Reflexões sobre o luto
Creio que não existe dor maior no mundo do que perder alguém querido. Quanto maior a intimidade e vivência, maior a dor da separação. Em comum as pessoas que vivem essa separação está a angústia e a tristeza. Pensando nessas pessoas resolvi falar um pouco sobre as fases do luto, no intuito de ajudar a gerir melhor esse turbilhão de sentimentos negativos que acomete a pessoa enlutada.
Primeiro vem a negação, ficamos em choque, entorpecidos. Somos dominados por um sentimento de que o mundo desabou, de que nada faz mais sentido, a pessoa fica desorientada e precisa do auxílio de outras.
A raiva e a revolta tomam conta da pessoa enlutada, nesse momento busca-se um culpado , uma justificativa para o que aconteceu.
É comum o enlutado começar a refletir buscando explicações, motivos para o que aconteceu e tentar tirar uma lição de vida desse sofrimento.
Após isso o indivíduo entra em uma fase mais depressiva e melancólica se fecha no seu mundo, se isola buscando respostas que normalmente não encontra.
Passando essa fase o indivíduo já consegue enxergar a realidade e consegue ver com mais clareza, e a partir daí , está pronto para enfrentar o luto e a perda.
Esse processo normalmente é seqüencial, mais nada impede da pessoa viver simultaneamente essas fases, isso varia muito de pessoa para pessoa, de acordo com suas vivências.
É importante viver esse luto passando por essas fases, mesmo que a sociedade nos cobre estar bem em todo tempo. Ficar estagnado em algum estágio é adoecer.
O fator tempo ameniza a dor, a lembrança e a saudade ficam pra sempre.
Não é fácil passar por esse processo, mais aos poucos a pessoa consegue ir retomando o controle de sua vida, e as lembranças vão doendo menos, afinal estar sempre na nossa lembrança é um jeito de não morrer.