Ela se salvou chorando
Uma mulher incrível, com grandes metas e sonhos, estava presa na pobreza, escassez e desamparo.
Ela me escolheu para ajudá-la a desbloquear suas crenças - usando meu método o Descrençar da Mente - pergunto o que deseja alcançar com este processo, e ela disse: “Quero me tornar uma mulher mais realizada e autoconfiante.”
Vi diante de mim uma menina-mulher, com fala mansa, e um ar de tristeza no olhar. Ao mesmo tempo trazia a esperança, de que havia algo maior destinado à ela.
Após ter viajado para Portugal, onde não se adaptou, retornou ao Brasil e estava passando por dificuldades financeiras. Esta situação a levou a pedir ajuda aos irmãos por parte de pai. Estes se recusaram a ajudar, o que lhe causava muita dor, muito sofrimento emocional. Se sentia confusa e desamparada, repetia várias vezes, que se fosse o contrário, ela lhes ajudaria, e não entendia porque isso estava acontecendo.
O choque ao se descobrir no Vitimismo
Mergulhamos em vários caminhos, mas sua mente tentava a todo custo desviar da crença. Esta é uma etapa que na minha metodologia, chamo de “Tinta de Polvo”, que é quando a Crença Raiz tenta nos despistar, até entregando algumas crenças satélites, mas que não tem o real impacto nos resultados.
A primeira crença satélite que chegamos foi de que ela Merecia Menos. A crença surgiu ao interpretar que deveria abrir mão do que lhe era precioso, pois os outros mereciam mais que ela. Isso aconteceu quando sua mãe a obrigou a dar para a irmã, seu dicionário, que ela havia encapado com todo cuidado, uma vez que a irmão tinha estragado o dela.
Esta crença se reforçou em outros episódios, onde os pais duvidaram de sua virgindade, fazendo com que acreditasse que realmente era uma pessoa de menor valia, já que sua palavra não tinha valor.
A jovem que passa por isso, pode tirar conclusões sobre seu autovalor pessoal, criando uma autoimagem frágil**.** E assim ela se torna vítima na própria vida, com baixa autoestima.
Descobrindo as masmorras autoimpostas
Ao mesmo tempo durante a sessão, ela vai revelando que foi a única da sua família a se formar numa faculdade, fez Educação Física. E apesar de amar a área, nunca atuou na profissão.
Mesmo estando casada, ainda sentia uma forte necessidade de ter o apoio de seus irmãos, e era neste caminho que eu sentia que estava sua crença raiz.
Sua mente racional tentava a todo custo nos dizer que era por conta da sua situação financeira, mas por ser expert em crenças, percebia que havia um fundo emocional a acorrentando, junto aos irmãos e a casa em que morou quando pequena.
Por ter muita experiência no desenvolvimento pessoal, é fácil perceber que todo problema financeiro que temos, traz amarrada uma questão emocional não resolvida, por este motivo, que ao desbloquear uma crença, você se permite ser livre para alcançar a prosperidade.
Costumo dizer que é impossível “desver” o que se viu numa sessão dessas. Mas é difícil e nem sempre indolor chegar neste lugar. Por isso que temos que ter sensibilidade e paciência para alcançar a raiz emocional que aprisiona uma pessoa.
Exploramos dentro da metodologia, quais eram os novos projetos que ela tinha, e descobrimos que seu talento de cuidar e desenvolver pessoas, estava diretamente associados a dar aulas de educação física para crianças e adolescentes. Inclusive ela já tinha desenhado o projeto inteiro, só não tinha tido coragem de dar andamento.
Vamos entender mais à frente, porque a escolha de cuidar de Crianças e jovens veio tão forte.
Eu sei o que eu quero?
Agora é a parte onde validarmos se esta é uma meta que ela realmente deseja alcançar, ou é algo feito para agradar, ou receber o reconhecimento alheio.
Depois vamos descortinar o que a impedia de alcançá-la. Descobrimos então, que para atingir essa meta, ela precisava perder o medo dirigir para regiões mais distantes, onde estariam seus possíveis clientes.
Aqui cabe conhecer seguir a metodologia para associar, o que aparentemente, não está relacionado com a crença, mas que causará um impacto tão positivo, nos novos comportamentos que a farão alcançar a meta mais facilmente. Neste caso, dirigir lhe traria a autoconfiança que ela veio buscar.
Lembra que no início do processo estavamos falando sobre a escassez, a falta de dinheiro? E diante de tantas descobertas, chegamos ao que de fato ela desejava, que era ser autoconfiante?
Confronto com o Desconforto
A seguir vamos confrontar a crença de modo mais direto, onde pergunto o que de pior pode acontecer, se ela alcançasse o que ela dizia querer.
Claro que é uma pergunta muito confusa, pois a primeira resposta é - “NADA! Eu só vejo coisas boas quando eu alcançar a meta!” - Mas se isso fosse real, você já teria alcançado, concorda?
É justamente por não conseguir ver com clareza essa parte, é que não caminhamos em direção ao que nos traria o resultado que tanto buscamos.
E depois das primeira e óbvias respostas dadas pelo seu racional, seu Self 2, a parte não lógica da mente, explode e traz à tona, várias respostas confusas como: medo, olhar pequeno, ser chamada de sonhadora, não saber o que quer, entre outras… Mas aí a crença raiz pula, num …
Percebe que até chegarmos neste ponto, é preciso ouvidos atentos e sem julgamentos, para que se possa ajudar de fato este ser humano lindo à nossa frente.
Tempo ao tempo
Isso tudo aconteceu em cerca de 3 horas de sessão ininterrupta. E nessa hora, eu sei que a exaustão emocional é muito grande, mas sabia que precisava de todo esse tempo para chegar na crença raiz, que ainda não tinha vindo à tona.
As vezes precisamos dar algumas voltar, escavando a crença em outros lugares.
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Mudei a estratégia, e voltamos um pouco mais na sua história. Ela foi contando alguns pontos e num em específico, ela disse, tem uma coisa, mas eu já tratei isso em terapia, e está resolvido.
Falei, ok! Mas se puder compartilhar comigo, e ela começou a contar, sem demostrar nenhuma emoção, nem positiva, nem negativa.
E lá encontramos o trecho mais tocante de uma vida, onde eu chorei muito depois, pois não consigo imaginar uma criança passando por tudo aquilo, e por isso mesmo, passei a admirar muito mais sua doçura e resiliência em viver.
Ela trouxe 3 episódios onde percebeu sua vida em risco, por este motivo, seu subconsciente nos trouxe aquele “eu posso morrer”. Agora começamos a juntar o quebra cabeças, e tudo passou a fazer mais sentido.
Risco de Vida
Me contou que depois do falecimento do pai, os irmãos, todos filhos do 1º casamento, expulsaram ela, a mãe e a irmã de casa, deixando-as desamparadas, sem nada, nem casa para morar.
Ela tinha 4 anos, quando a mãe, num ato de desespero, vai para o trilho do trem, e deita as crianças naquele lugar, e deita-se ao lado. Ela começou a chorar muito, fazendo com que sua mãe retomasse a razão, e saísse dali com elas - Sem consciência disso, ela SALVOU todas da morte!
Num outro momento, novamente de muita angustia, sua mãe tenta tirar sua vida e das meninas, pulando de uma ponte num rio, e o que as salvou mais uma vez, foi seu choro, seu desespero infantil, ao sentir que algo não estava certo. Ela numa segunda vez, foi a heroína da família.
E no terceiro episódio, sua mãe briga com os filhos de seu marido, e vai para um orfanato. Ela conta que se lembra exatamente da cena delas sentadas num banco, balançando as perninhas. Quando a mãe, começa a se afastar, deixando as meninas. Isso só não acontece, porque ela novamente começa a chorar muito, comovendo a mãe.
Percebe que para uma criança tão nova ter uma memória tão fresca de tudo o que lhe aconteceu foi porque o emocional ali foi marcado em brasa.
Este relato aconteceu sem mágoa no tom de voz, e entendi que eu estava diante de uma alma muito generosa, pois realmente compreendia a mãe, não a condenando por nada que se passou.
Como nasce uma crença
Mas não ter mágoas, não significa não ter crenças. Estas nascem por repetição, ou seja, de tanto presenciarmos algo, aquilo passa a ser nossas verdades. Ou por um forte impacto emocional, que foi o caso dela, 3 fortes impactos.
Qual a crença que nasceu e se consolidou nestes episódios tão traumáticos, e foram reforçados como vimos no início desse artigo: “Eu sou fraca, eu não tenho valor!” Percebe que ela veio reforçando essa crença, ao longo de sua história. Porque crenças criam sua realidade, lembra?
Alguém que cresce vendo sua mãe precisar da aprovação, do apoio dos filhos de seu marido, ao ponto de demonstrar que sua vida e a das filhas tem menor valor, aprende o que?
Imagina que seu emocional registra: Sem apoio dos irmãos, podemos morrer. Eu não tenho valor. Se eu continuar frágil e for uma vítima serei salva.
Logo, a vida delas estava completamente nas mãos daquelas pessoas, que pareciam não ter nenhum sentimento por elas. E aqui não nos cabe julgamento de valor, porque cada um tem sua dores, traumas e dramas para enfrentar.
O super poder da Crença
Como toda crença nasce e traz consigo um super poder, ela captou desses episódios, é de que se ela fosse uma vítima, indefesa, e chorasse, ela estaria com a vida a salvo, mas sobretudo que ela precisava do apoio e aprovação de seus meios-irmãos. O que a transformava em “Vítima”.
Completamos a sessão, com a reprogramação da crença, mas por experiência, eu sabia que não seria possível fechar todos os pontos. Tanto que deixei em aberto, uma outra sessão extra, sem custo, para que ela pudesse fechar as lacunas, que viriam.
Passadas algumas semanas, ela me procurou para retomar duas questões que teimavam em permanecer:
Estas questões conseguimos responder nesta sessão extra, criando estratégias para que ela desse os próximos passos em direção ao que deseja alcançar.
Primeiro voltando a dirigir e chegando na região, onde seus futuros clientes estão. Para quem está de fora, parece bobo o negócio de dirigir, mas metaforicamente é como se você se sentisse capaz de dirigir a própria vida.
Segundo trazer clareza do que significa, para ela, uma mulher bem sucedida, passava por voltar ao corpo que ela considera ideal. E também ofertar seus serviços, ajudando a cuidar do bem estar das crianças e adolescentes, assim como um dia gostaria que alguém tivesse cuidado dela.
Nesta etapa, muitas vezes o que precisamos é criar novos roteiros, hábitos e rotinas, pois ao estar livre das crenças, nos cabe reescrever a história que queremos contar da nossa própria história.
Nasce aqui um novo eu, que precisa ser conhecido, então nesta fase começa todo um trabalho de autoconhecimento, que te fará se apaixonar pelo SER incrível que você é.
Ela hoje se encontra neste processo, se autoconhecendo, entendendo os motivos que a levavam a sentir tamanha necessidade de pertencer àquela família (os irmãos). E está caminhando em busca das suas metas, e do que vai fazê-la se tornar cada vez mais a mulher realizada, bem sucedida e autoconfiante que ela merece ser.
Agora é contigo, qual é a história que você deseja escrever para si mesmo!
Para quem quiser ouvir essa história, tem um vídeo disponível no meu canal!
E se quiser ajuda para se libertar de crenças como essas, vamos agendar um horário para eu te explicar como pode funcionar para você.