas e poderá subsidiar melhores decisões para a correção ou permanência da rota. Esse indicador colaborará diretamente para um coeficiente de sucesso do projeto nas demais esferas: Tático e Estratégico. Mas, vale lembrar: coerência na definição dos indicadores é sempre um ponto importante a ser considerado.

3. Equipe multidisciplinar. Pessoas que pensam da mesma forma tendem a terem respostas óbvias. Se a proposta é inovar no resultado, trazer eficiência e “novidade” para o processo é importante. Então, ter novas ideias que podem surgir a partir de novas experiências ajuda no processo como um todo. Ter uma equipe multidisciplinar para um diálogo fluido e respeitoso, com diferentes pontos de vista, colabora com o processo decisório e com a proposição de soluções antes não pensadas. A dialética sofista partia do princípio da contraposição, que provoca e estimula argumentos baseados em fatos e dados. Logo, por que não repetir essa prática nas organizações? As provocações podem ser “inspiracionais” e motivadoras de soluções efetivamente inovadoras e inéditas.

Outras possibilidades também podem ser pensadas para um trabalho ágil e eficiente nas organizações, mas atentar-se para mecanismos que possam sistematizar o pensamento pode dar a velocidade necessária para que as ações operacionais cumpram o seu papel tático para o resultado estratégico esperado.

Vamos falar mais a respeito?

Léo Lopes

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