"Eles": A Força Invisível que Sustenta o Mundo
Na correria do cotidiano, é comum nos depararmos com situações em que algo sai do esperado. A energia acaba e, sem pestanejar, dizemos: "Eles vão arrumar". A água não está saindo da torneira? "Eles vão dar um jeito". A confiança de que "Eles" estão sempre lá para resolver as coisas é tão natural que raramente paramos para pensar: afinal, quem são "Eles"? E por que o mundo parece girar em torno dessa figura invisível?
"Eles" é um termo genérico que representa as engrenagens que movem a sociedade: profissionais, autoridades, empresas e instituições responsáveis por garantir que tudo funcione. Desde o técnico da companhia elétrica até os governantes que tomam decisões estratégicas, todos fazem parte dessa entidade coletiva à qual confiamos a manutenção do nosso dia a dia.
Sem os "Eles", o caos rapidamente tomaria conta. Imagine um mundo sem quem conserte as redes elétricas, distribua água, organize o trânsito ou limpe as ruas. A sociedade depende de uma complexa rede de pessoas e sistemas que operam, muitas vezes, sem que percebamos. A confiança implícita nos "Eles" nos permite focar em nossas próprias rotinas, sem carregar o peso de resolver todos os problemas.
A existência dos "Eles" vai além de uma necessidade prática; ela também reflete nossa busca por segurança e estabilidade. Sabemos que não podemos resolver tudo sozinhos, então projetamos nos "Eles" a responsabilidade de manter o mundo em ordem. É uma delegação de confiança, mas também uma forma de desviar a ansiedade: se algo deu errado, não é nossa culpa, é algo que "Eles" vão corrigir.
Essa dinâmica, no entanto, tem um lado perigoso. Quando terceirizamos totalmente a responsabilidade, corremos o risco de nos tornarmos passivos. Atribuir tudo aos "Eles" pode nos impedir de assumir um papel ativo na sociedade, seja cobrando melhorias ou contribuindo para as soluções.
No conforto de um apartamento bem localizado, seja nos Jardins em São Paulo ou em qualquer outro centro urbano privilegiado, é fácil esquecer a complexa rede de esforços que sustenta nosso dia a dia. Cada pequeno detalhe do ambiente confortável que desfrutamos é o resultado do trabalho árduo de milhares de pessoas, os "Eles", que operam nos bastidores. E não apenas isso: a maneira como muitos discutem grandes causas globais, como a defesa da Amazônia ou outras pautas populares, muitas vezes negligencia o papel essencial desses "Eles" na manutenção do que chamamos de progresso.
A água que flui pelas torneiras, a energia que ilumina os cômodos, o asfalto que torna o trânsito possível e até os alimentos disponíveis nas prateleiras do mercado — nada disso é garantido por mágica. Por trás de cada uma dessas comodidades está uma força de trabalho diversa e complexa, composta por eletricistas, encanadores, caminhoneiros, agricultores, engenheiros, operários e tantos outros. São os "Eles" que fazem o mundo girar, mas raramente são lembrados ou reconhecidos por isso.
Esse esquecimento não é necessariamente mal-intencionado; ele surge da nossa desconexão com os processos que sustentam a vida moderna. Quando estamos confortáveis em nossos apartamentos, cercados por conveniências, é natural ignorar os esforços de quem não tem esse privilégio. Entretanto, essa desconexão é perigosa, pois nos leva a subestimar a complexidade e a fragilidade dos sistemas que nos sustentam.
O mesmo raciocínio pode ser aplicado a muitas causas que ganham popularidade nas redes sociais, como a preservação da Amazônia. É evidente que proteger o meio ambiente é essencial, mas muitas vezes essas discussões ocorrem de maneira superficial e desconectada da realidade de quem vive e trabalha na região. Enquanto discursos inflamados ganham likes e compartilhamentos, os "Eles" que dependem diretamente da floresta para sobreviver — seringueiros, agricultores, pescadores — raramente têm voz.
Além disso, proteger o meio ambiente exige esforços práticos que envolvem tecnologia, infraestrutura e políticas públicas, e isso recai novamente sobre os ombros de milhares de "Eles". Esses trabalhadores precisam construir estradas sustentáveis, desenvolver métodos agrícolas menos agressivos, monitorar áreas de conservação e garantir a aplicação de leis ambientais. Tudo isso exige um esforço coletivo que vai muito além de hashtags e slogans. Ou de modistas Europeus vestidos de salvadores da pátria, usando todos os recursos tecnológicos possíveis e imagináveis, como veleiros de ultima geração e afins, que em geral tem sua matéria prima oriunda de locais onde defendem demagogicamente a preservação.
Outro ponto muitas vezes ignorado é o sacrifício necessário para manter o mundo funcionando. A eletricidade que abastece nossas cidades, por exemplo, muitas vezes vem de hidrelétricas ou termelétricas que requerem imensas operações para serem construídas e mantidas. Isso inclui desde a exploração de recursos naturais até o trabalho em condições desafiadoras por parte de operários e técnicos, mais "eles" ocultos.
Mesmo as "modinhas" urbanas, como o consumo de alimentos orgânicos ou a adoção de fontes de energia renovável, dependem de um exército de "eles" para se tornarem realidade. Produzir alimentos orgânicos em larga escala requer práticas agrícolas mais intensivas e suporte logístico complexo. Já a energia solar ou eólica exige a fabricação de painéis e turbinas, transporte, instalação e manutenção — tudo isso feito pelos "Eles" que raramente são mencionados.
Para entender o peso do trabalho dos "Eles", é necessário olhar além das bolhas urbanas e se conectar com a realidade de quem realmente sustenta o progresso. Cada vez que abrimos uma garrafa de água mineral, há um "Eles" que perfurou o solo para alcançar aquela fonte. Cada vez que acessamos a internet, há um "Eles" que instalou os cabos de fibra ótica ou ajustou antenas em lugares remotos.
Reconhecer essa contribuição não é apenas uma questão de justiça, mas de sobrevivência. Se continuarmos a negligenciar o esforço necessário para sustentar nosso estilo de vida, corremos o risco de criar uma sociedade ainda mais desigual, onde o trabalho árduo de muitos é invisibilizado enquanto poucos desfrutam dos frutos.
Recomendados pelo LinkedIn
O desafio que enfrentamos hoje é duplo. Por um lado, precisamos valorizar mais os "Eles", seja com melhores condições de trabalho, salários justos ou simplesmente reconhecendo sua importância. Por outro lado, devemos nos conscientizar de como nossas decisões individuais — desde o que consumimos até as causas que apoiamos — impactam "eles".
Se quisermos construir um mundo mais justo e sustentável, devemos lembrar que "Eles" não são apenas uma figura abstrata que existe para resolver nossos problemas. Eles são pessoas reais, com vidas, sonhos e desafios, que merecem ser vistos e valorizados. Afinal, sem "Eles", não haveria conforto, progresso ou sequer a possibilidade de lutar por um futuro melhor.
Embora seja tentador imaginar os "Eles" como uma entidade separada, a verdade é que todos somos parte desse coletivo. Quando ligamos para reclamar de um serviço ou votamos em líderes, estamos influenciando o funcionamento do sistema. Ao mesmo tempo, como profissionais, amigos ou familiares, somos os "Eles" de outras pessoas. Cada vez que resolvemos um problema ou ajudamos alguém, estamos assumindo esse papel invisível.
Reconhecer que fazemos parte dos "Eles" é essencial para promover mudanças e fortalecer a sociedade. Não se trata apenas de confiar que "Eles" resolverão as coisas, mas de entender como podemos contribuir e exigir que o sistema funcione melhor.
O mundo realmente não funcionaria sem a figura dos "Eles". Eles são a representação de nossa interdependência e do trabalho coletivo que sustenta a vida moderna. Mas, para que a sociedade continue evoluindo, é fundamental equilibrar a confiança nos "Eles" com a responsabilidade individual. Afinal, somos todos parte dessa engrenagem, e o sucesso de "Eles" depende, em última instância, de como nos posicionamos e agimos no mundo.
Participação: "Envie suas perguntas e comentários! Adoramos ouvir suas ideias e sugestões sobre como podemos melhorar nossa news!!
Confira a TV Humana, a WebTV dedicada a mostrar o "lado bom da humanidade". Como fundador, tenho o privilégio de colaborar com um grupo de amigos altamente talentosos e capacitado, criando conteúdo dinâmico focado em educação, entretenimento e cultura. Acesse www.tvhumana.com.br e confira meu programa semanal, "Papo na Cidade", onde converso com personalidades de diversos segmentos. Venha explorar conosco os aspectos mais positivos da vida!
💛 Gostou desta newsletter? Envie para os amigos com esse Link: Horizonte 21.
economista projetos assessoria & consultoria
1 mE vero
representante legal y propietario..
1 mPrograma de integración y formación de empleos vocacionales Inscripciones abiertas ahora Perfil de la personalidad solamente CL $25000 (US $30) #orientacioneducacionaldocentespa #orientadoreducacionaldocentespa Juntos en la inclusión educativa social Reflexiones sobre la luz en las tinieblas Aprender a ayudar en la vocación de servicio Julioandaurmoya@gmail.com NIVELES DE ACCESO : 1 PERFIL DE LA PERSONALIDAD 2 CAPACITACIÓN 3 EMPLEO EN EL ÁREA TE ESPERAMOS PACIENTEMENTE EN SAN ANTONIO PUERTO CHILE PLANIFICAR Y HACER CONFIANZA CURSOS PARA EL EMPLEO INCLUSIÓN DE LA EXCLUSIÓN